A lei é o Amor.

Capítulo 27 - Paulo.

Fred foi embora faz alguns dias. Ele me deixou várias recomendações e truques para enlaçar o coração de Bárbara. Aquela noite foi um terror. A angústia me tomou de um jeito que não consegui pregar os olhos. Conversei bastante com o Fred aquela madrugada. Falei a ele que contei sobre meu passado para a Bárbara. Lembrar daquele dia sempre me deixa mal, muito mal. Não dormi e ainda fui trabalhar antes do horário de expediente. Tomei muito café para me manter acordado. Apesar de me sentir cansado, consegui cumprir meus compromissos.

Estou em meu horário de almoço em um restaurante quando meu celular toca. Olho para o visor.

– Demorou irmão. – Falo e o ouço rir.

– É pra rir também? – Diz irritado. – Assim como você, eu trabalho, não fico coçando não. Idiota. – Gargalho.

– Você anda muito estressado, tá precisando de férias! – Parece até que posso ver sua cara de indignação pois ouço-o quase que rosnar. – Relaxe que amanhã é final de semana aí você pode curtir com a namorada. – Digo e o vejo respirar fundo.

– Não tenho namorada. Nós não estamos mais juntos. – Fala de forma seca. Fico admirado.

– Com assim Fabrício? Vocês estavam juntos há muito tempo e agora você me diz que separaram, é isso? – Fabrício namorava uma moça muito bacana. Eles estavam juntos há anos e se davam super bem.

– O amor acabou de ambas as partes aí achamos por bem cada um seguir seu caminho, indo cada um para seu lado, sem ressentimento. – Diz dando de ombros. – Bom te liguei para falar sobre aquele assunto. – Me endireito na cadeira.

– Manda! – Incentivo-o a falar.

– Você me pediu para ver uma placa de carro. O carro é da cidade de Serra Negra e está em nome de Alice Gusmão de Andrade, tem dezenove anos. Tirou habilitação assim que completou maioridade. Foi difícil cara, mas está aí. Vou te enviar todos os dados por e-mail, lá você terá todas informações. – Diz.

Fabrício trabalha no DETRAN e por isso o acionei. Como eu estava somente com o número da placa do veículo eu não encontraria nada pois, no site pede o RENAVAM e isso eu não tenho. Como ele trabalha por lá, ficou mais fácil e bingo! Ele conseguiu.

– Obrigado cara. Te devo uma. – Passo a mão no cabelo.

– Tranquilo Paulo o que precisar estou as ordens. Um abraço. – Nos despedimos. Saio do estabelecimento após pagar a refeição.

Volto ao prédio e entro em minha sala. Ligo o computador para ver o e-mail que Fabrício me enviou. Imprimi e passei a ler tudo. Preciso fazer algumas investigações na rua e já aproveito para ver isso também. Pego a foto que Fabrício me envio junto com o relatório e levo junto comigo preciso fazer algumas perguntas e quem sabe alguém possa dar alguma pista de onde ela trabalha, estuda, enfim, eu preciso ganhar a confiança dela para poder saber o que significa aquela tatuagem em seu pescoço.

Vou até a sala da Bárbara para avisá-la que estou de saída. Dou um leve toque na porta que é aberta em seguida. Deus! Essa mulher a cada dia que passa está mais linda. Ela está simplesmente maravilhosa. Acho que nunca vou pensar menos que isso dela.

– Oi detetive, estou de saída. Precisa de algo? – Ela me pergunta trancando a porta.

– Não eu só vim avisá-la que estou de saída também. Descobri uma pista e quero ir a um lugar fazer algumas perguntas. – Falo enquanto andamos para o estacionamento. – E a propósito... – Chego perto dela que prende a respiração. – ...Você está linda! – Vejo-a ruborizar. Pisco para ela. – Nos vemos mais tarde. – Saio de lá sem ver sua reação.