O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1

Capítulo 3

Taylor Perry

Lendo em casa os papéis que a governanta me entregou, descobri três coisas importantes.

Primeiro, os Philips não são tão idiotas assim.

Não pensei que eles fossem, só pensava que eram loucos por colocarem alguém que não conhecia como motorista.

Segundo, eu sou ótimo em ler rápido.

Se bem que já sabia disso desde que eu quis fazer faculdade de Medicina. É uma pena ter tido que parar antes de aproveitar algo.

Terceiro, esse serviço vai tirar eu do buraco que me meti.

Pelo menos por um tempo ele vai me ajudar a ter um sustento. E guardar um pouco para caso eu precise fugir novamente.

Paro em frente a creche e a Lay... Ley... Lindsay!

Os nomes deles não são fáceis de decorar, mas os dos dois pequenos já consegui.

Ela pega a irmã mais nova e entra na creche. Em alguns minutos a mesma volta e dou partida para a sua escola.

Paro em frente o portão da última escola e  Sebastian é o primeiro a sair. Ele não é muito de falar, é um menino quieto e com ele me enganei, não é mimado.

Antes de sair, a chata da Philips mais velha pega algo dentro da mochila e olha para mim.

— Você tem que me pegar nesse endereço as duas e meia da tarde. E avise Amber que não fui pra casa porquê fui para a casa do Tio dela, o Josh. — Me entrega o papel com o endereço e sai do carro de nariz empinado.

Que garota mais irritante!

Acha que é superior a tudo. Se tivesse crescido com mais hulmidade, aprenderia a ser menos mesquinha.

...

Depois que terminei de entregar o Philips na escola, fiquei sem o que fazer e decidi vim para a mansão, ficar na sala de lazer até dar a hora de ir buscar os "anjinhos".

— Motorista! — Me assusto. Ponho a mão em meu peito e olho para quem está me chamando.

É Alexandra.

— Sim? — Respondo, me levantando do sofá.

— Você leu os papéis? — Pergunta séria e assinto. — Então sabe que preciso do seu RG, certidão de nascimento e o que você leu lá.

Sinto um frio na espinha.

— Estão tudo naquela sala de ontem. — Digo e tento esconder o meu nervosismo.

Meu medo é deles desconfiarem dos meus documentos falsos. Eles me denunciariam e eu seria um homem sem liberdade injustamente.

— Hum, daqui a pouco os patrões chega e... Você tem carteira de trabalho? — Arquea uma das sobrancelhas.

— Está lá também — dou um meio sorriso.

— Eles irão assiná-la. — Olha de cima a baixo pra mim e sai.

Ela até que é um pouco intimidadora e a roupa que ela está hoje não ajuda muito. Ela está tipo uma secretária profissional.

As horas passam e chega o momento de pegar as crianças na escola. Pelo menos hoje a chata da princesinha mimada não vai vir.

Agora a minha luta para sair dessa mansão. Só mais um dia e acho que consigo aprender o caminho. 

Pego o carro e depois de 10 minutos saio da mansão. Primeiro pego o Sebastian e em seguida vou pra creche, Sebastian sai do carro e busca a irmã, em segundos ele volta com a mesma no colo. Ele ajeita Amber na cadeirinha e entra no carro. dou partida para a mansão.