Capítulo 14 | parte 2 |

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Lindsay Philips

— Lindsay, o que Sebastian aprontou dessa vez? — Kenny pergunta.

Eles chegaram a alguns minutos, viemos para o escritório e invés de querer saber se o filho está bem, procura saber o que ele aprontou?

— Vocês são tão inacreditáveis! — rio desacreditada.

— Para de drama e diga logo garota! — Reyler bufa e se senta em uma poltrona.

Eles não percebem que o tempo está passando!?

— Ele não aprontou, eu fui atrás de Tay... Amber que estava brincando em um brinquedo e o deixei esperando voltarmos, quando eu voltei ele já não estava mais lá! — minto em algumas partes.

— Você é uma irresponsável então! Como deixou o seu irmão sozinho? — Kenny me acusa.

Meus olhos enchem de lágrimas. Ele em parte está certo, em outra errado.

Trinco meus dentes de raiva.

— Jamais repita isso novamente! Eu sou mais presente na vida do Sebastian que você! Não me deixaria surpresa você nem saber a idade do seu filho!

Vejo ou imagino, não sei dizer, uma certa tristeza passar rapidamente nos olhos do mesmo.

— Já chega! — Reyler se levanta — Os policiais já não estão fazendo o que deve ser feito? — olha pra mim.

— Eu já disse que te odeio hoje!? — pergunto a olhando com repulsa.

Abre a boca pra me responder, mais é interrompida por Amber entrando no escritório correndo.

— Lily! — abre os braços pra mim.

— Baybe, não era pra você está dormindo? — pergunto disfarçando o clima pesado e a pego no colo.

— Acordei — olha para os dois embustes na sala — Não estavam viajando? — pergunta.

— Sim, mas seus irmãos não cansam de nos dar problemas. Espero que não seja igual a eles. — Reyler lança um olhar rude a Amber, que se encolhe em meus braços.

— Não ligue pra essa bruxa. — sussurro pra Amber.

— E o motorista? Ele não estava por perto? Quanto inútil ele é? — Kenny nega com desaprovação.

— Ele é o motorista, não o segurança. — o defendo mesmo ele não merecendo.

— Verdade, mais não custava olhar vocês. — Reyler se pronuncia.

— Eu não aguento vocês, sério, deveriam morar no inferno! — sigo pra porta do escritório.

Abro ela e subo para o segundo andar com Amber, nem vejo quem está na sala.

...

Nunca tive um almoço tão solitário e cheio de tristeza, tive que contar a verdade a Amber e ela não quer comer de jeito nenhum.

— Come Baybe! — largo meu garfo no prato.

— Eu não quelo! — sai da cadeirinha e corre pra sala.

Suspiro. Olho para os dois almoçando na mesa e me pergunto se estão aqui ou dentro do celular. Levanto, sigo pra sala, vejo a porta que vai pra garagem se fechar, resolvo ver o que é, entro na garagem, escuto a voz de Taylor. Eu estou com ódio desse infeliz, ele sabe o porquê disso tudo e não quer dizer por capricho.

— Vocês não podem está falando sério! — escuto sua voz tensa dizer.

Aposto que são os sequestradores, não vou deixar isso passar, meu irmão pode está sofrendo na mãos desses psicopatas.

Me escondo atrás de um carro, olho pra Taylor distraído, olho para o banheiro do outro lado da garagem, tive uma idéia e agora vou usar minha ginástica da escola como precisão. Corro até Taylor, arranco o celular da sua mão e acelero até no banheiro, o tranco e me sento no vaso sanitário tentando respirar.

— LINDSAY! NÃO SEJA BURRA! — Taylor soca a porta.

ah, claro! Vou deixar você tomar rédea da situação. Nem falar o porquê disso tudo não quis.

— Devolvam meu irmão, seus monstros! — digo ao celular quando recupero meu fôlego.

E porque iríamos fazer isso? — uma voz grossa de homem, rir debochado do outro lado.

— É dinheiro que querem? Meus pais são ricos! — ofereço desesperada.

— LINDSAY, ABRA ESSA PORTA! — Taylor continua à gritar.

Querida, o dinheiro não vai pagar o que queremos e nem vai trazer de volta o que minha família perdeu! — Sua voz diz rancorosa.

Mais o que a minha família tem haver com eles?

— Então... — penso em alguma coisa a oferecer até que me vem um idéia na mente. — Marque um local e fazemos uma troca, eu por meu irmão! — sussurro pra Taylor não escutar.

Garota, acha que somos burros? Você vai armar uma armadilha pra nós! Lembre-se que podemos fazer o que quisermos com seu irmão, ainda mais que ele está totalmente dopado. escuto um barulho do outro.

— LINDSAY! — a porta treme com os socos de Taylor.

Sebastian!

— MONSTRO! — me desespero mais — eu juro que irei sozinha. — imploro.

Ok, hoje no estacionamento do shopping que vocês estavam, na mesma hora que foram ontem e se formos enganados garota, você e seu irmão irão morrer! — Diz e desliga.

Fico estática, a porta do banheiro cai e Taylor toma o celular da minha mão com fúria.

— VOCÊ TEM O QUÊ NA CABEÇA? — bagunça os seus cabelos — O QUE ELES DISSERAM?

Me mantenho estática.

— DIGA LINDSAY! — segura os meus ombros.

Se fosse em outros tempos eu estaria com medo, mas agora, eu só quero aproveitar meus últimos momentos na mansão com minha irmã.

— Fique de olho no portão quando escurecer! — digo apenas e sigo pra dentro da mansão.

...

Tem dois minutos que cheguei e dois minutos que eles estão atrasados.

— Olá! — uma mulher ruiva de cabelos sedosos, sai de trás de um carro com algumas sacolas.

— Oi. — me preocupo, se eles a verem aqui, pensarão que eu a trousse.

— Tudo be... — as sacolas caem de sua mão — pode me ajudar? — pede.

— Ah, claro. — me agacho pra ajudar.

Escuto passos se aproximarem, quando vou me levantar pra ver se são os sequestradores, a mulher ruiva me dar um soco, caio no chão tonta e surpresa, com a minha visão turva, só vejo vultos de pessoas, sinto a escuridão chegar, até que acabo desmaiando.

...

O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora