Capítulo 19

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Taylor Perry

— Taylor! — Escuto a voz da minha melhor amiga quando o tiroteio para.

Sinto alguém desamarrar minhas mãos, com um pouco de dificuldade levanto. A primeira reação que tenho é olhar para Lindsay desacordada.

— Lindy! — Tento agachar, mas alguém me segura.

— Você não pode tocar nela, não sabemos se ela está ferida. E a ambulância já está chegando. — Me vira para à olhar.

Abraço Gau fortemente.

— Obrigado por ter nos ajudado. Ele iria nos matar. — A aperto.

— Por nada Tay, mas a idéia foi sua, só fiz a parte mais simples. E para de me apertar senão o bebê vai nascer antes da hora. — Brinca e rimos um pouco.

Acabo com nosso abraço e observo ao redor. Bianca está chorando algemadada ao lado de Lorenzo. Travor está algemado sozinho berrando com os policiais. Um policial olha pra mim, conversa com outro policial e vem até mim.

— Taylor Perry, pode vim comigo? — Diz quando chega perto e assinto.

Vou com ele até o grupo de políciais que estão analisando algumas provas que se encontram em cima da mesa do cativeiro.

— É ele? — um dos policiais pergunta ao que está comigo e ele assente.

Eu tenho certeza que vou ser preso, mas antes eu queria tanto poder ver Lindsay e ter certeza que ela ficará bem.

— Não somos de fazer isso, mas como você passou por muitas coisas, deixaremos para amanhã. Queremos seu depoimento amanhã de manhã, não sabemos o que te espera, mas já deixamos avisado que dependendo por causa do que sua amiga nos contou você pode ser preso. — Explica.

— Eu entendo. Estarei lá amanhã de manhã. — Aceno e volto para perto de Lindsay.

Após alguns minutos os paramédicos chegam, eles colocam Lindsay na maca e levam para dentro da ambulância.

— Moço, eu posso ir junto? — Pergunto ao paramédico que coloca a máscara de ar em Lindsay.

Ele me olha e nega.

— Ela vai ficar bem. Só precisa de um pouco de descanso. provavelmente ela não vai acordar hoje mais, visite ela amanhã. — Informa.

Eles fecham a porta e se vão.

— Ei! você está bem? — Gau aparece do meu lado.

— Eu não sei. — Digo sincero.

E eu realmente não sei. Foi tudo muito rápido e eu sinto que ainda falta alguma coisa.

...

— Pode começar contar a sua versão Sr. Taylor. — O policial faz sinal com a mão para eu falar.

Suspiro. Travor está na sala e me olha atentamente com ódio nos olhos.

— Tudo aconteceu há alguns meses. Eu namorava Carly, irmã gêmea de Travor — o olho — a gente se conheceu na faculdade um ano antes. Com o tempo conheci a família dela, muito bem por sinal, mais que a própria Carly. No dia do assassinato eu convidei ela para ir em meu apartamento pra conversarmos sobre a gravidez que tínhamos descobrido a pouco tempo, mas eu estava na casa de uns colegas do trabalho, na época eu trabalhava em uma empresa como estagiário. Eu pedi ela que me esperasse em meu apartamento, ela tinha a chave, demorei um pouco na casa dos meus colegas, cheguei em meu apartamento uma hora depois do combinado. Eu jamais pensei que isso aconteceria, quando entrei em meu apartamento chamei por Carly, mas ela não respondeu. Então fui para o nosso quarto, foi quando eu vi o corpo de Carly jogado nu na cama, com um tiro na testa, facadas pelo corpo e sangue por toda cama. Eu fiquei desesperado, a primeira coisa que fiz foi fugir, fiquei com muito medo, por que eu via mortes horríveis passando na televisão quando eu resolvia assistir, porém jamais pensei que isso poderia acontecer com alguém próximo. Até procurei meus pais, mas eles ficaram com medo de mim, acreditaram na polícia da onde moro e tentaram me prender em casa pra me entregar aos policiais, porém eu fugi e vim pra cá, com todos os documentos falsificados e até mudei um pouco meu visual — começo a chorar — e também Travor começou a me procurar, querendo vingança, onde eu estava ele me achava.

Eu fiquei tão assustado, com tanto medo, vendo agora mais claramente, eu fui um medroso irresponsável.

Eu realmente amava Carly, a gente teria sido um grande casal.

— Você é um mentiroso! — Travor cospe irado — tudo foi investigado, apenas você que entrou no seu apartamento aquele dia, o porteiro deu todas as fitas do prédio! Só queremos... — O interrompo.

— E quem prova que não foi nenhum dos seus ou algum inimigo das outras máfias!? — Acuso.

— CRETINO! — Tenta se levantar mas os policiais o segura.

— Comporte, Travor. — O policial pede e me olha — iremos investigar tudo mais detalhadamente, não estávamos sabendo disso. Sabe se colocaram seu nome como procurado?

Dou de ombros.

— Bom, mesmo assim isso já é o bastante, foi como se você tivesse se entregado. Sugiro que você chame algum advogado, você ficará aqui até descobrirmos quem é o culpado desse assassinato. — Pega às algemas em sua cintura.

Estico o meu braço e ele coloca.

— Vai apodrecer na cadeia igual a mim quando comprovarem que você é o assassino. — Travor gargalha.

Imprestável!

— Veremos! Não tenho medo de esperar na cadeia o resultado, tenho confiança em meu taco. — Pisco para ele e sigo os policiais.

Eu vou ser forte. Antes de vim pra delegacia deixei uma carta com Gau para entregar Lindsay, eu queria ver ela no hospital, mas adiar o inevitável só ia me causar mais dor.

E eu tenho fé que tudo vai dá certo.

...

O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora