Capítulo 16

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Lindsay Philips

— ME SOLTEM! — Esperneio sentindo muita dor em cada parte do meu corpo.

Eles estão me torturando. Queimaram meu braço com um ferro que resultou em uma queimadura de 3°Grau. Fizeram um corte em minha coxa que saiu bastante sangue. A ruiva que pensei ser uma pessoa qualquer também é uma sequestradora, cortou a maçã do meu rosto e está doendo bastante.

— CALA SUA BOCA, GAROTA! — A ruiva bate em minha cara, bem onde está o corte. acabo soltando um berro de dor.

Começo novamente a chorar.

É inacreditável Taylor ser o autor disso tudo, um assassino que matou a irmã gêmea de um dos homens desse pessoal e da pior forma possível.

Ele mentiu sobre seus pais, ele os matou!

Eles me contaram tudo. Não sei ainda o nome deles, já que só se chamam por códigos perto de mim. Eu falei que não tinha nada a ver com o Taylor, mas não acreditam, acham que sou alguma prima ou namorada dele.

— Acho que já brincamos o suficiente com você! — Um homem baixo diz e pega o seu celular no bolso — iremos tentar fazer aquele assassino do seu primo ficar em seu lugar e te salvar.

— ELE NÃO É NADA MEU! — Grito e ganho outro tapa da ruiva.

Coloco a minha mão no lugar. A dor é muita.

— SE VOCÊ NÃO CALAR SUA MALDITA BOCA, JURO QUE VOCÊ VAI FICAR SEM UM PEDAÇO DELA! — Me ameaça e encolho na cama onde estou amarrada.

O homem disca o que suponho ser o número de Taylor em seu celular.

— Olha a boca, mocinho. Esta garota já está bastante encrencada. — Diz ao atender o celular e me olha sorrindo — que mania de você achar que vou te dizer onde estamos, é, talvez eu diga, com uma condição! — Fecha o semblante — se você prometer vim sozinho, aí entregaremos ela de volta aos pais... Acho que ela não quer conversar com você... Só disse a verdade! — Gargalha — não estou afim. Bye, bye Taylor! — !Desliga e vem até mim.

— O que ele disse à você, Cabeça? — A ruiva se levanta da cama.

— Ainda está resistente — suspira e me olha. — Ele só não conta que não iremos realmente entregar a querida dele.

Até parece, aquele assassino jamais iria se importar comigo, se foi capaz de matar os próprios pais, então é capaz de me esquecer aqui. Não devo passar de um lixo para ele.

— Ah, não! Eu não aguento mais ter que ficar aqui cuidando dela! — Aponta para mim com sua unha postiça mal colocada.

Nossa, e eu estou amando ficar aqui sendo torturada e traumatizada!

— Calma Bia. — Dá um celinho nela.

Então eles são um casal!

— Você citou nomes! — O repreendeu.

— Ela não vai lembrar, mataremos ela antes. — Sorrir.

Ai meu Deus!

— Ainda assim é arriscado. Quero dar uma volta, cadê o Lorenzo? — Olha para às unhas.

— Está lá fora, vou chamá-lo. Não demore muito Bia, pretendo ligar novamente para Taylor e dessa vez ele vai aceitar, por bem ou por mau! — Trinca os dentes e sai.

Bia, mais preferível para mim, ruiva, vem até mim.

— Se seu primo não tivesse matado a Carly, não precisaríamos está passando por isso! — Seus olhos demonstram tristeza e raiva.

Que saco!

— E você acha que eu queria está passando por essa merda? Nem conheço Taylor direito, ele só trabalha na minha casa. — Digo fraca, porém irritada.

Ela apenas me olha, então a porta do cativeiro se abre e o outro homem grande entra.

— Vai logo, Bianca!

Ela manda língua para o tal e sai.

...

— VOCÊ ACHA QUE ESTAMOS BRINCANDO, PORRA? — Grita ao telefone e me encolho.

A algum tempo que eles ligaram novamente para Taylor, mais ele parece não querer vim, o que eu não acho difícil, já que ele é um assassino.

— Ok, esperaremos você aqui, Lorenzo vai te buscar no estacionamento do shopping central às oito da manhã. Só não tente gracinhas, se vermos mais alguém, ela vai morrer! — Decreta e então desliga — BIANCA! — A chama.

— Oi, Travor? — Aponta a cabeça na porta.

— Faça mais uma de suas artes nessa garota, Taylor acha que estamos blefando, mas temos que mostrar que não. — Diz entre dentes.

A ruiva assente, então entra, pega uma caixa embaixo da cama e tira um alicate, ela suspira e me olha. Percebo que não está mais com as unhas postiças.

Ela encosta perto de mim, e direciona o alicate na unha do meu dedão. Me esperneio, mas o pé que ela escolheu é o que está amarrado em uma corrente. Sinto a unha sendo puxada, a dor da carne sendo rasgada vem até o meu coração.

— POR FAVOR, PARA! — Suplico não aguentado mais.

— Por hoje está bom, Bia. Amanhã fazemos mais alguns cortes no corpo dela, para ele sentir o que é ver alguém da gente sofrer! — Diz melancólico e sai do quarto.

Mas que merda! Eu que estou sofrendo, eu que estou sentindo tudo isso! Taylor nem liga!

Choro. Minha vida está do avesso.

Não aguento mais sentir dor, eu nem tenho culpa disso.

Os idiotas dos meus pais nem devem está movendo um dedo para me encontrar.

Calma Lindsay!

O Travor volta a entrar no quarto com um pacote de bolacha Danix e uma garrafinha de suco em mãos e coloca em cima da cama.

— Coma! Quando aquele imprestável chegar, a única coisa que você vai ver é a cara dele! — Senta em uma cadeira que tem no cativeiro e começa a mexer no celular.

Tento ignorar a dor insuportável no meu dedão, pego o pacote de bolacha e o abro com agilidade, pego logo duas bolachas e enfio em minha boca com vontade.

Odeio Taylor por ter me submetido a isso tudo.

Jamais o perdoarei!

...

O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora