Capítulo 43

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Não vou negar que o beijo era bom , pois foi bom pra cacete. Mas era como eu imaginava , ela era delicada demais , não era bem como as mulheres que eu estava acostumado a ficar , e ela era completamente diferente da mãe dela. A encostei no carro continuando o beijo e desci a mão pela cintura dela a apertando com força enquanto mordia seus lábios , ela parou o beijo me dando um selinho e fitou meus olhos como se esperasse  algo.

- sentiu alguma coisa ? - ela sussurra ainda com os lábios vermelhos.

- era pra sentir algo ? - digo confuso e ela respira fundo.

- não - ela diz e tira suas mãos de mim - me leva pra casa por favor.

ela apenas sai e da a volta no carro enquanto eu apenas passo a mão sobre a boca ainda confuso e entro no carro dando partida em seguida e o clima no carro fica pior , pois ela vai a viagem toda calada.

- foi mal beleza ? - digo e ela me olha - eu não ia ficar com ninguém no Dangerous. Tenho problemas maiores pra resolver , pegar mulher não está na lista por agora.

- por agora ? - ela meio que ri - diz logo oque quer dizer Justin.

- eu estou tentando me desculpar porra - digo sem paciência e ela nega.

- sabemos bem que se a sua memória não voltar , nosso casamento também não volta a ser como antes - ela diz séria e eu molho os meus lábios - pois na sua cabeça , eu sou só a filha da mulher que você ama.

- quer mesmo por a Soraia no meio ?

- acha que eu não sei que ainda a ama ? - ela ri e eu vejo que ela controlava o choro - eu te conheço a mais de 10 anos Justin. Eu vi como você lutava pra esquecer a Soraia , eu me envolvi com você sabendo que não tinha esquecido o seu passado. E só eu sei como foi difícil pra você esquece-lá. Não sei se consigo te ajudar de novo.

- não é culpa minha beleza ? - a encaro - não foi uma escolha sofrer um acidente e acordar com esposa e filhos e uma vida completamente diferente do que eu tinha na minha cabeça.

- eu sei - ela diz escorando no banco - mas não sei oque fazer agora.

- vou fazer oque o médico pediu , vou ir as terapias. E também vou conviver com os pivete e contigo.

digo sem olhar pra ela , e ela não diz nada. Mas no minuto seguinte vi que ela chorava , e aquilo foi estranho pra porra , pois algo dentro de mim queria me desculpar um milhão de vezes só pra ela parar de chorar.

estacionei o carro e ela saiu batendo a porta , e eu respirei fundo socando o volante umas cinco vezes seguida , e apoiei os braços sobre ele deitando a cabeça em seguida.

se era difícil pra ela , imagine pra mim. Que acordei e descobri que meu pai morreu , que a mulher que eu sou louco está presa num hospício e que tenho três filhos e a minha esposa é a filha da mulher que eu amo.

saio do carro e entro em casa notando o silêncio , vou até a cozinha e procuro por qualquer coisa que tenha álcool , e por sorte tinha uma bancada só de bebidas e sorrio ao imaginar que a idéia daquilo talvez tenha sido minha. Coloco o Gin no copo e dou um gole , me sentando na cadeira ao lado enquanto encaro o gelo se mover no copo e respiro fundo.

sento no sofá encarando aquele quadro enorme na parede com fotos de todos , incluindo a mim , que estava agarrado a loira que tinha subido a escada nervosa minutos atrás. Me pego recordando do beijo de hoje e mordo o lábio e encaro a escada dando um gole no Gin.

- não é uma má idéia - digo após ter um leve pensamento sobre dormir com a mulher que é minha esposa e mãe de dois filhos meus , quem sabe isso ajudaria. O médico não receitou , mas foda se. Um sexo é sempre bom , e talvez a memória volte.

subi a escada ainda com meu copo na mão e fui em direção ao quarto notando a porta fechada , e abri procurando ela pelo quarto e sabia que ela ia estar no closet , pois era a única luz acesa.

coloquei o copo na mesinha e caminhei até lá , e a encontrei sentada no chão com um porta retrato na mão , e ao notar minha presença ela secou seu rosto depressa.

- quer alguma coisa ? - sua voz de choro sooa pelo local e eu passo a mão na nuca desistindo do que vim fazer , eu não era tão filho da puta assim pra me aproveitar do momento de fraqueza dela.

- não - digo rouco e ela me olha.

- vai dormir aqui ? - ela pergunta e eu concordo e ela se levanta deixando seu corpo bem visível naquela camisola rosa claro , e pega seu robe saindo do closet.

tiro minha roupa ali mesmo e deixo jogada sobre o puff que tinha ali do lado , e visto uma bermuda de moletom na cor cinza e saio do closet sem camisa , e noto ela sentada na cama com o meu copo de gin na mão.

- vejo que descobriu onde você coleciona suas bebidas - ela sorri e da um gole e eu me sento na cama.

- imaginei que fosse idéia minha - digo pensativo.

- e realmente foi - ela sorri ainda olhando pro copo.

- quero saber se me desculpou - digo rouco e ela me olha - pelo ocorrido no Dangerous.

- não tenho que te desculpar - ela diz colocando o copo ao lado - na sua cabeça você não tem que me dar satisfações.

- mas a minha cabeça está tudo meio louco - digo e ela me olha - e eu não quero magoar ninguém.

- tudo bem jus - ela diz ainda fitando meus olhos e eu molho meus lábios.

- e sobre o beijo - digo sério - eu senti coisa pra caramba.

- sentiu ? - ela pergunta.

- e pra falar a verdade , eu estou doido pra sentir de novo - digo e ela ri e eu correspondo o sorriso.

não me lembro quem iniciou o beijo , ou se foi os dois no mesmo momento , mas me lembro dela encima de mim de enquanto eu apertava sua bunda e sentia meu cacete latejar embaixo dela e com certeza ela também sentiu isso.

- jus - ela sussurra e eu continuo a descer os beijos pelo seu pescoço , apertando seu corpo sentindo cada detalhe da sua pele nas minhas mãos - eu não quero que pense que estou aproveitando o momento ou algo assim. Eu sei que na sua cabeça sou apenas uma estranha.

ela diz enquanto eu aperto seu corpo e sinto o cheiro maravilhoso que estava em seu pescoço.

- porra - acabo que rindo - pensei que você que iria pensar isso.

- e por que eu pensaria isso ? - ela sorri se deitando de volta na cama - é o meu marido , se lembra ?

- é - digo coçando a nuca e ela ri de canto , e eu sorrio sacana sabendo que ela ia entender oque eu estava afim , aliás... ela deve me conhecer bem não é mesmo ?

- você consegue ser assim até mesmo sem memória - ela diz debochando e franzo o cenho.

- assim como ? - digo mordendo a boca e ela ri negando.

- você é e sempre vai ser o Bieber safado - ela diz me empurrando e eu deito na cama e sinto ela passar a perna se sentando sobre mim com um olhar sedutor.

- e foi por isso que me apaixonei por você pela primeira vez - ela sussurra perto da minha boca e eu enfio a mão entre seu cabelo a puxando com força pra mim e a beijo ferozmente sentindo o gosto dos seus lábios.

Drug Of Love | Bônus FinnalyOnde histórias criam vida. Descubra agora