Capítulo 43

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Taylor Matthew

Entrego um copo de água para Lindsay e me sento ao seu lado na cama.

— Agora que está mais calma pode me contar o que aconteceu? — Peço e seguro a sua mão desocupada.

Ela para de beber a água e suspira.

— Ela me ligou mais cedo e marcou de nos encontrar no portão e que se eu não fosse ela iria pra justiça resolver. Eu então fui e... — Me conta tudo até agora e volta a chorar desesperada.

Estou abismado em como essa mulher é fria e oportunista.

— Meu Deus! Temos que tentar conversar com os seus pais. — A puxo para um abraço.

Lindsay se afasta negando.

— Você não entende, eles não ligam se estamos bem ou mal, eles só querem saber de trabalhar e ter sempre mais. Se eu pedir isso à eles com certeza irão negar já que só pensam nessa fortuna. — Bebe da água.

É complicado realmente, mas que pais são esses que não veem que os filhos precisam deles?

Pais negligentes. É isso que vejo quando olho para o Senhor e Senhora Phillips.

— A gente vai dá um jeito, não vamos deixar ela levar nossa Amber e nem a fortuna dos seus pais. — Sorrio tentando passar força para Lindsay.

Ela coloca o copo no chão e segura o meu rosto.

— Obrigado por cuidar de mim e dos meus irmãos, mesmo que isso não seja problema seu! — Se aproxima.

Penso que vai me beijar, mas ela desvia depositando um beijo em minha bochecha demoradamente.

É errado eu ter ficado decepcionado por não ter sido na boca?

— Vocês são como uma família pra mim. — Sorrio fraco e Lindsay sorrir também.

— Você tinha chegado aquela hora? — Pergunta e se levanta da cama.

Eu nego.

— Uns minutinhos antes daquilo, eu te procurei, só que os meninos disseram ver você saindo e aí resolvi ver se você estava lá fora e aí vi você conversando com a mãe de... — Com a imagem da mãe de Amber na minha mente, me lembro de algo.

Arregalo os meus olhos.

Eu sabia que eu conhecia essa mulher de algum lugar!

— O que houve Taylor? — Lindsay se aproxima preocupada.

Me levanto e bato em minha testa.

— Como sou burro! — Olho pra Lindsay. — Ela é a mulher daquele dia que eu cheguei atrasado na sua escola e disse que era porque eu havia ajudado uma menininha! Ela era a mãe da menininha e de uma bebê! — Explico e Lindsay quando entende me olha pasma.

Essa mulher pareceu estranha naquele dia, estava com raiva da filha e não com preocupação de mãe. E toda vez que ela vem aqui é sem a bebê e a menininha.

— Taylor, talvez Gau nos ajude e Nathan é um hacker, né? Vai que ele acha algo sobre ela em algum arquivo ou algo assim. — Lindsay diz e assinto.

Talvez nem precisaremos dar dinheiro à essa mulher e nem a nossa Amber.

...

Estamos nesse momento chegando perto da casa de Gau, esperamos ficar de noite que é quando o meu trabalho acaba e posso sair. Lindsay pegou um carro da mansão e pediu que eu dirigisse já que ela está ansiosa.

— Não quero criar expectativas, mas se isso dar certo será um alívio. — Me olha soprando o ar, uma técnica para tentar se alcamar.

Eu assinto sorrindo confiante. Nathan vai conseguir, Gau sempre diz que ele é um ótimo hacker.

Paro o carro e descemos dele indo até a casa de Gau. Bato na porta.

— Que surpresa boa! — Gau atende vestida com um pijama de girafa e seguro a risada.

Lindsay apesar da ansiedade parece também se segurar pra não rir.

— Oii gravidinha! — Beija a barriga de Gau.

Que madrinha babona.

— Oii Gau! — Beijo o topo da sua cabeça.

— Entrem! — Dá espaço e entramos vendo Nathan sentado no sofá.

A gente acena e seguimos Gau até lá e nos sentamos também.

— Então, o que fez vocês comparecerem na minha humilde casa? Já tem um tempinho que não vêm aqui. — Gau abraça Nathan de lado.

Eu olho pra Lindsay que assente.

— Estamos precisando dos serviços de Nathan. — Olho pra ele.

Gau fica sem entender.

— Como assim? — Ela pergunta com interesse.

Faço sinal pra Lindsay prosseguir.

— É o seguinte, queremos saber mais sobre a mãe de Amber e queríamos que Nathan tentasse invadir arquivos em cartórios e coisas do tipo para vermos o que achamos. — Explica e Nathan permanece em silêncio.

Gau olha para o marido.

— Vou no quarto e já volto. — Nathan se levanta e sai.

Eu suspiro.

— O problema é grande? — Gau olha pra Lindsay preocupada.

Achamos melhor deixar ela em paz por causa da gravidez. Ela sabe de algumas coisas e nos ajuda, mas deixamos o assunto longe dela. Queremos o bebê bem.

— Nada que você precise se preocupar. — Lindsay sorrir de lado e Gau bufa cruzando os braços.

Nathan volta com seu notebook e coloca em cima da mesinha de centro aberto.

— Sabem o nome dessa mulher? — pergunta e tento lembrar o seu nome.

June? Rita? Hellen?

— Hebe Rodrigues! — Me lembro.

Nathan começa a mexer em algo no notebook sem parar e ficamos assim por alguns minutos, ele nos mostra a foto de Hebe para confirmar que é ela e assentimos, até que Nathan arregala os olhos e nos assustamos com a sua reação.

— Lindsay, o que quer saber primeiro? — Olha pra ela com receio.

Estranho.

— Tudo de uma vez logo, estou cansada dessa mulher. — Revira os olhos.

Nathan tecla mais alguma coisa no notebook e o fecha em seguida.

— Olha, vocês não devem confiar nela, ela é ambiciosa por dinheiro e tem uma passagem na polícia de que não diz nos arquivos. E também tem mais uma coisa que acho que irá ajudar vocês com ela. — Dá uma pausa receoso.

Eu bato o meu pé no chão ansioso.

— Diga logo amor! — Gau bufa.

Nathan dá um celinho nela e nos olha.

— Ela vende os filhos e pelo que vi aqui, ela começou isso desde jovem, porém parou por um tempo quando sua vida estava bem, mas agora ela voltou novamente à ativa e as duas menininhas que ela tem, Tina e Carly Rodrigues, estão vendidas para dois casais. Ela não vai continuar como barriga de aluguel, mas é como se fosse comercializar crianças. Ela não é uma barriga de aluguel do "bem", por assim dizer. — Conta e vejo medo no olhar de Lindsay.

É isso que essa mulher quer, pegar o dinheiro de Lindsay como troca por Amber e ter uma vida de rica já que o dinheiro anterior acabou. Nunca foi por Amber essa aproximação.

...

O Motorista Dos Meus Pais | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora