Capítulo 11

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Taylor Perry

Por que é tão difícil ela ser menos arrogante?

— Você é um babaca! — Limpa algumas lágrimas que cai dos seus olhos, se vira e sai.

— UM BABACA QUE AINDA INSISTE EM QUERER SER SEU AMIGO! — Grito.

Que ódio! Garota mimada do cacete!

Sempre tento ajudar e ser amigo, porém tudo o que ganho é sua ignorância.

...

Como meu último pedaço de pizza e ligo a minha televisão, não gosto muito de assistir, mas o tédio prevaleceu agora.

"Eu não estava grávida, era o início de uma doença não tão grave. Não quero que fiquemos de mal, somos adultos e vamos resolver esse fim de relacionamento como dois adultos!"

Allysson e eu não éramos pra ser de qualquer forma. Nosso relacionamento foi tão repentino, nem realmente nos amávamos. Só espero que ela se cure dessa tal doença não tão grave.

A campainha toca, bufo, não vou vestir blusa e foda-se quem for. Vou até a porta e à abro.

— Você era lerdo, mas agora piorou hein! — Entra sem esperar eu falar, me deixando surpreso com a sua presença.

De onde ela saiu?

— Gláucia, o que você está fazendo aqui? — Fecho a porta e ando até o sofá ainda sem acreditar.

— "Oi Gau! Que saudade!" — Revira os olhos — decidi visitar por uns dias o meu melhor amigo idiota, né! — Tira o salto e deita em meu sofá toda folgada.

— Tendi, ainda sim isso é estranho. Como sabe onde moro?

— Sou noiva do melhor hacker desse mundo, Queridinho! — Estica a mão, destacando o anel brilhante de diamante.

— Você é tão brega! — Faço careta.

— Você é tão insensível! — Faz bico — não vou mais te convidar para ser meu padrinho de casamento e nem padrinho do meu bebê.

Não acredito que essa maluca está grávida!

— O QUÊ? — Deixo o meu queixo cair desacreditado.

— SURPRESA TITIO! — Joga uma sacolinha em minha cara.

Essa minha amiga é estranha.

Pego uma caixinha dentro da sacola, abro e vejo um teste de gravidez dado positivo. Enfio minha mão novamente dentro, vejo um teste de gravidez de sangue, leio até o final e está positivo.

— Você é doida! — Digo ainda sem reação.

— Eu sei. Tudo de uma vez só é muito pra você que é solteirão e que vai ficar completamente pra Titio. — Faz careta e corre para o corredor que dá em meu quarto.

Não acredito que esse projeto de bondade vai ter uma cópia dela.

Muito informação e loucura, não sei lidar com essas surpresas digeríveis de Gau.

— VOCÊ ESTÁ BEM? — Pergunto preocupado.

— SÓ UM POUCO ENJOADA, BLUE É MUITO... NOJENTINHA! - Grita.

BLUE?

— É MENINA? E POR QUE BLUE? - Grito de volta.

— NÃO SABEMOS AINDA, MAS INTUIÇÃO DE MÃE NUNCA FALHA, NÉ. BLUE PORQUE AMO AZUL E SE FOR MENINO VAI CHAMAR, PINK, PORQUE MEU AMOR GOSTA DE ROSA! — Chega na sala ainda gritando.

— Seu noivo gosta da cor rosa? Ele é mesmo homem? — Rio.

— Cor não define sexo, Taylor! Mulher pode gostar de azul e homem de rosa, isso não define se são lésbica ou gay. Isso é tão preconceituso! — Se joga em meu sofá.

— Só estava brincando irritadinha. — Levanto as minhas mão no ar, em sinal de rendição.

— Não enche! — Joga uma almofada em mim.

...

Paro em frente a escola dos garotos, Lindsay se vira para mim e abre a boca pra dizer algo, mas a mesma desiste e sai rapidamente do carro. Esse orgulho ainda vai matar ela e afastar quem ela quer por perto. Vou dá partida, escuto uns gritos, paro o carro bruscamente e escuto um baque. Saio do carro, corro até Lindsay sentada no chão, esfregando o joelho.

— Você é louca? — Ajudo ela a levantar.

— Talvez. — Suspira e me olha — desculpa por ontem, eu estava errada e você só quis me ajudar.

— Sem problemas. — Respondo pasmo ainda com essa atitude. — Seu joelho está bem? — Olho para o mesmo que está ralado.

— Está só um pouco ardendo. Vou ganhar só uma advertência da minha treinadora. — Faz careta.

— Quer que eu vá e explique para você? — A olho.

Os olhos de Lindsay são lindos.

— Ah, não precisa, eu não ligo para as advertências dela. Taylor... — Olha para as mãos sem graça. — Podemos ser amigos? Novamente?

Essa com certeza não é a Lindsay que conheço.

— Ah, claro! Podemos recomeçar indo no cinema e a gente aproveita e leva os seus irmãos para você continuar na sua reconquista com eles. — Dou de ombros sem jeito.

— Pode ser e eu quero que você vá como o Taylor e não o motorista dos meus pais. — Sorrir animada.

Esse jeito dela me confunde tanto.

— Motorista dos seus pais? Mais quem me usa e abusa é você! — Brinco e rimos.

— Mas quem te paga e que você segue as ordens é eles. Portanto você é o motorista deles, a gente só pegou emprestado e nem é tão emprestado assim.

Rimos novamente. Estamos até parecendo grandes amigos assim.

— Vai logo para escola, Senhorita Philips. — Sigo para o carro.

...

Paro no estacionamento do shopping, Lindsay e as crianças descem. Desço do carro e nos encaminhamos para o elevador.

— A gente vai para qual andar? — Pergunto deixando á escolha deles.

— Playground, depois voltamos para a praça de alimentação, depois vamos para a dos cinemas e por fim voltamos ao início que é aqui. — Lindsay diz e aperta o botão do elevador.

— Lily, podemos brincar onde quisermos? — Amber pergunta toda animada em seu macacão rosa.

— Olha, ela falou tudo certo em uma só frase! — Digo e juntamos todos fazendo cócegas na mesma.

Paramos de fazer cócegas em Amber e nos consertamos. O elevador se abre e saímos dele.

— Prontos para às brincadeiras infinitas? — Pergunto e Amber grita entusiasmada.

— Esse vai ser o melhor dia! — Sebastian diz escondendo um sorriso.

...

O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora