A lei é o Amor.

Capítulo 9 - Paulo.

Estou exausto física e psicologicamente. Quando fui à casa de meus pais para o almoço, eles me disseram que me levariam até o local combinado onde viajaria até Monte Alegre. Confirmei o horário para eles passarem em minha casa, só não contava que eles levariam a Priscilla. Deixa-la chorando me partiu o coração, mas, era necessário.

Após ficar trancado por mais de seis horas dentro de uma sala cheia de agentes, vou até um dos apartamentos do terceiro andar e entro. Foi nos dado uma chave enquanto estávamos em reunião. Quando chegamos à cidade fomos encaminhados para ver o prédio e as acomodações, mas ainda não sabia em qual apartamento ficaria. Entrei e tranquei a porta. Vou até a cozinha abro a geladeira e pega uma garrafa de água na verdade isso é a única coisa que tem dentro dela. O apartamento já vem todo equipado com móveis e utensílios domésticos, pego um copo no armário encho com água bebendo o líquido gelado e vou para o meu quarto. Preciso urgente de um banho. Abro uma das malas que estão todas com numeração e descrição do que tem dentro delas. Retiro uma roupa mais simples e confortável, uma cueca e a toalha de banho. Vou até o banheiro, me dispo e entro debaixo do chuveiro. Enquanto estou no banho ouço barulho do lado de fora. Após terminar abro a porta certificando-me de que João é quem está no apartamento vejo que está saindo de seu quarto.

– Eae cara, que horas você chegou? – Pergunto indo cumprimenta-lo. João não veio na mesma van que eu. Ele saiu um pouco mais cedo junto com o pessoal do COT que também foram acionados. Era para ele ficar junto com a tropa, mas dei meu jeito e o trouxe para ficar aqui comigo para não me sentir tão solitário. Apesar de viver em meu apartamento sozinho, estou rodeado de familiares e amigos que moram por perto, qualquer coisa corro para casa deles. Caminhamos até a cozinha.

– Cheguei eram sete da manhã chefe. Fui até o mercado fazer as compra. – Mostra as sacolas em cima da mesa. – Aqui não tinha nada. Quando chegamos fomos tomar café em uma cafeteria bem no centro da cidade. – Diz indo para a sala, sentando-se. – Tivemos uma reunião também nada de muito importante apenas o de praxe. – Coloca os pés na mesa de centro e leva as mãos atrás da cabeça. – Fiquei sabendo que foi empossado em uma das cadeiras. Parabéns cara, você merece! – Diz enquanto me sento ao deu lado.

– Obrigado. Não sei se isso é bom ou ruim. Estou temeroso, este cargo é muito alto para alguém com meu histórico. – Passo as mãos nos cabelos respirando fundo. – Espero não meter os pés pelas mãos. – Inclino minha cabeça para trás.

– Não vai. Confie em você e em seu instinto. Você é o melhor na sua área. Se não fosse, o delegado não teria te convocado. Ele confia em você e você também precisa ser mais confiante cara. Esqueça um pouco o seu passado e foca no presente. Não deixe que o que aconteceu interfira em suas ações. Aquilo foi uma fatalidade e não foi culpa sua. Esqueça isso. – Ele se endireita no sofá e batendo a mão em meu joelho. – Vamos, vamos nos arrumar e ir comer alguma coisa. Vi que aqui pelas redondezas tem um restaurante que serve comida por quilo e fica aberto até as vinte e uma horas. – Se levanta e vai em direção ao banheiro.

– Conheci a delegada Salomom. – Digo para ver sua reação. João sempre teve uma quedinha por ela. Toda vez que tinha alguma ocorrência e que era mencionado seu distrito ele ficava falando dela de como era uma ótima profissional e como era linda. Ele para e vira-se e dá um sorriso.

– Sério?!E como é que foi? Ela é linda né? Cara eu sou fã daquela mulher. – Seus olhos brilham enquanto fala dela. – A mulher é fantástica em tudo. – Suspira sonhador. – Ah se ela me desse bola cara, cairia matando sem dar chance dela retroceder. – Damos risada. – A mulher é um espetáculo. – Volta a caminhar cada um indo para seu quarto. – Vou tomar um banho e me arrumar daqui a pouco saímos beleza? – Anuncia e sai.