Capítulo 29 - Bárbara.

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Minha manhã começou bem tranquila fazendo a reunião diária para divisão de tarefas. Vou para minha sala e passo a ler alguns relatórios e dar o andamento das investigações dos dois casos. Como ontem fiquei até depois do expediente no DP com o delegado Marcondes, hoje pela manhã recebi os relatórios de ontem de todos os agentes. Preciso analisar e estudar tudo e depois arquivar o que foi resolvido. Muitas coisas me foram entregue, então preciso me certificar de que tudo está nos conformes.

Minha mesa está abarrotada de pastas e papéis. De repente, vejo um copo de café na altura de meus olhos. Sigo meu olhar para cima e vejo Paulo estendendo-o para mim. Pego de sua mão sorrindo com a gentileza. Ele abaixa e pega um outro copo de café em uma mão e na outra uma sacola. Noto que ele me olha e sorri. Como ele é lindo!

– Obrigada Paulo, estava mesmo precisando de um pouco de cafeína no sangue. – Sorvo o conteúdo e está... – Delicioso! Esse é meu elixir sabia? – Ele amplia o sorriso. – Onde comprou? – Pergunto quando ele tira uma caixinha da sacola . Quando ele abre, sinto o cheiro delicioso de bolinhos de chuva. Ele a estende e pego um levando até a boca.

– De nada. Estava fazendo uma ronda e passei em frente a uma cafeteria. Senti um cheirinho de café fresco e decidi comprá-los. Quando vi os bolinhos até salivei. Eu adoro bolinho de chuva. Lembra muito a minha infância. – Paulo se senta, desabotoa o terno e pega um bolinho. – Se você for como eu que começa o dia muito cedo, com certeza nesse horário já estou azul de fome. – Olho para ele e afirmo. Eu estava mesmo com fome. – Achei que você talvez também estivesse. Acho que acertei né? – Pega mais um bolinho jogando na boca e sorri.

– Acertou com certeza. E a propósito está uma delícia. – Falo de boca cheia e ele ri.

– Viu...– Ele engole seu café. – ...você vai para algum lugar mais tarde? – Ele pergunta.

– Não, hoje ficarei aqui. Ontem fui à delegacia conversar com o delegado Marcondes e encontramos os relatórios que faltavam no caso na moça desaparecida. – Ele me olha erguendo o cenho levando o copo de café à boca.

– Sério? Que ótima notícia! E como vocês acharam? – Ele se estica e pega mais um bolinho.

– Sério. O delegado entrou em contato com o pessoal da segurança e pediu as gravações do dia que ele me entregou os relatórios. Ontem ele recebeu e me chamou para assistirmos, e vimos quem os pegou. A pessoa pegou os relatórios e colocou em uma sala onde os papéis sem utilização são fragmentados. Por sorte, a máquina que faz este tipo de trabalho está quebrada e ele com auxílio de alguns policiais conseguiram reaver tudo. – Ele sorve seu café. – Foi muita sorte Paulo, senão teríamos perdido tudo sem chance de reaver. – Me recosto na cadeira. Paulo me olha atento a tudo o que falo. – Foi sorte, muito sorte na verdade. – Pego outro bolinho mastigando-o.

– Que bom que conseguiu, agora é correr atrás do que os outros não fizeram. Se precisar estou à disposição. – Ele bate as mãos nas pernas. – O papo está bom, mas, preciso fazer algumas investigações e conversar com o pessoal da perícia. Depois nos falamos. – Levanta-se indo até a porta jogando seu copo de café vazio no lixo. – Ah... – Vira-se. – Não te falei ainda mais, você está linda como sempre. Tchau até mais tarde. – Pisca, abre a porta e sai. Sorrio meneando a cabeça. Paulo é sempre um gentleman com suas gentilezas. É um verdadeiro galanteador.

Quando ele sai, volto minha atenção aos vídeos e os relatórios do caso da Luiza. Tem muita coisa aqui que eu quero avaliar e refazer. Pego um caderno e passo a anotar tudo que for mais relevante faço as anotações no próprio relatório para depois estudar com mais afinco. Preciso me ater aos mínimos detalhes deste caso.

Chega o horário do almoço subo, almoço e uma hora depois volto ao trabalho. Hoje tem muita coisa pra fazer. Estava lendo os relatórios e vi um nome que me chamou atenção: Danilo. Me lembrei da dedicatória no livro de Luiza.

A lei é o Amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora