Taylor Matthew
— Ah, meu filho, sentirei tanta saudade! — Minha mãe chora.
Despedir deles está sendo a parte mais difícil, sei que eu vou voltar aqui depois, mas foi muito tempo separados. Beijo o topo da cabeça da minha mãe.
— Eu também. — Sai como um sussurro a minha voz e meus pais me unem em um único abraço.
Quando amamos nossos pais é assim, sentimos falta antes mesmo de sair da vista deles. Terminamos de nos despedir, os meus pais direcionam à atenção a Lindsay.
— Querida, obrigado por ter vindo, adorei você! Espero que volte novamente com Taylor! — Minha mãe segura a mão de Lindsay.
Ela sorrir corada.
— Obrigado, Dona Joana, eu que agradeço vocês por tudo! — Abraça a minha mãe.
— Tá bom Joana, agora deixa a Laidsy despedir de mim! — Meu pai afasta as duas e puxa Lindsay para um abraço.
Eles ficam alguns minutos assim e percebo que meu pai está sussurrando algo no ouvido de Lindsay. Finjo uma tosse e os dois se afastam rindo.
— Agora realmente temos que ir. — Digo olhando em meu relógio de pulso.
O vôo está marcado pra daqui uma hora e até fazer o check-in demora.
...
O fim de semana passou rápido mas pelo menos estou tranquilo de que agora os meus pais estão de bem comigo e que posso visitar eles. Essa viagem também foi boa pra eu ver o quanto Lindsay é especial em minha vida e o quanto gosto dela.
— No que tanto pensa? — Lindsay pergunta enquanto o taxista dirige até a casa dela primeiro.
Eu balanço a minha cabeça negativamente.
— Não é nada de importante. O que acha da gente sair com as crianças amanhã? — Dou a idéia e ela assente.
Apesar de eu não poder fazer muito por eles no quesito "amor dos pais", eu quero sempre procurar deixar um sorriso nos rostos dos três Phillips.
— Estou tão ansiosa para a minha conclusão do curso de fotografia. — Lindsay sorrir animada olhando algo no celular e eu seguro a sua mão.
— Vai dá tudo certo. — Digo.
As vezes parece mentira que estou com ela e que nada nos impede. O táxi para em frente a casa de Lindsay, damos um beijo e ela se vai. Dou o meu endereço ao taxista e ele segue o caminho.
Escuto o meu celular tocar, o pego e vejo no indentificador de chamadas escrito "Gau".
— Oii gravidinha! — Digo.
Escuto algumas vozes no fundo e estranho.
— Taylor, sou eu Nathan. Amor sentiu algumas dores e está aqui no hospital do centro. — Nathan diz preocupado e arregalo os meus olhos.
Peço ao motorista para mudar à rota e volto pro celular.
— Meu Deus, Nathan! E como ela está? — Pergunto inquieto.
— Eu ainda não sei, chegamos há alguns minutos. Olha, fala com Lindsay que as crianças já estão na mansão e que quando vocês chegarem e... — Interrompo ele.
— Já chegamos, Lindsay já está na mansão e eu estou indo para aí. — Suspiro de nervosismo.
Termino de conversar com Nathan e desligo. Depois de alguns minutos chego em frente o hospital, peço o taxista para esperar e entro no hospital. Pra minha sorte Nathan está conversando algo com a recepcionista e quando me ver, sorrir fraco.
— E aí, cara! Alguma novidade? — Nos cumprimentamos com um toque.
— E aí. Nada ainda. Você acha possível ela perder o bebê? — Vejo os seus olhos se encherem de lágrimas.
Engulo em seco. Gau está feliz demais com essa gravidez, isso não pode ser nem uma possibilidade.
— Não Nathan, ela é forte e a nossa Blue também. — Dou uma batidinha em suas costas passando força.
Ficamos um tempo esperando o médico aparecer, quando uma enfermeira com cara fechada chama o nome de Nathan e nos levantamos.
— Sou eu moça, como está a minha noiva? — Nathan pergunta ansioso.
A enfermeira olha para algo na prancheta que está segurando e olha pra Nathan sem emoção.
— Ela e o bebê estão bem. Ela vai precisar ficar aqui hoje, só por precaução. — Diz.
Suspiramos aliviados.
— E o que aconteceu com ela? — Pergunto já que ela não disse nada.
Ela olha novamente na prancheta.
— Pelo o que aqui diz, o bebê tava querendo apressar as coisas, mas isso é normal, então o médico disse que ela tem que ficar em alerta com isso. Ademais, não é nada de risco. — Ela sai com pressa, como se não quisesse receber mais questionários.
Quanta educação.
Olho sorrindo para Nathan.
— Ta vendo, eu disse que ia dá tudo certo, foi apenas um susto. Olha eu vou ter que ir pra casa, porque o taxista deve está querendo me matar lá fora. — Digo e Nathan rir.
— Obrigado por tudo Taylor, você é um grande amigo. Eu também tenho que ver se posso ficar com Gau. — Dá uma batidinha em minhas costas e assinto.
Nathan vai até a recepcionista e eu vou para fora do hospital, entro no táxi, peço desculpa o taxista e explico a demora, logo em seguida ele dá partida pra minha casa. Tenho que ligar para Lindsay e avisar ela, porém só quando eu chegar em casa.
Que belo início de dia.
Ainda bem que Gau e Blue ficaram bem.
...
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O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1
RomanceTaylor está fugindo do seu passado trágico e de pessoas que o perseguem. Um dia, em mais uma entrevista de emprego mal sucedida, ele conhece os empresários Philips e por acaso é contratado como motorista. Lindsay Philips, por mais que seja uma garot...