Taylor Perry
Quando Lindsay me disse sobre os pais dela, não imaginava esse conflito todo que tem acontecido esses últimos dias, vou dar uma resumida nessa semana que se passou. Alexandra, a suposta governanta séria, está grávida do pai de Lindsay. E os pais dela ainda não voltaram, ela está dando duro pra fazer os irmãos a perdoar e eu continuo sendo apenas o motorista. Depois do dia que ela descobriu a gravidez da governanta ela se afastou dos funcionários, principalmente da mim.
— Hoje vai soltar mais cedo. — Avisa ríspida e sai sem me olhar.
E assim que ela está com todos os funcionários.
...
Resolvi parar pra tomar um sorvete, o dia está um pouco ensolarado demais.
Olho algumas crianças brincando no parquinho, respiro fundo lembrando de Ally.
Ela não me mandou mais notícias se estava grávida ou não. A última coisa que eu queria era acabar o meu relacionamento com ela assim.
Meu celular começa a tocar, olho no indentificador de chamadas e vejo que é um número desconhecido.
— Alô? — digo ao atender.
— Pode fugir o quanto você quiser, sempre saberemos onde você vai está Taylor. — a voz que pensei que jamais ouviria novamente, diz.
Começo a tremer.
Como eles me acharam?
— Eu juro que não fiz aquilo! Foi uma injustiça! — me levanto em desespero.
— Vamos pagar na mesma moeda, mesmo que a polícia te prenda antes. sua vida está em nossas mãos e quando quisermos agir iremos matar você! — diz maldosamente e desliga.
Tento me acalmar.
Eu fugi tanto nesses meses, desisti dos meu sonhos, deixei esperanças pra trás por causa disso e agora sou desiludido da pior forma. Como pude pensar que fugiria deles. Eles não vão parar até me ver morto.
— Moço? — uma mulher loira com bebê nos braços me tira dos meus devaneios.
Ela está nervosa.
— sim? — pergunto disfarçando minha afobação.
— Eu queria saber se você não viu uma menininha de cinco anos loirinha correndo por aí? - pergunta preocupada — ela é minha filha, ela sumiu!
Franzo o cenho.
— Não, não vi. Onde foi que a senhora a viu pela última vez? — olho pelo parque.
— Brincando junto com aquelas crianças, elas disseram que ela estava no túnel, mas eu fui lá e não a vi! - seus olhos transbordam.
Vou ajudá-la, parece está mesmo preocupada com a filha.
— Sente-se e se acalme, irei procurar ela, tem alguma foto? — entrego minha garrafinha com água pra ela.
— Aqui — me entrega uma mini fotinha da mesma.
Olho a foto e fico pasmo. Essa garotinha parece muito com Amber, é mais velha dois anos, mas os cabelos loiros e as características são tão idênticas.
Deve ser somente uma coincidência, elas não se conhecem e há muitas outras coisas que apontam isso.
Saio dos meus devaneios ainda pasmo e vou a procura da garotinha perdida, ando até o túnel e percebo ele ter uma descida, tipo um escorregador. Não custa tentar.
Me encolho, entro dentro do túnel, engatinhando vou até a descida, paro um pouco antes e olho para baixo. A menininha que tanto a mãe procura esta ali quietinha e assustada.
— Ei! — a chamo e a mesma levanta a cabeça, quando me ver se levanta.
Esses túneis tem uma descida que dá no chão de uma casinha, e nessa casinha tem um buraco redondo grande para as crianças saírem por trás do brinquedo, mais esse está interditado e pelo que vi, não tinha nenhuma placa de aviso.
— Eu não posso falar, fico com falta de ar. — a menininha diz rapidamente e tenta recuperar o fôlego.
Deve está abafado e sem muito oxigênio lá dentro, o ar que entrava acabei de fechar com o meu corpo.
— Segura em minha mão! — estico a minha mão esquerda e apoio a outra pra me não cair.
A mesma estica os bracinhos curto, com muita força estico o meu, só mais um pouquinho e PRONTO! puxo com força a menininha e me afasto dando um pouco do lugar plano pra mesma.
— Eu estou tonta moço. — diz zonza e cai desmaiada.
Saio rapidamente a puxando, quando consigo sair do túnel, a pego no colo e corro até a mulher.
— O que houve com Carly? Onde ela estava? — se levanta com raiva.
Com raiva?
— Depois te digo, precisamos levá-la a um hospital, acho que pelo susto e pela falta de oxigênio que teve, ela perdeu a consciência. — ando rapidamente até o carro encostado na calçada.
A mulher entra, dou a volta, coloco a menininha deitada no banco ao lado da mãe, fecho a porta, entro no carro e dou partida para o hospital.
...
— Bom dia, precisamos urgentemente de um médico! — digo à recepcionista.
A mesma com desdém olha pra mim.
— Não posso te ajudar, o médico pediatra está ocupado no momento, espere alí — aponta pra um banco na entrada de um corredor.
Respiro fundo e olho com toda ira que posso para a mesma.
— EU PRECISO DE UM MÉDICO AGORA PORRA! SE ESSA GAROTINHA TIVER ALGUM PROBLEMA E ELA MORRER, JURO QUE TE PROCESSO!
A recepcionista arregala os olhos com medo e pega o telefone, ligando pra alguém. Espero que seja o médico.
— Ela se chama Carly Rodrigues, filha de Hebe Rodrigues. — digo enraivado.
A mulher havia me contado o seu nome completo no caminho e o de sua filha.
— Taylor? — alguém me chama.
Me viro e vejo Ally, tinha acabado de entrar no hospital.
— Oi Ally, tudo bem? — sorrio sem graça pelo momento chato que estou.
— Tudo. O que houve? — olha pra mulher com o bebê e para mim com a menininha.
— Longa história, espera um pouquinho. — olho para a recepcionista irritante — cadê o médico?
— Ele está vindo. — engole em seco.
— Bom, eu preciso falar algo com você. — Ally se aproxima.
— Será que pode ser depois que eu saber se essa garotinha vai ficar bem? — tento não ser ignorante.
— Claro. É o tempo que eu resolvo os meus problemas. — aproxima da atendente.
— Você não quer comer algo? — me viro pra mãe da garotinha.
— Não, só quero que essa idiota melhore logo, eu preciso dela demais e se ela morrer eu que vou morrer. — trinca os dentes e estranho.
Jeito estranho de demonstrar sentimento pela filha. Na verdade essa mulher é estranha, tem algo em seu olhar que não sei decifrar, parece que ela tem raiva da filha e não preocupação de mãe.
— Carly Rodrigues, filha de Hebe Rodrigues? — o médico aparece e suspiro aliviado.
— Aqui! — ando até o mesmo com a mulher atrás de mim.
....
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O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1
RomanceTaylor está fugindo do seu passado trágico e de pessoas que o perseguem. Um dia, em mais uma entrevista de emprego mal sucedida, ele conhece os empresários Philips e por acaso é contratado como motorista. Lindsay Philips, por mais que seja uma garot...