Acordo e vejo Paulo dormindo ao meu lado. Levanto-me, indo até o banheiro tomo um banho e me encaminho até a cozinha. Coloco água na chaleira para ferver para poder coar o café. Desço até a padaria, compro pão e alguns pães de queijo. Quando entro em meu apartamento, dou de cara com um Paulo saindo do quarto com a cara toda amassada.
– Bom dia! – Falo me encaminhando até a cozinha. Deixo os pães sobre a mesa e vou à geladeira para pegar os frios, a manteiga, o suco e a salada de fruta que fiz antes de sair.
– Bom dia. Por que não me acordou Bárbara? – Paulo pergunta vindo em minha direção retirando algumas coisas de minha mão colocando sobre a mesa.
– Porque fomos dormir muito tarde e sei que também está tão cansado quanto eu. – Pego no escorredor de louça as xícaras e os copos. Paulo se senta à mesa e fica me observando. Sinto seus olhos em mim e isso me deixa um pouco desconfortável. Volto para a mesa e sentando-me. Ofereço uma xícara com café que ele prontamente pega de minhas mãos.
– Você está bem? – Ele me pergunta enquanto beberica seu café.
– Sim. – Sinto-me envergonhada por tudo o que falei para ele e das coisas que senti. – Me desculpe por ontem. Eu não estava bem. – Falo muito constrangida.
– Ei! – Ele toca minha mão e o olho nos olhos. – Não foi nada, não precisa se desculpar tá ok? Esquece porque eu já esqueci. – Diz jogando um pão de queijo na boca e começa a mastigar e a sorrir. Dou risada de seu jeito leve e descontraído. – Hã, você vai visitar a Verônica hoje? – Paulo pega a garrafa de café despejando mais do líquido quente em sua xícara.
– Não sei ainda. – Digo passando manteiga em meu pão. – Ontem liguei no DETRAN e marquei de ir lá hoje à tarde. Você vem comigo? Preciso de você lá. – Mordo meu pão e tomo um gole de café.
– Eu vou sim. Preciso ir para meu apartamento tomar um banho me vestir aí podemos ir. – Ele se levanta levando as coisas que sujou para a pia lavando-as. – Vou lá daqui a pouco te vejo na reunião. – Tombo minha cabeça para trás fazendo um bico. Ele sorri e me dá um beijo saindo em seguida.
Tomo meu café, lavo tudo e vou me trocar. Coloco uma roupa mais social, me maquio calço meus saltos e saio de casa trancando tudo. Não queria incomodar Paulo, por isso, desci sem o chamar. Vou até minha sala e imprimo todas as funções a serem delegadas hoje para cada agente. Ao abrir a porta de minha sala para me direcionar a sala de reuniões, vejo Paulo estender a mão para bater na porta. Dou risada com isso.
– Por que não me chamou para descermos juntos? – Ele me olha com uma sobrancelha erguida.
– Não quis te atrapalhar. – Dou de ombros não ligando para a cara que ele me faz. – E desmancha essa cara feia. – Dou um selinho rápido. – Você é lindo de qualquer jeito, mas o prefiro sorrindo. – Abro um sorriso mostrando somente os dentes. – Vamos! – Puxo-o para a sala de reunião.
– Eu ainda te pego dona Bárbara e você vai ver! – Dou risada e ele beija meu rosto.
Entramos na sala e todos já estão reunidos. Cumprimento a todos e faço as divisões das tarefas. Após, vou até minha sala e entro em meu e-mail e verifico que chegou um e-mail diferente. Abro-o e vejo que é a confirmação do pagamento das entradas para a festa na boate Eris a qual vamos. Confirmo a data e vejo algo que me esqueci de fazer. No meio desta confusão toda eu perdi o foco das coisas por aqui depois de tantas revelações importantes e assustadoras.
Danilo me entregou um bilhete que Luiza havia dado a ele no dia de seu desaparecimento. Vou até minha bolsa pegando-o. Fico analisando e decido ligar para o número que está no e-mail. Eu havia anotado o endereço do local onde Luiza havia enviado um currículo. Era para um colégio católico. Apanho o endereço que peguei do e-mail anoto para poder ir até lá e ver como é a escola. Disco para o número de telefone que tenho em mãos e uma voz feminina diz que o número não existe. Tento mais umas três vezes e acontece a mesma coisa. Com tudo devidamente anotado, tranco o armário, pego minha bolsa e saio da sala trancando-a também.
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A lei é o Amor.
AcakEm uma cidade pataca no interior de São Paulo que de dois ano e meio para cá vem sendo aterrorizado por assassinatos hediondos. Mulheres com mais de vinte e cinco anos sendo brutalmente assassinadas, tendo seu couro cabeludo arrancado. A única pista...