Capítulo 15

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Taylor Perry

É inacreditável o jeito dos Philips serem. Primeiro foi os patrões mais cedo me chamando de inútil e enchendo de sermões. Agora é Lindsay que à alguns minutos pegou o meu celular e conversou com os sequestradores sem minha permissão e não quer me dizer o que eles disseram.

Vou para a sala dos funcionários e fico pensando nesse problema que criei para os Philips. E eles nem tem nada a ver com isso.

Lindsay me mandou ir para o portão mais tarde, porquê será?

...

A alguns minutos que cheguei com os patrões de uma reunião que tive que levá-los. Olho pela janela da cozinha, percebo que escureceu.

Mesmo estranhando o que Lindsay pediu que eu fizesse, saio pela porta da frente e ando até o portão, quando chego perto, logo reconheço o corpo desacordado da pessoa que estávamos procurando preocupados.

— Sebastian! — O pego no colo e ando o mais rápido possível até a mansão.

Entro na mansão, o coloco no sofá e chamo os patrões. Eles vêm até a sala e quando olham para Sebastian, invés de preocupação vejo um certo desprezo.

— Como ele veio parar aqui? — Sra. Philips me olha com arrogância.

— Eu fui no port... — Paro de falar arregalando os meus olhos ao lembrar de uma coisa, melhor, pessoa. — LINDSAY! — Corro até o segundo andar, especificamente em seu quarto.

A cama de Lindsay está bem arrumada e sem nenhum indício que ela esteja por aqui.

Não, não, não!

Desço para a sala e fico indignado ao ver os patrões sentados no sofá de frente para o filho desacordado mexendo nos seus celulares.

— Chamaram a polícia pelo menos? — Pergunto desesperado.

Sr. Philips me olha sério.

— Já os avisei que Sebastian já foi entregue. — Diz tranquilamente e volta o seu olhar pro celular.

Eu não acredito que eles são tão ruins ao ponto de nem chamarem uma ambulância para o filho ou ver se as filhas estão bem.

— Droga! — Explodo e eles me olham. — A filha de vocês fez uma possível troca com os sequestradores! Chamem a polícia e a ambulância, pois o filho de vocês não está bem! E cadê Amber? — Disparo a falar com muita raiva.

— Quem você pensa que é, hein? — Sra. Philips se levanta apontando o seu dedo anelar em minha cara. — Estamos com problemas nas empresas, não temos tempo para essas infantilidades desses moleques inconsequentes. Você está demitido! Volte aqui amanhã pra a gente acertar.

Olho incrédulo para a mesma. Eles são piores do que eu imaginava.

— Você é louca! — Afirmo.

— Ei rapaz, respeite a minha mulher! — Sr. Philips fica de pé ao lado dela.

— Olha quem fala, o santo que engravidou a governanta! — Jogo a bomba por impulso.

— O quê? — Os olhos da Sra. Philips vacilam.

Eu não tenho mais nada pra fazer aqui.

Vou para fora da mansão e ligo pra uma ambulância antes de ir embora de vez.

...

É horrível essa espera. Os Philips reiniciaram as buscas, agora por Lindsay, só sei disso porque está passando na televisão toda hora nos intervalos comerciais.

Dois dias que fui despedido e que não tenho notícias de Sebastian e Amber, se estão bem.

Os sequestradores ainda não me ligaram e eu não sei se eles ainda querem vingança ou matar quem eu gosto. Lindsay passou a ser uma amiga, mesmo com os nossos desentendimentos e eu estou muito preocupado com ela.

No momento estou assistindo televisão e bebendo whisky. Um indivíduo sem o que fazer toca a campainha, com muita preguiça vou até à porta e atendo.

Fico surpreso ao ver a minha melhor amiga em minha frente.

— Você está horrível! — Gláucia entra sem esperar ser convidada.

Doce como um limão.

— Obrigado. — Fecho a porta e volto a me sentar.

— Eu tive que voltar ao Brasil pra terminar um serviço, porém, algo me disse pra vim aqui e eu já sei o pra quê. — suspira. — Taylor, você sabe que eu sou a única que sei sobre quase tudo que te aconteceu, e sei que não tenho o direito de intervir em sua escolha, mas uma garota que tem o futuro lindo pela frente pode morrer se você não decidir contar aos policiais sobre a verdade e eu não vou me compactuar com esse terror, ou você conta ou eu conto! — Termina de dizer e desvia o olhar do meu.

Ela só pode está brincando comigo.

— Você não está bem! Eu não vou contar nada! — Me levanto alterado.

— Você só tem até amanhã à tarde Taylor. — Determinada Gau pega sua bolsa, dá uma última olhada pra mim e sai.

MERDA!

Só Deus sabe o quanto está sendo difícil balancear entre deixar os policiais agirem sem pistas ou eu contar sobre o meu passado.

Meu telefone começa a tocar e o pego. Olho no indentificador de chamadas e atendo rapidamente quando vejo que é o número desconhecido que me ligou no shopping.

— CADÊ ELA!? — Passo a minha mão em meu cabelo nervoso.

Oi Taylor! — A voz seca de Lindsay que escuto.

Estranho seu tom de voz.

— Lindsay! Onde você está? — Pergunto preocupado.

Quero conversar com meus pais. — Pede ríspida.

Tem algo muito errado.

— Fui despedido da sua casa, todavia não é isso que importa, onde você está? — Pergunto novamente.

MENTIROSO! VOCÊ MENTIU PARA TODOS NÓS! SEU ASSASSINO! — Escuto soluços dela.

Desligo rapidamente assustado, não acredito que eles contaram para Lindsay. Eles devem ter inventado mais coisas de mim pra ela e... Meu Deus!

— Não, não, não, não! — Nego desesperado.

Meu celular toca novamente, mas não olho e nem atendo.

Pego o litro de whisky e viro na boca. Pra ver se à angustia para de me atormentar.

Eles devem ter contado o lado deles e eu não sei mais o que fazer.

— DROGA! — Começo a chorar.

...

O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora