Capítulo 2

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Lindsay Philips

Só queria que alguém esclarecesse qual o benefício de se ter irmãos mais novos, além de tudo, ainda criança. Decididamente odeio isso, eu aceitaria de bom grado ser a irmã mais nova que aborrece a vida do irmão mais velho, só para saber qual a graça de realizar isso.

Irritantemente o meu "irmãozinho querido" de dez anos se diverte empurrando os seus inúmeros problemas com a diretora para cima de mim.

Até Amber, nossa irmãz de três anos, é mais composta que ele. E o ponto é que a minha paciência esgota muito rápido, na mesma velocidade do Flash.

— Você não é mais uma criancinha pra ficar fazendo essas infantilidades, Sebastian! Vê se cresce! — Xingo enfurecida a um nível indescritível.

Sebastian tinha tudo para ser um irmão legal, até ele insistir em ficar sendo chamado à sala da diretora por causa das "artes" que articula pela a escola, de dois em dois dias a diretora me convoca para falar sobre coisas chatas por causa dessas artimanhas infantis dele. Como a "má" reputação escolar da Cheerleader líder por causa do irmão inconsequente, o que os promotores escolar irão achar disso, vários blá blá blá.

— Eu não fiz nada, Senhora Perfeição! — Retruca emburrado, de braços cruzos. Não foi isso que a Diretora me disse quando entrei na sala dela.

Reviro os meus olhos. Talvez se eu fingisse que acredito, ele parava de fazer isso.

— CALEM-SE! — Diretora Barry berra, batendo as mãos em cima da sua mesa com força, causando um estrondo alto. 

Que belo exemplo de silêncio, super dá certo.

— Ele/Ela que começou! — Dizemos em uníssono tentando nos defender.

Inútil, já que a velha na nossa frente só escuta quem quer, na hora que quer. Tenho alguns anos de experiência, muito conhecimento para dizer isso.

— Não importa, temos regras a c... — Batem na porta a interrompendo. — ENTRA! — A Diretora berra novamente, ficando emburrada.

Balanço minha cabeça negativamente sem ela perceber. Muito histérica.

— Senhora Barry, o Motorista das jovens crianças acabara de chegar. — Katty, a senhora que atende o interfone, avisa e sai logo em seguida.

Desde que comecei a estudar aqui que tenho um apreço enorme por ela; por ser uma pessoa tão dócil, gentil. Além de sempre ter estado na escola desde que me lembro.

Nossa, até que enfim Reyler e Kenny arranjaram outro Motorista para a gente, o anterior era um incompetente que se atrasava quando ia nos buscar em algum local. Espero que esse recente não seja.

— Amanhã terminamos nossa conversa melhor, Philips! — A Diretora olha diretamente para mim.

Velha chata!

O meu irmão que arquiteta as merdas, eu que tenho que pagar. O cúmulo da pessoa sem noção. Só permaneço sendo Cheerleader porque é algo que me tira do tédio, que gosto. 

Levantamos sem nenhuma delicadeza das nossas cadeiras e saímos da sala da Diretora sem trocarmos um olhar se quer. Melhor assim, só que estou tão chateada com Sebastian que não consigo ficar calada.

— Você é um idiota, Sebastian! Sabia que agora ela vai me azucrinar até o final do ensino médio?! — Empurro a porta da saída com brutalidade.

E como vai, o hobbie da Diretora é fazer da vida dos alunos que gosta um inferno, impondo perfeccionismo. 

— Cala a sua boca! Você vai formar nesse ano, é uma das preferidas da escola, eles nem olham para os seus erros! — Me empurra com força igual fiz com a porta e corre para o carro, segurando a mochila de lado.

O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora