Taylor Matthew
Eu tenho a péssima impressão de que o destino e as pessoas contribuem contra Lindsay e eu, toda vez que tentamos conversar alguém faz a linda sacanagem de nos atrapalhar.
E hoje já é o dia da mudança de Gau.
— Ufa! Última caixa arrumada, Tay. — Diz e me abraça de lado. — Não fica triste, não é como se eu estivesse indo embora da sua vida.
Eu nego sorrindo.
— Eu sei, mas eu já tinha me acostumado com sua presença. — Beijo o topo da sua cabeça — e eu tinha a expectativa de ver essa menininha crescendo pelos corredores daqui. — Coloco a minha mão em sua barriga.
Sim, tivemos que pagar Lindsay e Nathan.
— Ah, Tay! — Começa a chorar. Hormônios da gravidez. — Sempre iremos vim aqui te ver.
A porta se abre e Lindsay e Nathan entram nos olhando sem entender.
— Momento emotivo. — Sussurro para eles saberem.
Quando Gau está assim, qualquer palavra errada a transforma em uma pessoa raivosa. Não queiram ver ela raivosa.
— O que houve, amor? — Nathan se aproxima com delicadeza perto de Gau.
Eu vou até Lindsay deixando os dois conversarem.
— Está sendo difícil para vocês, né? — Sorrir de lado.
— Bastante. Eu aprendi a conviver com ela e Nathan. — Observo os dois se abraçarem.
— Ei! — Lindsay me vira, me dando um abraço. — Não vamos fazer dessa despedida como o fim do mundo, até por que ela só vai mudar de casa e não de país.
Assinto sorrindo melhor.
Pegamos todos os pertences de Gau e levamos para o carro. Eu e Lindsay nos oferecemos pra ajudar a arrumar as coisas apesar de Gau dizer que pagou uma diarista pra ajudá-la. Nos tornamos protetores com ela por causa da gravidez, então claro que iremos ajudar ela lá.
...
— Acabamos! — Lindsay se joga no sofá de Gau exausta.
Todos rimos.
— Que tal uma pizza agora? — Nathan sugere e todos assentimos.
Ele pega a chave do carro e sai. Eu e as meninas vamos fazer pipoca para assistirmos um filme enquanto Nathan chega. Aprontamos tudo e sentamos no sofá colocando o filme "As crônicas de Nárnia" para assistirmos.
— É agora que ela vai pra Nárnia! — Lindsay diz e a olhamos com um olhar mortal.
Quem é que gosta de ouvir spoiler?
— Tá bom. — Pega a pipoca rindo.
Ficamos um tempo assistindo até que Nathan chega com cinco pizzas. Arrumamos tudo e comemos. Depois de jantarmos, assistimos mais um filme, Gau acaba dormindo, eu e Lindsay nos despedimos de Nathan e vamos para casa.
— Que dia, hein. — Digo para puxar conversa no caminho.
Lindsay sorrir.
— Sim, na verdade ele vai ser mais um dos melhores da minha vida. — Me olha e volta a olhar para a estrada.
Assinto. Ficamos em silêncio, observo Lindsay dirigir, ela é linda. Seu cabelo está em um coque frouxo que a deixa mais linda ainda. As luzes que batem em seus olhos os fazem parecer cristais. Lindsay para em frente a minha casa e se deita relaxadamente no banco do carro.
— Cansada? — Pergunto a olhando.
Ela me olha.
— Um pouco, porém cheia de gratidão. — Sorrir sem mostrar os dentes.
Retribuo o sorriso e olho para frente nos deixando em silêncio, apenas escutando o barulho da rua e das pessoas conversando.
— Tay? — Me chama e a olho. — Estou querendo fazer o aniversário dos meus irmãos, porém preciso de ajuda, será que você pode me ajudar? — Endireita o corpo.
Eu reviro os meus olhos.
— Será que macaco gosta de banana? Claro que eu posso! — Respondo animado por ela ter pedido ajuda.
Lindsay gargalha e fico sem entender.
— Você sabe que isso não tem nada haver, né? — Para de rir.
Eu dou de ombros e tenho uma idéia.
— Lindsay, você riu de mim, agora você vai pagar por isso! — Me aproximo dela sério.
Ela se encolhe.
Quando chego perto o suficiente, começo a fazer cócegas nela sem parar.
— PA-RA TAYLOR! — Esperneia rindo.
Ela começa a ficar vermelha, paro de fazer cócegas. Estamos nos recuperando quando escutamos uma batida no vidro do carro, olhamos assustados e ficamos aliviados quando vemos que é um policial. Abro o vidro da janela do meu lado.
— Boa noite! — Vasculha com o olhar dentro do carro.
— Boa noite, policial! — Digo sem entender.
Olho para Lindsay que dá de ombros.
— Aconteceu algo, policial? — Lindsay pergunta.
O policial reveza o olhar entre eu e Lindsay.
— Eu que pergunto, aconteceu algo? — Me olha desconfiado.
— Não. — Respondo.
— Não perguntei à você, rapaz. — O policial diz esquisito — podem sair do veículo? — Pede e assentimos saindo.
Ele nos olha da cabeça aos pés.
— Fizemos algo de errado? — Lindsay pergunta.
O policial me olha.
O que eu fiz para ele?
— Ouviram gritos vindo de dentro do carro e pediram pra vim verificar, estou ficando por essas áreas agora. Então moça, se esse cidadão — aponta para mim. — Estiver te fazendo algo contra a sua vontade, pode me dizer, não tenha medo! — Diz focado em mim e escutamos uma gargalhada.
Lindsay só pode está doida.
— De-Desculpa! — Diz ao policial quando para de rir. — Policial, somos amigos e estávamos brincando de fazer cócegas, era por isso que eu estava gritando. Quem seria o doido de fazer qualquer que seja o que o povo pensou no meio da rua? — Bufa.
Eu seguro o riso.
— Você ficaria de olhos arregalados se soubesse o tanto de pessoas que ligam na delegacia denunciando coisas do tipo. — O policial murmura e apruma a postura. — Se está tudo bem, então vou indo. Desculpa o incômodo. — Acena com a cabeça e sai.
Solto a risada que eu estava querendo à tempos soltar.
— Isso vai ficar para a história. — Nego.
— Com certeza. — Lindsay responde e dá a volta no carro. — Eu também vou indo antes que digam que estou abusando de você. — Brinca e rimos.
Aceno e ela sai. Entro na minha casa pensando ainda no que aconteceu.
Só Lindsay e eu viu. Dois loucos sem juízo.
...
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O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1
RomanceTaylor está fugindo do seu passado trágico e de pessoas que o perseguem. Um dia, em mais uma entrevista de emprego mal sucedida, ele conhece os empresários Philips e por acaso é contratado como motorista. Lindsay Philips, por mais que seja uma garot...