Capítulo 32

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Lindsay Philips

— Oi, Taylor! — O cumprimento quando paro o carro em frente à sua casa.

— Oi, Lindy! Desculpa ter feito você vim aqui, mas tenho que tirar pelo menos esse problema da cabeça. — Entra no carro e me olha.

— Amigos são pra isso, já disse. — Suspiro tentando me manter calma.

Taylor olha preocupado pra mim.

— O que houve? — Pergunta e nego.

— Apenas uma discussão com uma ex amiga que não me perdoa por nada. — Sorrio de lado e dou partida no carro — pra onde vamos?

— Não quer mesmo falar sobre? — Pergunta e nego. — Ok então, mas depois conversaremos sobre. Vai nesse endereço aqui. — Me entrega um papel.

Olho e acelero o carro.

— E Gau, como está? — Ligo o som do carro baixo.

Taylor rir.

— Bem. A gente passou a manhã toda rindo e procurando casa para ela mais o noivo. — Diz e assinto.

Acho tão legal a amizade deles.

...

Paramos enfrente o endereço e só observo com delicadeza o bairro. É simples, porém dá uma imagem de tranquilidade e paz. Crianças brincam em uma pracinha e as pessoas estão fora das casas conversando uns com os outros.

— O que a gente veio fazer aqui mesmo? — Pergunto.

Taylor pega algo no bolso.

— Um amigo da prisão pediu pra eu mandar uma carta para à família dele. — Diz me olhando esperando minha reação. Apenas assinto.

Ele continua a me olhar por uns segundos e depois abre a porta do carro já descendo. Eu desço e o sigo até a casa que está no endereço. Taylor bate na porta duas vezes.

— QUEM É? — uma voz forte de mulher grita do outro lado.

Eu e Taylor nos entreolhamos.

— SOU AMIGO DO OTÁVIO! — Taylor grita de volta.

Escutamos murmúrios do outro lado.

— NOS DEIXE EM PAZ! — A mulher novamente diz.

Taylor me olha sem entender nada.

— Diz algo para ela acreditar. — Dou de ombros.

Taylor suspira.

— ELE MANDOU UMA CARTA. NÃO QUERO FAZER MAU A NINGUÉM. — Ele grita novamente.

Não temos retorno. Seguro o braço de Taylor e o chamo pra irmos. Quando nos viramos, escutamos a porta se abrir.

— O que Otávio quer? — A mulher pergunta.

Nos viramos para ela e vemos a mulher com os olhos cheios de lágrimas.

— Ele pediu que eu dissesse a vocês que não desistisse dele e mandou essa carta. — Estica à carta e ela a pega com receio.

Ela começa a chorar.

— Ele te contou nossa história? — Ela pergunta e Taylor assente. — Não é o primeiro que ele manda aqui. Deve ter contado uma versão distorcida. Antes que você se vá, não quero que veja Otávio como um mocinho, eu o amo, mas a culpa foi dele. — Suspira e Taylor segura minha mão — ele realmente trabalhava onde diz, quando jovem ele pegou dinheiro com um bandido e não pagou. Esse homem se aproximou da nossa menina e pediu ela em namoro. Otávio aceitou mesmo sabendo quem era o cara, ele disse que ia armar pra prender o cara — chora mais. — Um dia a gente saiu, só que na verdade era uma combinação, já tinha tudo armado com a polícia para pegarem ele e deixamos apenas nossa menina aqui com o tal bandido, houve um imprevisto com os policiais e tivemos que voltar rápido, quando chegamos, vimos nossa menina no chão cuspindo sangue com um tiro no coração e o bandindo apontando a arma pra ela ainda. Otávio não se importou e se jogou contra ele e o matou a socos. Depois disso Otávio prometeu matar toda a família do bandido e foi o que ele fez. E ele apenas quis vingaça e nem se preocupou com as nossas filhas que ficaram vivas. E toda vez que ele sabe que tem alguém que vai sair antes dele da prisão, passa nosso endereço e pede para mandar cartas e recados iguais.

O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora