Capítulo 29

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Não que eu não amasse meus filhos , eu amo todos eles. E não me imagino sem nenhum deles , mas também não me imagino sem o justin , e estar voltando pra casa sem ele do meu lado , me fazia voltar pra casa em pedaços , oque eu diria pro meus filhos ?

- quer ajuda ? - minha tia pergunta e eu nego engolindo seco ao ver duas mulheres de branco enfrente minha casa , desço sentindo o vento fazer meus cabelos voarem e respiro fundo.

- senhora Bieber - uma das mulheres se aproximam - sua tia deve ter falado sobre mim e sobre a... Gio.

- não , ela não disse - digo molhando meus lábios e ela fica meio sem graça.

- são as ajudantes da casa - minha tia diz se aproximando - precisei contrata-las ja que as crianças e a casa ficaram sozinhas esse tempo querida.

- tudo bem - digo apenas olhando pra minha casa - eu quero ver meus filhos.

digo e elas concordam me acompanhando até em casa , ouço o barulho da televisão e o cheiro de comida que vinha da cozinha , as "ajudantes" saiem do meu campo de visão me deixando sozinha com a minha tia e dou passos até a sala notando Sônia deitada em um dos sófas.

- mãe - ela diz surpresa e se senta meio que sem oque fazer , mas corre pra mim me abraçando de uma vez e sinto seu abraço apertado e apenas correspondo sentindo meus olhos marejarem.

- filha - digo beijando o topo de sua cabeça - onde estão seus irmãos ?

- la encima - ela se afasta um pouco - e o meu pai ? já sabem quando ganha alta ?

- infelizmente não - minha tia diz e eu fungo o nariz olhando pra ela que apenas concorda meio triste.

- que bom que voltou pra casa , estava parecendo noite de filmes de terror todos os dias nessa casa enorme sem vocês.

- eu senti sua falta também - digo e ela sorri fraco e eu subo a escada deixando ela e minha tia na sala , e não demora muito pra mim ver o jeremy e a julie discutindo por causa de um dos brinquedos que a julie tinha quebrado.

- você sempre acaba com a brincadeira - meu filho resmunga pra sua irmã.

- eu não gosto de carrinhos - ela resmunga e eu sorrio fraco sentindo uma lágrima escorrer dos meus olhos , e foi nesse momento que eu vi que eu não agradeci ainda por estar viva e presenciar esse momento.





Uma semana depois



- está tudo bem ? - digo olhando a sônia apenas mexer na comida em seu prato sem ter comido nada ainda e ela apenas concorda com a cabeça e eu continuo tirando os pratos das crianças da mesa com a ajuda da Gio.

- a Clô leva as crianças na aula hoje -  minha tia diz e eu molho meus lábios concordando.

- seu voo é a que horas ? - pergunto perdida e ela me olha.

- as 15 horas , e você deveria parar de fazer tanta coisa. Tem duas ajudantes e mesmo assim não sossega - ela diz tirando os pratos da minha mão.

- eu só não quero ficar quieta demais , me faz ter pensamentos ruins - confesso baixo e ela olha pras crianças na mesa.

- o médico disse que ele está fora de perigo - ela me lembra - por que tanto nervosismo ?

- talvez por que meu marido está em coma ? - digo e ela concorda me levando pra mais longe da mesa.

- e ficar assim , não vai ajudar nada - ela diz e eu concordo , sabia que ela não iria parar de dar sermão até eu me calar.

- já ligou para seus amigos ? - ela pergunta e eu nego me lembrando do chaz e da camile.

- eles estão melhor sem mim - digo.

- ainda se culpando ?

- não é isso - minto.

- eles vieram duas vezes ver você essa semana , quando vai retribuir isso ?

- eu vou ver eles , eu prometo - digo e ela respira fundo.

- nem sei se é uma boa ideia eu ir mesmo embora hoje - ela diz negando.

- seus filhos e seu marido precisam da senhora , não se preocupe. Já fez demais por mim tia - digo e ela nega me olhando - eu prometo que vou ficar bem.

ela apenas me abraça e eu tento ao máximo passar boa impressão pra ela , e logo vejo sônia sair da mesa sem comer nada.

- vai atrás dela - minha tia sussurra e eu concordo deixando o pano de prato ao lado indo atrás da sônia antes que ela suba a escada.

- Sônia - digo e ela me olha.

- oi ?

- vai a aula hoje ? - pergunto e ela nega meio pensativa.

- quero ficar em casa hoje - diz e eu respiro fundo.

- quer conversar ?

- você já tem problemas demais - ela diz meio séria.

- meus problemas podem ficar de lado pra ouvir os seus - me aproximo e ela nega.

- eu estou bem , não se preocupe - ela tenta sorrir e eu sei bem que ela força um , e sobe a escada sem me dizer mais nada e eu escoro na escada.

- que falta você me faz jus - sussurro fechando os olhos.

- tchau mãe - jeremy diz alto me dando um susto e eu passo meu cabelo pra trás me levantando , e dou um beijo nele e na julie que hoje iria pra seu primeiro dia na mesma escola que o jeremy.

E nem isso eu fui presenciar , eu sei... Poderia muito bem me esforçar pra ir , mas não quis. Pois o justin amaria ver isso , e eu me sentiria pior ainda estando lá sozinha , e a julie não se importaria tanto , pois sempre quis ir a escolinhas , mas eu e o justin sempre optamos por esperar mais , e aproveitar mas a presença dela. Só que com os conselhos da minha tia , eu vi que eu não estava conseguindo tomar conta dela nesse momento que estou agora. E as ajudantes não dão conta de tudo sozinhas.

- senhora Bieber - a Gio se aproxima com meu celular em sua mão.

- sim ?

- estava tocando sem parar - ela diz e eu o pego de suas mãos - e eu vi o nome Doutor Stuart escrito e imaginei que seria importante.

olho pra ela e apenas concordo me afastando , digitando o número do Doutor retornando suas ligações.

- Senhora Bieber ?

- Olá Doutor - digo preocupada - aconteceu alguma coisa ?

- sim , uma coisa ótima. Seu marido acordou. Preciso que venha para o Hospital imediatamente.

Drug Of Love | Bônus FinnalyOnde histórias criam vida. Descubra agora