O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1

Capítulo 29

Taylor Matthew

Hoje é o meu grande dia. Semana passada me notificaram que conseguiram a última prova de que precisavam pra dizer que sou inocente. É tão estranho saber que depois de hoje serei um homem livre e que posso finalmente voltar a minha cidade sem receio de ser julgado por algo que não fiz. Que meus pais verão que sou inocente e me aceitarão de volta como filho.

— No que tanto pensa hein? — Otávio pergunta curioso.

Eu balanço a minha cabeça saindo do meu devaneio e o olho.

— Na minha liberdade. Eu queria que você saísse também. — fico triste.

Otávio nega.

— Está certo. Não se preoucupe comigo, estou em paz, vinguei minha filha e é o que importa. — pela primeira vez vi seus olhos se encherem de lágrimas.

Eu assinto. A audiência será mais tarde. Travor também iria, desde que ele soube fica me olhando de longe sem expressão. Depois da surra ele não se aproximou mais. Seu rosto está roxo e inchado ainda.

— No que posso te ajudar do lado de fora? — pergunto.

Otávio fica pensativo.

— Te darei o endereço da minha família. Só peço que mande um recado pra elas e uma carta.

...

A cada passo que dou meu coração acelera mais. Estou tremendo de ansiedade, minhas mãos estão suando e minhas pernas estão mais mole do que gelatina. Chego no tribunal, me sento em meu lugar. Meu coração dá um sobressalto quando vejo as minhas duas amigas me olhando sorrindo.

Aceno com a cabeça e elas retribuem.

O júiz chega. Travor chegou alguns minutos antes de mim.

— Boa tarde senhores e senhoras! Pediram pra marcar essa audiência pois acharam provas da inocência do réu. — aponta pra mim e todos me olham sérios — podem começar. - bate o martelo.

Engulo em seco.

— Boa tarde a todos. Trouxemos fotos, um vídeo e uma testemunha. Primeiro queremos mostrar ao juiz as fotos. — meu advogado se levanta e entrega ao juíz as fotos — é a ex namorada do meu cliente com um homem. Barney Grast. Eles dois conversam e trocam beijos. Logo em seguida ela entra no prédio e ele também só que por trás.

Travor fica pálido e fico sem entender.

— A acusação quer fazer perguntas? — o Juíz pergunta ao advogado de Travor e ele nega — prossiga. — diz ao meu advogado.

Em um telão meu advogado coloca o vídeo mais não dá play.

— Aqui teremos a resposta do assassinato. A testemunha será pra confirmar o porque de não ter algum pedaço desse vídeo nas cameras de segurança do prédio que meu cliente morava. — diz e dá play.

Aparece Carly chegando na esquina e logo em seguinda o tal Barney.

— Oi amor! — ele beija Carly que sorri.

— Oi amor! Estou me sentindo mal por ter mentido pra Taylor. — diz triste e o cara segura seu rosto.

— Ei, a gente não tem culpa disso, ok? — ele diz e ela assente — a gente já era um casal antes dele. Você só ficou com ele por carência. Ele entenderá. — a beija.

Fico estático.

— Amor, mais ele me ajudou tanto enquanto você estava longe trabalhando. Eu sei que a gente não terminou e eu meio que te traí com ele, mais ele foi minha âncora sabe? Ele não merece isso. — Carly chora.

O homem suspira. Ele parece com raiva.

— Mais se me ama ainda tem que terminar com ele Carly. Eu te ajudo. Será esquisito eu entrar com você no prédio sem ele lá. Entra pela frente que eu entro por trás, ok? — ele diz sorrindo.

Ela assente. O beija e sai.

— Desgraçada! — xinga e tira do cós da calça uma faca e uma arma — vai me pagar por tudo! Por ter ficado com esse cara em minha ausência e Travor vai sentir na pele o que é perder uma irmã. Esse Taylor vai pegar a culpa só pra não pegar mulher do outros. — olha para as armas como se fosse um maníaco — Carly, Carly, pobre ingênua! A gente era tão feliz na fase da adolescência. — guarda as armas e sai.

O vídeo acaba e já estou chorando. Carly foi uma mentira em minha vida.  Por que ela fez isso? Eu era tão apaixonado por ela. No final a morte dela foi culpa das suas mentiras.

— A acusação quer perguntar algo? — o Juíz pergunta e eles negam novamente — prossiga.

Renan aparece e dar seu testemunho. O juíz pede cinco minutos pra conversar com o júri. Os cinco minutos se passam e o juiz volta.

— Conversamos e decidimos que o réu é... Inocente — bate o marcelo e sorrio aliviado ainda chorando de tristeza. — entre o culpado — diz logo em seguida e franzo o cenho.

O tal Barney entra algemado e rindo alto. Olho pra Travor e ele olha com ira para o Barney.

— DESGRAÇADO! MINHA IRMÃ NÃO TINHA CULPA DOS MEUS NEGÓCIOS! — Travor rosna.

Ele o conhece?

— E MINHA IRMÃ SÓ ERA UMA ADOLESCENTE PERDIDA! — Barney grita — você a estrupou da pior forma seu covarde, a matou e a jogou em um esgoto! — diz baixo.

Meu Deus!

— Mais eu não tinha culpa de nada disso! — me intrometo e o Barney me olha.

Ele me olha com nojo.

— Eu e Carly éramos namorados escondidos bem antes dela te conhecer seu idiota! Eu viajei pra planejar uma vingança e mentir que era a trabalho. A idiota te usou apenas pra tampar a falta que sentia de mim e além disso, eu voltei um tempo antes e a gente ficava sem você saber! — cospe as palavras.

Choro mais ainda. Como ela pôde fazer isso comigo.

...