Taylor Perry
Por que é tão difícil ela ser menos arrogante?
— Você é um babaca! — Limpa algumas lágrimas que cai dos seus olhos, se vira e sai.
— UM BABACA QUE AINDA INSISTE EM QUERER SER SEU AMIGO! — Grito.
Que ódio! Garota mimada do cacete!
Sempre tento ajudar e ser amigo, porém tudo o que ganho é sua ignorância.
...
Como meu último pedaço de pizza e ligo a minha televisão, não gosto muito de assistir, mas o tédio prevaleceu agora.
"Eu não estava grávida, era o início de uma doença não tão grave. Não quero que fiquemos de mal, somos adultos e vamos resolver esse fim de relacionamento como dois adultos!"
Allysson e eu não éramos pra ser de qualquer forma. Nosso relacionamento foi tão repentino, nem realmente nos amávamos. Só espero que ela se cure dessa tal doença não tão grave.
A campainha toca, bufo, não vou vestir blusa e foda-se quem for. Vou até a porta e à abro.
— Você era lerdo, mas agora piorou hein! — Entra sem esperar eu falar, me deixando surpreso com a sua presença.
De onde ela saiu?
— Gláucia, o que você está fazendo aqui? — Fecho a porta e ando até o sofá ainda sem acreditar.
— "Oi Gau! Que saudade!" — Revira os olhos — decidi visitar por uns dias o meu melhor amigo idiota, né! — Tira o salto e deita em meu sofá toda folgada.
— Tendi, ainda sim isso é estranho. Como sabe onde moro?
— Sou noiva do melhor hacker desse mundo, Queridinho! — Estica a mão, destacando o anel brilhante de diamante.
— Você é tão brega! — Faço careta.
— Você é tão insensível! — Faz bico — não vou mais te convidar para ser meu padrinho de casamento e nem padrinho do meu bebê.
Não acredito que essa maluca está grávida!
— O QUÊ? — Deixo o meu queixo cair desacreditado.
— SURPRESA TITIO! — Joga uma sacolinha em minha cara.
Essa minha amiga é estranha.
Pego uma caixinha dentro da sacola, abro e vejo um teste de gravidez dado positivo. Enfio minha mão novamente dentro, vejo um teste de gravidez de sangue, leio até o final e está positivo.
— Você é doida! — Digo ainda sem reação.
— Eu sei. Tudo de uma vez só é muito pra você que é solteirão e que vai ficar completamente pra Titio. — Faz careta e corre para o corredor que dá em meu quarto.
Não acredito que esse projeto de bondade vai ter uma cópia dela.
Muito informação e loucura, não sei lidar com essas surpresas digeríveis de Gau.
— VOCÊ ESTÁ BEM? — Pergunto preocupado.
— SÓ UM POUCO ENJOADA, BLUE É MUITO... NOJENTINHA! - Grita.
BLUE?
— É MENINA? E POR QUE BLUE? - Grito de volta.
— NÃO SABEMOS AINDA, MAS INTUIÇÃO DE MÃE NUNCA FALHA, NÉ. BLUE PORQUE AMO AZUL E SE FOR MENINO VAI CHAMAR, PINK, PORQUE MEU AMOR GOSTA DE ROSA! — Chega na sala ainda gritando.
— Seu noivo gosta da cor rosa? Ele é mesmo homem? — Rio.
— Cor não define sexo, Taylor! Mulher pode gostar de azul e homem de rosa, isso não define se são lésbica ou gay. Isso é tão preconceituso! — Se joga em meu sofá.
— Só estava brincando irritadinha. — Levanto as minhas mão no ar, em sinal de rendição.
— Não enche! — Joga uma almofada em mim.
...
Paro em frente a escola dos garotos, Lindsay se vira para mim e abre a boca pra dizer algo, mas a mesma desiste e sai rapidamente do carro. Esse orgulho ainda vai matar ela e afastar quem ela quer por perto. Vou dá partida, escuto uns gritos, paro o carro bruscamente e escuto um baque. Saio do carro, corro até Lindsay sentada no chão, esfregando o joelho.
— Você é louca? — Ajudo ela a levantar.
— Talvez. — Suspira e me olha — desculpa por ontem, eu estava errada e você só quis me ajudar.
— Sem problemas. — Respondo pasmo ainda com essa atitude. — Seu joelho está bem? — Olho para o mesmo que está ralado.
— Está só um pouco ardendo. Vou ganhar só uma advertência da minha treinadora. — Faz careta.
— Quer que eu vá e explique para você? — A olho.
Os olhos de Lindsay são lindos.
— Ah, não precisa, eu não ligo para as advertências dela. Taylor... — Olha para as mãos sem graça. — Podemos ser amigos? Novamente?
Essa com certeza não é a Lindsay que conheço.
— Ah, claro! Podemos recomeçar indo no cinema e a gente aproveita e leva os seus irmãos para você continuar na sua reconquista com eles. — Dou de ombros sem jeito.
— Pode ser e eu quero que você vá como o Taylor e não o motorista dos meus pais. — Sorrir animada.
Esse jeito dela me confunde tanto.
— Motorista dos seus pais? Mais quem me usa e abusa é você! — Brinco e rimos.
— Mas quem te paga e que você segue as ordens é eles. Portanto você é o motorista deles, a gente só pegou emprestado e nem é tão emprestado assim.
Rimos novamente. Estamos até parecendo grandes amigos assim.
— Vai logo para escola, Senhorita Philips. — Sigo para o carro.
...
Paro no estacionamento do shopping, Lindsay e as crianças descem. Desço do carro e nos encaminhamos para o elevador.
— A gente vai para qual andar? — Pergunto deixando á escolha deles.
— Playground, depois voltamos para a praça de alimentação, depois vamos para a dos cinemas e por fim voltamos ao início que é aqui. — Lindsay diz e aperta o botão do elevador.
— Lily, podemos brincar onde quisermos? — Amber pergunta toda animada em seu macacão rosa.
— Olha, ela falou tudo certo em uma só frase! — Digo e juntamos todos fazendo cócegas na mesma.
Paramos de fazer cócegas em Amber e nos consertamos. O elevador se abre e saímos dele.
— Prontos para às brincadeiras infinitas? — Pergunto e Amber grita entusiasmada.
— Esse vai ser o melhor dia! — Sebastian diz escondendo um sorriso.
...
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O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1
RomansaTaylor está fugindo do seu passado trágico e de pessoas que o perseguem. Um dia, em mais uma entrevista de emprego mal sucedida, ele conhece os empresários Philips e por acaso é contratado como motorista. Lindsay Philips, por mais que seja uma garot...