Capítulo 6

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Lindsay Philips

Eu juro que tentei.

Tentei não entrar em um poço sem saída, na verdade não sei dá uma definição para o que estou sentindo. Assumo que sinto falta do amor dos meus pais e do amor do meu ex namorado. Me sinto sozinha, sem ninguém, sem esperança, sem vida. Doeu tanto quando em um mês atrás, vi Josh pedindo em namoro A nerd do segundo B na frente da escola toda e todos me olharam assustados.

A gente não falou pra ninguém sobre termos terminado, já que as únicas pessoas que tinham a importância de saber era somente nós.


Estava sentada na mesa do refeitório sem prestar atenção no que as cheerleader conversavam, quando Josh subiu na mesa central da escola e olhou em um ponto fixo.

Todos olharam pra ele, inclusive eu.

— Olivia, jamais pensei que amaria alguém assim, somos de mundos diferentes, mas, isso não muda o que sentimos um pelo outro... — ele sorrir apaixonadamente.

A nerd corre até o mesmo e sem deixá-lo terminar, o beija como se o mundo tivesse acabando.

Todos me olham assustados e boquiabertos.

Resolvo sair do refeitório pra evitar perguntas desnecessárias e pra tirar essa dor do meu peito.

É como se eu tivesse perdido um pedaço de mim. Eu perdi o Josh.

Faz mal querer ser amada?

A três meses atrás eu era a Lindsay alegre, uma Lindsay confiante. Tudo isso por causa do Josh, que me passava segurança. Que segurava a minha mão em todos os momentos e não me julgava. Nunca me julgou.

Sem ele o meu mundo voltou a ser o vazio de antes.

Hoje tomei uma decisão, se não tenho motivos pra viver, por que continuar nessa situação?

Vou me jogar de uma ponte abandonada que conheço, irei dá um fim a esse conflito que sinto. Amber e Sebastian conseguirão viver sem mim, eu acho. Eu não posso mais viver assim, eu não aguento mais.

— Motorista? — antes de ir pra escola, o chamo.

Ele será o único que irei ver antes de pôr um fim a minha vida.

— Sim Senhorita? — me olha.

— Eu não vou hoje pra casa. Diga a Amber e Sebastian que os amo! — solto um suspiro e sigo pra escola o deixando pra trás sem entender nada

Vai ser o melhor a se fazer.

.....

O sinal pra sairmos da escola toca, dou tchau a todas cheerleader.

Apesar de entre nós existir muitas rivalidades e inveja, elas sempre foram um escape também. Me fizeram bem do jeito que puderam.

Sigo pra ponte abandonada que passa por cima de um Rio fundo. Ele é chamado Rio do Ouro.

Enquanto ando, fico pensando em tudo.

Como as coisas podem ter chegado a esse nível? Isso é errado, mas o sentimento que carrego, é o de que não tenho ninguém que eu possa contar e me ajudar com isso. Com esse furacão de emoções.

Amo os meus irmãos, porém também sinto que não posso ajudar eles estando com esse vazio no peito.

Chego no início da ponte e jogo a minha mochila no chão. Me aproximo das grades de concreto que servem pra proteger qualquer carro de cair no Rio, caso haja um acidente.

O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora