Capítulo 45

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Taylor Matthew

— O que foi hem? Você está morto nesse sofá desde que chegou. — Gau mexe em meu cabelo com uma mão e com a outra come uma coxa de frango frito passada na vitamina de abacate.

Eu sei, é nojento.

— Estou com tédio. Acho que me acostumei a ficar na mansão com os Philips. — desabafo segurando pra não vomitar com a mistura do cheiro de gordura com doce.

Gau rir e cai saliva em minha cara.

— Desculpa! — diz e enojado limpo meu rosto — na verdade você está é com saudade de nossa menina.

Eu engulo em seco.

— Deixa de paranóia, estou de todos os três. — reviro os meus olhos levantando do seu colo.

Ela rir novamente e agradeço não estar deitado no seu colo.

— Não vou discutir com você sobre isso hoje. Por que não chama eles pra tomar sorvete? — lambe os dedos como se aquela mistureba tivesse uma maravilha.

Grávidas são realmente seres de outro mundo.

— Você está certa. — levanto e já pego meu celular mandando mensagem pra Lindsay.

Gau rir alto e me assusto.

— Você é tão bobinho Taylor, não só você, nossa menina também. — nega parando de rir.

Eu bufo.

— O que você que dizer com isso Gau? — sento novamente, prestando atenção nela.

Ela coloca no prato a coxa e limpa as mãos em um pano que está ali pra isso mesmo.

— Olha, o negócio é o seguinte, apesar de vocês terem sido fortes e enfretado uma parte dos seus medos, vocês continuam se reprimindo ao fato de se arriscarem. Eu posso está enganada, mas garanto que não estou, vocês estão descobrindo que estão gostando um do outro, isso é perceptível até para um cego, mas estão com medo de conversar sobre isso ou com medo de algo. — me olha séria.

Suspiro. É complicado isso, Lindsay apesar de ser minha amiga, é filha dos meus patrões. Eu pensei sobre isso e vi que não tem como dá certo.

— Somos de mundos diferentes nessa questão Gau e se isso fazer a gente perder nossa amizade? — passo minha mão em meu cabelo nervoso.

Gau sorrir de lado e segura a minha mão.

— Meu amigo, isso de vidas opostas são só detalhes e essa amizade que você tem medo de perder é besteira, isso vai unir vocês mais ainda, tem a possibilidade negativa? Tem! Mas a vida é feita de riscos. Você acha que quem quer seguir seus sonhos não se arrisca em algo difícil pra realizá-los?

Fico um pouco pensativo até que Nathan chega e dou tchau aos dois indo direto pra sorveteria que marquei com Lindsay. Talvez Gau esteja certa, ela sempre está. Não posso me privar de viver, fiquei meses da minha vida fazendo isso e se viver que dizer se arriscar, então eu vou.

Sorrio com esse pensamento. Dessa vez eu estou caindo em mim.

...

Estou esperando os Phillips chegar, enquanto isso observo uma mulher ruiva, balançando um carrinho de bebê e ao telefone parecendo irritada. É incrível a capacidade do Ser Humano de não aproveitar as coisas simples da vida, ela podia está cuidando do bebê e o dando atenção.

— Taylor! — escuto uma vozinha infantil me chamar e me viro sorrindo.

Amber corre até mim, deixando os irmãos pra trás. A pego no colo e a abraço.

— Já estava com saudade de mim? — pergunto e ela assente rindo.

Sebastian e Lindsay chegam perto e sorriem pra mim.

— Ei Taylor. — Sebastian me cumprimenta e aceno.

Olho para Lindsay e fico olhando seus olhos, acho que não posso mais mentir pra mim mesmo, eu estou gostando dela. O gosto do seu beijo não saiu da minha boca desde aquele dia da sua formatura. E ter ela por perto tem se tornado essencial.

— A jente vai toma sovete? — Amber pergunta acabando com o meu transe.

Balanço a cabeça espantando meus pensamentos.

— Sim, vamos. Vocês querem de qual sabor? — coloco Amber no chão.

Eles pensam um pouco.

— Eu quero de chocolate. — Lindsay diz e eu a olho.

Sorrimos um para o outro.

— Quero de kiwi. — digo e as crianças continuam a pensar.

— Quero de Baunilha! — dizem juntos e rimos.

Os pequenos sentam em uma mesa, enquanto Lindsay e eu vamos pedir os sorvetes.

— Estavam ocupados quando chamei vocês? — pergunto esperando o atendente atender um casal na nossa frente.

Lindsay se apoia no balcão.

— Estavamos assistindo um filme. mas foi bom, Amber teve um pesadelo e sair vai tirar da cabeça dela. — conta triste e eu estranho ela está assim.

Será que o detetive que ela contratou deu alguma notícia ruim? Hoje não conversamos sobre isso ainda.

— Olá, o que vão querer? — o atendente pergunta quando termina com o casal da nossa frente.

Eu me aproximo e faço nossos pedidos. Quando pegamos os sorvetes voltamos pra mesa e entregamos os dos pequenos e nos sentamos com eles pra tomarmos o nosso juntos.

— Calma aí gulosinha! — Lindsay repreende rindo a irmã que está toda lambuzada de sorvete.

Eu também rio junto com Sebastian.

— Deixa ela ser feliz ô. — passo meu dedo no sorvete e passo na ponta do nariz de Lindsay.

Sebastian e Amber riem mais e Lindsay revira os olhos fingindo está brava.

— Vocês me pagam. — coloca um pouco de sorvete na boca.

Quando foi que esse três se tornaram parte de mim? Eu não me vejo longe deles, nem que eu e Lindsay não seja mais que amigos.

— Amber!! — Sebastian reclama quando a pequena passa a mão inteira suja de sorvete no seu rosto.

Lindsay rir. Ela está interagindo, mas vejo a tristeza em seu olhar, algo está acontecendo e amanhã irei saber o por quê disso.

Será que a mãe de Amber está de novo no pé dela?

— Ah eu não acredito, vocês se aproveitaram do meu descuido! — digo cruzando os braços.

Os três Phillips passaram um pouco de cada sorvete em minha cara.

Minha folga não poderia ser melhor do que isso, era deles que eu precisava pra acabar com o meu tédio.

...

O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora