Capítulo 8

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Lindsay Philips

Sinto algo pesando em minha cintura, me viro para o lado oposto incomodada.

Abro os meus olhos e tomo um susto com o rosto de Taylor à centímetros do meu. Vou para me virar novamente e acabo caindo, no impulso puxo Taylor que cai em cima de mim e acorda assustado.

— Des... Desculpa! — Meus olhos grudam nos dele assustada.

Lindsay Philips, você só se mete em confusão!

— Tu... tudo bem. — Ele reveza seu olhar entre minha boca e meus olhos.

Finjo uma tosse.

— Acho melhor levantarmos, né? — Coloco as minhas mãos em seu peito, pondo um certo limite entre nós.

Engulo em seco.

— É — responde parado no tempo.

— Taylor! — O chamo com mais firmeza.

Ele balança a cabeça como se tivesse querendo afastar os pensamentos.

— Desculpa. — Se levanta e me ajuda a levantar também.

Nos afastamos depois de estarmos em pé.

— Quantas horas são? — Me espreguiço.

Taylor olha em seu relógio de pulso.

— Quase sete horas. Estou ferrado! Vista sua roupa logo pra gente ir. — Pega a sua toalha pendurada na porta e corre para o banheiro apressado.

Coloco as minhas mãos na cintura.

— Esqueceu que sou a patroa? — Rio e reviro os meus olhos.

Escuto o chuveiro ser ligado.

— JAMAIS. PORÉM QUEM ME PAGA SÃO SEUS PAIS E NÃO VOCÊ. — Grita do chuveiro.

— Reyler e Kenny! — O corrijo.

...

Estou parada em frente a porta da mansão, ao lado de Taylor. Meu coração parece que vai sair do meu corpo a qualquer momento e as minhas mãos estão suando.

No caminho Taylor ligou para Alexandra e mandou avisar aos meus irmãos que estávamos chegando.

Dou um suspiro tomando coragem e decido entrar.

— LINDSAY! — Meus irmãos me abraçam chorando quando coloco os pés dentro de casa.

Por que está doendo tanto ver meus irmãos desesperados?

Sinto um arrependimento grande por deixar eles se sentirem assim.

— Se acalmem! — Peço e olho para Taylor desesperada.

Ele assente me passando calma.

— NÃO, NÃO ESTÁ! — Sebastian desgruda de mim, lançando seu pior olhar à mim — VOCÊ IA ABANDONAR A GENTE, IGUAL NOSSOS PAIS, VOCÊ NEM SE QUER PENSOU NO QUANTO EU E AMBER SOFREMOS TAMBÉM POR NÃO TERMOS PAIS PRESENTES! EU TE ODEIO!

Essas palavras entraram em meus ouvidos como uma explosão.

Meus olhos começam a sair lágrimas feito uma cachoeira. Olho para baixo e observo Amber entre lágrimas de desespero abraçada as minhas pernas.

Meu Deus!

Como pensei em deixar minha única família, meus dois irmãos sozinhos sofrendo por mim?

Por algo tão... Irresponsável.

— Me perdoem! — Me ajoelho angustiada — eu fui egoísta, eu iria fazer pior que nossos pais. — Soluço freneticamente.

O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora