Capítulo 36

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Lindsay Philips

Sinto uma quentura em meu corpo e abro os meus olhos, vejo Taylor dormindo calmamente. Ele está com a mão em minha cintura e estamos de frente um para o outro. Minha cabeça está doendo muito. Isso não quer dizer que não me lembre de ontem, porém que está doendo está. Tento me levantar, mas é falho. O Sol está quente, mas um quente normal, porém para uma pessoa com ressaca tudo fica dez mil vezes mais. Nunca senti antes a sensação, só sei por causa de Josh quando namoravamos e íamos à festas e ele contava a experiência da ressaca no outro dia. Hoje tive a infeliz experiência de saber a sensação.

— Taylor? — Chamo ele com a voz rouca de ressaca.

Ele se mexe entre resmungos.

— Por favor, acorda logo! Minha cabeça vai explodir igual uma bomba nuclear. — Peço choramingando e Taylor acorda aos poucos reclamando.

— Não acredito que dormimos nesse lugar! — Se senta sonolento.

Coloco minhas mãos na cabeça quase chorando de verdade.

— Aqui é mais seguro que qualquer bairro dessa cidade à noite. Agora podemos ir? — Desço do capô e entro no carro.

Escuto Taylor rir e logo em seguida entra no carro também.

— Eu disse ontem que você sentiria o peso da bebedeira hoje. — Me olha sarcástico e mando o meu dedo do meio pra ele.

Taylor dá partida, depois de vinte minutos chegamos na mansão. Quando entramos nela, tem sete pessoas nos esperando. Agora que morro de vez de dor de cabeça.

Amber vem e me abraça.

— Estava preocupada! Onde estavam? — Gau é a primeira à perguntar e olho para Taylor fazendo sinal pra ele responder.

— A Senhorita aqui bebeu horrores e só acordou agora — aponta para mim, segurando o riso.

Gau respira aliviada.

— Onde minha filha dormiu, rapaz? — Kenny tenta fazer papel de pai e antes que Taylor responda, tomo a frente.

— Não interessa! Você nem liga pra isso, não precisa fingir, ok? Deixa Taylor em paz, é a folga dele. Agora eu vou subir pra ver se essa ressaca vai para o ralo e vocês nem ousem gritar nessa casa porque se não vou morrer de dor de cabeça. — Digo rápido e irritada.

Subo para o meu quarto correndo, vou direto para o chuveiro e tomo um banho bem gelado.

Tenho que conversar com Taylor sobre o meu atrevimento ontem, mas isso só quando eu melhorar a dor de cabeça.

...

Sinto alguém mexendo em meu cabelo, abro os meus olhos e sorrio.

— Bom dia, dorminhoca! — Gau diz e se levanta da cama.

Eu me sento na cama e bocejo.

— Quantas horas são? — Pergunto com a voz rouca.

Ela rir.

— Quase oito da noite. Estava esperando você acordar pra ver se você estaria bem. — Responde e arregalo os meus olhos. — As crianças ficaram preocupadas e pediram para eu vim chamar você, tentei explicar que isso é normal por causa da ressaca, mas eles quiseram mesmo assim.

Assinto. A lembrança de ontem a noite relampeja em minha mente. Será que eu estou gostando dele e eu não sabia?

— O que aconteceu ontem? — Gau me olha  divertida.

Franzo o cenho.

— A gente bebeu um pouco e fomos pra um morro que eu conhecia, ver as estrelas. Acabamos dormindo. Por quê? — A olho sem entender e ela rir alto.

— Você e Taylor não poderiam ser atores nunca. O que de fato aconteceu? — Se aproxima animada e eu nego confusa. — Qual é! vocês estão com sorrisos bobos desde que chegaram!

Engulo em seco.

— Quando eu estiver a vontade prometo que conversamos, ok? — Digo sincera e ela assente.

Escuto um barulho e olho para a barriga de Gau.

— Com fome? — Sorrio.

Ela nega.

— Muita fome! — Corrige a minha fala e rimos.

Levanto da minha cama, vou ao banheiro tomar outro banho, quando termino, visto um conjunto de moletom e vamos para a sala. Chegamos na sala, tem três pessoinhas assistindo um desenho que desconheço.

— Boa noite, gente. — Digo e todos os três me olham.

Sem que eu queira meus olhos vão direto aos de Taylor.

— Lindy! Venha assistir com a gente! — Sebastian diz animado.

Balanço a minha cabeça e o olho.

— Primeiro vamos fazer uma refeição. — Dou a idéia e eles assentem animados.

— Taylor, cadê o Nathan? — Gau pergunta.

— Disse que ia resolver um negócio e pediu para mim te levar pra casa. — Explica.

Gau dá de ombros e vamos para a cozinha preparar alguma coisa.

...

O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora