Capítulo 28

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Lindsay Philips

Estou fazendo meu curso online de fotografia, quando meu celular começa a tocar. Fico tensa e com receio de pegar. Ele para de tocar, solto a respiração que estava predendo. Volto meu foco no curso. Depois que a mãe de Amber ligou, não consigo não temer a qualquer ligação. Ela não pode tomar minha Amber, jamais!

Eu e Reyler fomos imaturas, entretanto na época eu era a Lindsay sem limites. Estava doida pra ter uma irmã, eu ciumava Sebastian bastante dos meus pais e eles nem eram esses amores com ele. Fiquei enchendo o saco de Reyler até que combinamos de fingir uma gravidez e só a gente sabia de tudo. Então, quando ela estava perto de "ganhar o bebê", sua barriga falsa era enorme, a gente foi no orfanato Confúcio Soares e procuramos a diretora e pagamos ela pra adotarmos uma bebê sem democracia. Ela aceitou e fomos nos berçários, quando vi Amber, senti logo um amor grande por ela, sem mesmo saber da onde era, pegamos ela e uma pasta com toda sua história de vida e fomos para o hospital. Reyler surbonou o médico e ele mentiu pra todos que Reyler havia ganhado a "menina". No início Reyler cuidava de Amber, mas um tempo depois parecia que ela desgostou da filha e deixou ela nos meus cuidados. Eu passei a amar tanto minha Amber, eu não a vejo como uma menininha adotada e sim como uma irmã biológica.

Meu celular novamente toca, pego ele com receio e respiro aliviada quando vejo que é Gau.

— Oii! — digo.

Escuto algumas pessoas conversando no fundo e estranho.

Oii Lindy! Desculpa é que eu pensei que você nem ia atender e tava conversando com o médico. — sua voz parece um pouco tensa.

Médico? Por que médico?

— O que houve Gau? O bebê está bem? Você está bem? — disparo me levantando da cadeira.

— Eu estou. Eu fui na delegacia e armei o maior escândalo querendo ver Taylor, aí minha pressão caiu e vim parar aqui. Mais estamos bem, o médico só disse que minha gravidez não é de risco, mais que precisa de cautela. — diz com voz de choro.

Ai meu pai!

— Onde vocês estão? — pergunto e saio do meu quarto.

Vejo Alexandra e Kenny aos beijos no corredor e faço careta.

— Estamos no Hospital Gold Prime. — diz e arregalo os meus olhos.

Esse Hospital é da rede pública, apesar do nome bonito, é um dos mais fracos e sem limpeza.

— Você que foi pra aí? — pergunto pegando o chaveiro de um carro e entrando na garagem.

Escuto alguns gritos desesperados do lado de Gau.

— Não. Os policiais. Eles disseram que era o mais próximo e um monte de blá blá blá. Eu tô saindo daqui, vou pegar um taxi.

Entro no carro e dou partida.

— Não! Espera na entrada que já estou saindo daqui pra te buscar. — digo.

Saio da mansão e sigo para o hospital. Isso tudo em uma velocidade a mil.

— Ok. Mais venha com cuidado. — pede.

Suspiro.

— Daqui a pouco chego aí. Tchau. — desligo a ligação e acelero.

...

Eu abro a porta da casa de Taylor e ajudo Gau a entrar.

— Tá tudo bem. Eu não estou morta. — Gau resmunga e rio.

Desde que peguei ela, estou cuidando de cada passo que ela dá. O bebê é prioridade e essa cabeçuda fica aí.

— Meu afilhado está na sua barriga mocinha e você mesmo disse "cautela"! — mando língua pra ela.

Ela assente e se senta no sofá. Fecho a porta do apartamento. Quando me viro, meus olhos focam nas fotos de Taylor com os pais. Isso me lembra quando vim aqui. Uma lembrança não muito boa.

— Lindy, você po... — ela é interrompida com o celular tocando — atende pra mim? — pede esticando em minha direção o celular.

Pego o mesmo e atendo rapidamente quando vejo que é o advogado de Taylor.

— Olá, Senhorita Gláucia. — diz.

— Oi, aqui é a amiga dela, a Lindsay. — respondo.

Gláucia pede pra pôr no viva voz . Coloco.

— Ah sim. Temos uma ótima notícia e decisiva no caso do Sr. Matthew. Conseguimos o vídeo da casa e temos a resposta do caso. Marcamos uma audiência para o início da semana que vem, sugiro que vocês vá. — diz animado e Gau arregala os olhos junto comigo.

Aaaah!

— muito obrigado por nos informar. Estaremos lá. — mordo a minha lingua pra não gritar.

Gau se levanta já pulando. E a repreendo com o olhar.

— Ok. Tchau Senhorita. — diz e desligo.

Começo a pular que nem doida ao lado de Gau. Nem acredito que ele estará livre agora. Me jogo no sofá com Gau. Coloco a minha mão em sua barriga.

— Eu amo tanto esse pinguinho. — beijo a barriga dela.

Gau rir alto. Ela diz que faz cócegas.

— Tenho certeza que ele também te ama demais. — sorrir largamente.

E de repente meu círculo de pessoas que me importo se expandiu. Não tenho maturidade ainda pra ser mãe, mas tenho a felicidade de ser madrinha desse anjo que está a caminho.

Como não ficar feliz?

...

O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora