Capítulo 41 - Bárbara.

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Eu estava nas nuvens! Literalmente.

Após ouvir do próprio Paulo que ele é apaixonado por mim, fiquei extasiada, sem ação. Eu não sabia o que pensar e muito menos o que falar. Meu coração que já pulsava acelerado parecia que estava prestes a explodir tamanha a emoção e felicidade. Saber que você está apaixonada e que o sentimento é recíproco é maravilhoso. Paulo é um homem excepcional.

Passamos um domingo perfeito. Até chegar em casa e receber aquela ligação e ver as fotos que tiraram de Verônica toda machucada. Ver aquelas fotos me deixou em pânico. Eu não posso deixar que ninguém mais sofra por conta do meu trabalho ainda mais ela que além de ser uma policial exemplar é minha amiga. Quando todos me desprezavam ela esteve ao meu lado.

Chegamos ao hospital e fui até o guichê para saber se ela tinha sido internada ali mesmo como o paramédico disse.

– Boa noite! Chamo-me Bárbara. Minha amiga sofreu um atentado e fui informada que ela foi encaminhada para cá? Você tem alguma informação, por favor? – Estou muito aflita.

– Boa noite senhora. Qual o nome da paciente? – A recepcionista pergunta mexendo no computador.

– Verônica Assunção. – Paulo me olha e arqueia a sobrancelha. Ela volta a teclar, lê algo e volta seu olhar para mim.

– Ela chegou tem um pouco mais de trinta minutos e está em cirurgia. Vou chamar um médico para poder te dar as devidas informações sobre o caso dela. – Ela pega o telefone, disca um ramal e faz o chamado.

Paulo se aproxima e pega em minha mão.

– Vamos nos sentar um pouco. Ficar aqui em pé não vai ajudar em nada. Quando o médico chegar ele vem até nós. – Anui e vou sentar-me. Encosto minha cabeça em seu ombro e ele dá um beijo em minha cabeça.

Passados alguns minutos vimos um médico vir ao nosso encontro.

– Boa noite! Vocês são parentes da senhorita Assunção? – Ele nos pergunta e senta-se ao meu lado. Viro-me em sua direção.

– Não, somos amigos dela. Não moramos aqui, somos de São Paulo. Fomos deslocados para cá para resolver um caso. Verônica é policial. – Ele anui e suspira. – Recebemos a ligação da pessoa que a espancou. Logo depois ligamos para o celular dela e um paramédico atendeu e nos informou que a trariam para este hospital. – Falo de uma vez. Estou angustiada a procura de respostas. – Quero saber como ela está. Você poderia me dar alguma informação? – Paulo aperta minha mão.

– A culpa dela estar aqui neste estado entre a vida e a morte é minha. Eu causei isto a ela Paulo. – Coloco minhas mãos no rosto e abaixo meu rosto até minhas pernas. Paulo massageia minhas costas enquanto choro. – Eu preciso que vocês se afastem de mim. Eu não posso deixar mais ninguém sofrer por algo que eu peguei com minhas mãos para solucionar. – Olho para ele. – Vocês precisam de proteção e ficando ao meu lado vocês sofreram e eu não vou suportar perder alguém. – Paulo ajoelha-se a minha frente e segura meu rosto.

– Pare de falar besteira Bárbara! Você não é a culpada por este incidente. Tire isso de sua cabeça por favor. Agora mais do que nunca você precisa ser forte para enfrentar este inimigo sem rosto. – Fala me olhando fixamente. – Não se martirize por conta disso. Qualquer um que está envolvido neste caso poderia ser vítima deste maníaco. – Paulo me dá um selinho. – Por favor pare de falar besteira. – Olho-o fixamente.

– Obrigada por estar aqui comigo. – Encosto minha testa na sua e ele beija a ponta do meu nariz. – Eu preciso ligar para os pais dela. Eles precisam saber o que está acontecendo. – Paulo anui levantando-se. Faço o mesmo. Pego meu celular e ligo para seu país.

A lei é o Amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora