Lindsay Philips
— Oi, Taylor! — O cumprimento quando paro o carro em frente à sua casa.
— Oi, Lindy! Desculpa ter feito você vim aqui, mas tenho que tirar pelo menos esse problema da cabeça. — Entra no carro e me olha.
— Amigos são pra isso, já disse. — Suspiro tentando me manter calma.
Taylor olha preocupado pra mim.
— O que houve? — Pergunta e nego.
— Apenas uma discussão com uma ex amiga que não me perdoa por nada. — Sorrio de lado e dou partida no carro — pra onde vamos?
— Não quer mesmo falar sobre? — Pergunta e nego. — Ok então, mas depois conversaremos sobre. Vai nesse endereço aqui. — Me entrega um papel.
Olho e acelero o carro.
— E Gau, como está? — Ligo o som do carro baixo.
Taylor rir.
— Bem. A gente passou a manhã toda rindo e procurando casa para ela mais o noivo. — Diz e assinto.
Acho tão legal a amizade deles.
...
Paramos enfrente o endereço e só observo com delicadeza o bairro. É simples, porém dá uma imagem de tranquilidade e paz. Crianças brincam em uma pracinha e as pessoas estão fora das casas conversando uns com os outros.
— O que a gente veio fazer aqui mesmo? — Pergunto.
Taylor pega algo no bolso.
— Um amigo da prisão pediu pra eu mandar uma carta para à família dele. — Diz me olhando esperando minha reação. Apenas assinto.
Ele continua a me olhar por uns segundos e depois abre a porta do carro já descendo. Eu desço e o sigo até a casa que está no endereço. Taylor bate na porta duas vezes.
— QUEM É? — uma voz forte de mulher grita do outro lado.
Eu e Taylor nos entreolhamos.
— SOU AMIGO DO OTÁVIO! — Taylor grita de volta.
Escutamos murmúrios do outro lado.
— NOS DEIXE EM PAZ! — A mulher novamente diz.
Taylor me olha sem entender nada.
— Diz algo para ela acreditar. — Dou de ombros.
Taylor suspira.
— ELE MANDOU UMA CARTA. NÃO QUERO FAZER MAU A NINGUÉM. — Ele grita novamente.
Não temos retorno. Seguro o braço de Taylor e o chamo pra irmos. Quando nos viramos, escutamos a porta se abrir.
— O que Otávio quer? — A mulher pergunta.
Nos viramos para ela e vemos a mulher com os olhos cheios de lágrimas.
— Ele pediu que eu dissesse a vocês que não desistisse dele e mandou essa carta. — Estica à carta e ela a pega com receio.
Ela começa a chorar.
— Ele te contou nossa história? — Ela pergunta e Taylor assente. — Não é o primeiro que ele manda aqui. Deve ter contado uma versão distorcida. Antes que você se vá, não quero que veja Otávio como um mocinho, eu o amo, mas a culpa foi dele. — Suspira e Taylor segura minha mão — ele realmente trabalhava onde diz, quando jovem ele pegou dinheiro com um bandido e não pagou. Esse homem se aproximou da nossa menina e pediu ela em namoro. Otávio aceitou mesmo sabendo quem era o cara, ele disse que ia armar pra prender o cara — chora mais. — Um dia a gente saiu, só que na verdade era uma combinação, já tinha tudo armado com a polícia para pegarem ele e deixamos apenas nossa menina aqui com o tal bandido, houve um imprevisto com os policiais e tivemos que voltar rápido, quando chegamos, vimos nossa menina no chão cuspindo sangue com um tiro no coração e o bandindo apontando a arma pra ela ainda. Otávio não se importou e se jogou contra ele e o matou a socos. Depois disso Otávio prometeu matar toda a família do bandido e foi o que ele fez. E ele apenas quis vingaça e nem se preocupou com as nossas filhas que ficaram vivas. E toda vez que ele sabe que tem alguém que vai sair antes dele da prisão, passa nosso endereço e pede para mandar cartas e recados iguais.
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O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1
RomanceTaylor está fugindo do seu passado trágico e de pessoas que o perseguem. Um dia, em mais uma entrevista de emprego mal sucedida, ele conhece os empresários Philips e por acaso é contratado como motorista. Lindsay Philips, por mais que seja uma garot...