Capítulo 31

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Taylor Matthew

Repensei e vi que sofrer por algo que está no passado que nem tenho culpa, não vale a pena. Termino de colocar a mesa do café e minha gravidinha aparece com cara de sono. Gau é uma mulher bonita, é nojento saber que um dia quase ficamos, eu a considero como uma irmã e isso seria esquisito.

— Que careta é essa aí, hein? — Se senta na mesa sorrindo.

Eu dou uma risadinha. Nem havia percebido que estou fazendo isso.

— Eu lembrei de quando a gente quase ficou. — Rimos alto.

Que saudade eu estava dessa nostalgia de manhã.

— Eca! — Joga um pão em mim, rindo. — Ainda bem que não deu certo. Somos irmãos e isso seria estranho. E entre você e o meu noivo, eu prefiro ele. — Brinca e eu devolvo o pão.

Ela está feliz e isso me deixa bem.

— E o seu noivo? Como ele se chama mesmo? — Pego um pouco de suco.

Gau me olha com aquela cara tipo "você é uma decepção para a humanidade".

— Nathan! Nathan Covas! — Me manda língua.

Eu rio negando.

— E você pretende voltar pra ele quando? — Pergunto na inocência.

Gau cerra os olhos.

— Por acaso estou sendo despejada, Senhor Taylor? — Pergunta e nego rindo — pra sua informação iremos morar aqui agora. Estou a procura de um apartamento grande. Era pra ser uma surpresa! — Diz pra si mesma quando percebe o que disse.

Eu me levanto e dou meia volta na mesa para abraçar ela. Gau começa a chorar. Hormônios são um saco.

— Ei, eu amei a notícia! Eu amo vocês e saber que vou ter minha irmã por perto novamente é a melhor notícia do mundo! — Eu a aperto no abraço e sem mais nem menos Gau sai correndo para o banheiro. E eu fui parar no chão.

Grávidas.

— TAYLOR PERRY! QUE PERFUME MAIS ENJOATIVO É ESSE? — Grita do banheiro vomitando.

— AGORA É O ORIGINAL! MATTHEW! TAYLOR MATTHEW! — Aviso rindo.

Escuto o barulho da descarga.

— Você é muito confuso com seus sobrenomes. Idiota! — Aparece no corredor e manda o dedo do meio pra mim.

Rimos.

...

No momento estamos procurando casas para Gau. Apartamentos descartamos já que nenhum é grande suficiente pra ela. Na verdade meus pensamentos estão um pouco longe. Agora que posso ser eu, quero ver meus pais e voltar a minha origem. Retomar a faculdade também não seria mal. Porém preciso ver com os Philips o trabalho de motorista novamente.

— TAYLOR! — Sinto um tapa forte na nuca e olho para Gau com raiva.

Ela cruza os braços.

— Estou te chamando há um bom tempo e sabe o que fez? Continuou saindo das pesquisas e foi parar em um site de faculdades de medicina. — Faz bico e eu arregalo os meus olhos.

Olho para o computador e nego rindo. Estou ficando é louco.

— Desculpa feia. — A abraço de lado e volto ao site que estávamos procurando as casas. — Minha cabeça está a mil.

— Por que está livre agora, por causa da história de Carly ou por que quer ver seus pais e voltar a sua origem? — Pergunta.

Suspiro.

— Tudo isso e mais um pouco. Ainda tenho que entregar um recado e uma carta para à família de um amigo. — Clico em um casa bem bonita.

Gau torce a boca.

— Preso, né? — Diz e eu assinto. — Sai disso, Taylor. Você nem conhece direito esse pessoal da cadeia e... — A interrompo.

Gau é muito protetora e isso as vezes irrita. Só quero aproveitar a minha chance de ser livre.

— Essa casa é bonita, olha. — Mostro. Gau olha e abre a boca quando vê.

É uma mansão na verdade, ela é toda delicada e é a cara de Gau.

— LINDAAAA! — Ela grita perto do meu ouvido e mando o dedo do meio pra ela.

— Alugou ouvido aqui foi? — Pergunto irritado.

Gau rir alto.

— Foi! Te amo, trem feio! Obrigado por me ajudar. — Pula em cima de mim e caímos no chão rindo.

Amiga mais irritante não há.

...

O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora