Capítulo 33

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Taylor Matthew

— Gau! — A chamo entrando em casa.

Lindsay me deixou em frente a minha casa e foi pra mansão. Escuto vozes vindo da cozinha. Vou até lá. Vejo Gau rindo ao lado de um homem de cabelos cacheados. Ele me vê e cutuca Gau.

— Ah! Oii, Tay! Esse é Nathan e Nathan esse é o Tay! — Nos apresenta sorrindo.

Eu aceno e ele retribui.

— Gau, por que não me disse que foi na delegacia quando eu estava preso e passou mal? — Olho para ela, sério.

Nathan a olha sério também.

— Ei! Já passou. — Abraça o noivo de lado.

— Já passou nada! Nathan, o médico disse que a gravidez precisa de cautela apesar de não ser de risco. — Digo ao noivo dela que a olha com repreensão.

— Amor, temos que cuidar do nosso bebê. — Diz cuidadoso e Gau faz bico assentindo.

Eu abro um sorriso ao ver que ela parece uma criança ao lado dele.

— Tay, Nathan pode ficar aqui por enquanto? — Pede toda fofa e eu rio.

Até parece que ela não me conhece.

— Claro, né sua boba! — Digo e ela vem correndo me abraçar.

Nathan rir.

...

A semana passou rápido, hoje já é meu retorno a mansão, Lindsay me ligou no fim de semana e contou que os pais aceitaram eu voltar a ser o motorista. No momento estou andando pelo corredor até a mansão. Pode parecer mentira mas sentir saudade daqui. Eu pretendo continuar por aqui, porém quando eu tomar coragem, irei ver os meus pais e talvez se nos perdoarmos, irei trazer eles para conhecerem a mansão.

Chego em frente ela e respiro fundo. Parece que tem anos que trabalhei aqui. Entro e me surpreendo quando vejo duas pessoinhas prontas para me receber.

— Taylor! — Correm até mim, animados.

Os abraço forte, matando a saudade.

— Como estão? — Pergunto quando nos separamos.

Amber rir.

— Eu estou bem. — Diz rápido.

— Eu também estou bem. Lindsay nos contou que você novamente é o nosso motorista. Ainda bem porque eu odeio o motorista do Uber. — Desabafa e rio.

Essas crianças estão diferentes. Amber na verdade continua a mesma tagarela de sempre. Sebastian que parece está mais aberto e mais alegre.

Ficamos conversando até que uma Lindsay nervosa desce as escadas conversando no celular.

— Eu sei Diretora, mas eu não tenho par! — Reclama. — Não quero ir com o seu filho.

— Crianças já tomaram café? — Pergunto e eles negam. — Vão pra gente ir para escola.

Eles saem dando bom dia à Lindsay que responde e continua a conversar no celular.

— Tudo bem? — Pergunto sem emitir som e Lindsay nega.

Coloca a mão no auto falante do celular.

— Só posso ir para a formatura com um par e não tenho nenhum e nem quero ir com o filho da velha chata da diretora. — Diz e volta para o celular.

Tenho uma idéia.

— Uai, posso ir com você se quiser? — Digo sem graça e ela arregala os olhos.

De repente me abraça eufórica.

— Diretora, já arranjei um par. Muito obrigado e tchau! — Desliga e dá pulinhos de alegria. — Obrigado Taylor, eu odeio aquele engomadinho! — Bufa.

Rio com o seu exagero.

As crianças voltam da cozinha e sobe para cima pra se arrumarem para a escola.

— Sem problema. Você vai formar quando? — Pergunto.

— Depois de amanhã. — Faz careta. — Só vou porque quero ter essa lembrança e quero os meus irmãos do meu lado. Posso convidar sete pessoas e irei convidar Gau e o noivo dela. — Conta e se joga no sofá.

Assinto.

— Seus pais vão? — Pergunto com curiosidade.

Quando ela abre a boca para me responder, Senhora Philips aparece na sala.

— Não. Nem convidados nós fomos e o pai dela só irá se a mulher dele for — diz com rancor.

Lindsay olha com cinismo para a mãe.

— E nem serão. Vocês não foram nas reuniões escolares, não foram nas advertências que ganhei e enfim, não fizeram seus papéis. E Alexandra não faz parte da minha família. — Diz normal e se levanta — quando voltar nós conversamos mais. — Diz a mim e sobe.

Fico em silêncio. Senhora Philips olha para mim séria.

— Rapaz, Kenny e eu sabemos que você foi culpado dos acontecimentos que tiveram. Um passo errado e nós despediremos você. — Diz e sai em seguida.

Eu hein.

...

Desligo o carro e entro na mansão. Lindsay está sentada no sofá da sala assistindo TV. Vou por trás dela e tampo os seus olhos.

— Adivinha quem é? — Digo e ela dá uma risadinha.

— O motorista e amigo mais chato da terra. — Brinca e tiro a minha mão dos olhos dela rindo.

— Pelo que sei rapaz você é empregado e não amigo da família. — A voz do Senhor Phillips se faz presente.

Olho para as escadas e ele está descendo abraçado com alexandra.

— Desculpa senhor. — Abaixo a minha cabeça. Apesar de tudo sou empregado aqui.

— Desculpa nada! Ele é meu amigo! — Lindsay se levanta brava e eu a olho com repreensão.

— Não precisa disso, Lindy. Depois conversamos fora daqui, ok? — Peço e ela suspira, assentindo.

Saio da sala. Trabalho tem que ser separado do pessoal.

...

O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora