Lindsay Philips
Estou fazendo meu curso online de fotografia, quando meu celular começa a tocar. Fico tensa e com receio de pegar. Ele para de tocar, solto a respiração que estava predendo. Volto meu foco no curso. Depois que a mãe de Amber ligou, não consigo não temer a qualquer ligação. Ela não pode tomar minha Amber, jamais!
Eu e Reyler fomos imaturas, entretanto na época eu era a Lindsay sem limites. Estava doida pra ter uma irmã, eu ciumava Sebastian bastante dos meus pais e eles nem eram esses amores com ele. Fiquei enchendo o saco de Reyler até que combinamos de fingir uma gravidez e só a gente sabia de tudo. Então, quando ela estava perto de "ganhar o bebê", sua barriga falsa era enorme, a gente foi no orfanato Confúcio Soares e procuramos a diretora e pagamos ela pra adotarmos uma bebê sem democracia. Ela aceitou e fomos nos berçários, quando vi Amber, senti logo um amor grande por ela, sem mesmo saber da onde era, pegamos ela e uma pasta com toda sua história de vida e fomos para o hospital. Reyler surbonou o médico e ele mentiu pra todos que Reyler havia ganhado a "menina". No início Reyler cuidava de Amber, mas um tempo depois parecia que ela desgostou da filha e deixou ela nos meus cuidados. Eu passei a amar tanto minha Amber, eu não a vejo como uma menininha adotada e sim como uma irmã biológica.
Meu celular novamente toca, pego ele com receio e respiro aliviada quando vejo que é Gau.
— Oii! — digo.
Escuto algumas pessoas conversando no fundo e estranho.
— Oii Lindy! Desculpa é que eu pensei que você nem ia atender e tava conversando com o médico. — sua voz parece um pouco tensa.
Médico? Por que médico?
— O que houve Gau? O bebê está bem? Você está bem? — disparo me levantando da cadeira.
— Eu estou. Eu fui na delegacia e armei o maior escândalo querendo ver Taylor, aí minha pressão caiu e vim parar aqui. Mais estamos bem, o médico só disse que minha gravidez não é de risco, mais que precisa de cautela. — diz com voz de choro.
Ai meu pai!
— Onde vocês estão? — pergunto e saio do meu quarto.
Vejo Alexandra e Kenny aos beijos no corredor e faço careta.
— Estamos no Hospital Gold Prime. — diz e arregalo os meus olhos.
Esse Hospital é da rede pública, apesar do nome bonito, é um dos mais fracos e sem limpeza.
— Você que foi pra aí? — pergunto pegando o chaveiro de um carro e entrando na garagem.
Escuto alguns gritos desesperados do lado de Gau.
— Não. Os policiais. Eles disseram que era o mais próximo e um monte de blá blá blá. Eu tô saindo daqui, vou pegar um taxi.
Entro no carro e dou partida.
— Não! Espera na entrada que já estou saindo daqui pra te buscar. — digo.
Saio da mansão e sigo para o hospital. Isso tudo em uma velocidade a mil.
— Ok. Mais venha com cuidado. — pede.
Suspiro.
— Daqui a pouco chego aí. Tchau. — desligo a ligação e acelero.
...
Eu abro a porta da casa de Taylor e ajudo Gau a entrar.
— Tá tudo bem. Eu não estou morta. — Gau resmunga e rio.
Desde que peguei ela, estou cuidando de cada passo que ela dá. O bebê é prioridade e essa cabeçuda fica aí.
— Meu afilhado está na sua barriga mocinha e você mesmo disse "cautela"! — mando língua pra ela.
Ela assente e se senta no sofá. Fecho a porta do apartamento. Quando me viro, meus olhos focam nas fotos de Taylor com os pais. Isso me lembra quando vim aqui. Uma lembrança não muito boa.
— Lindy, você po... — ela é interrompida com o celular tocando — atende pra mim? — pede esticando em minha direção o celular.
Pego o mesmo e atendo rapidamente quando vejo que é o advogado de Taylor.
— Olá, Senhorita Gláucia. — diz.
— Oi, aqui é a amiga dela, a Lindsay. — respondo.
Gláucia pede pra pôr no viva voz . Coloco.
— Ah sim. Temos uma ótima notícia e decisiva no caso do Sr. Matthew. Conseguimos o vídeo da casa e temos a resposta do caso. Marcamos uma audiência para o início da semana que vem, sugiro que vocês vá. — diz animado e Gau arregala os olhos junto comigo.
Aaaah!
— muito obrigado por nos informar. Estaremos lá. — mordo a minha lingua pra não gritar.
Gau se levanta já pulando. E a repreendo com o olhar.
— Ok. Tchau Senhorita. — diz e desligo.
Começo a pular que nem doida ao lado de Gau. Nem acredito que ele estará livre agora. Me jogo no sofá com Gau. Coloco a minha mão em sua barriga.
— Eu amo tanto esse pinguinho. — beijo a barriga dela.
Gau rir alto. Ela diz que faz cócegas.
— Tenho certeza que ele também te ama demais. — sorrir largamente.
E de repente meu círculo de pessoas que me importo se expandiu. Não tenho maturidade ainda pra ser mãe, mas tenho a felicidade de ser madrinha desse anjo que está a caminho.
Como não ficar feliz?
...
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O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1
RomanceTaylor está fugindo do seu passado trágico e de pessoas que o perseguem. Um dia, em mais uma entrevista de emprego mal sucedida, ele conhece os empresários Philips e por acaso é contratado como motorista. Lindsay Philips, por mais que seja uma garot...