Capítulo 5 - Wooyoung

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A noite pareceu mais longa que o normal ou talvez seja o fato de eu ter apenas tomado banho, me alimentado e desmaiado na cama assim que cheguei. Eu nem ao menos esperei meu pai para contar a novidade, pois estava cansado e dolorido demais para conseguir esperar.

Já acordei tem algum tempo e estou arrumando minhas poucas roupas com a ajuda de minha mãe, a van da guarda do palácio virá me buscar dentro de uma hora e não quero me atrasar.

Em menos de 30 minutos tenho tudo o que preciso em uma mala pequena e uma mochila e aproveito o tempo restante pra tomar café com meus pais e conversar um pouco.

-Filho? - minha mãe me chama quando estou retirando as coisas da mesa e a olho - Promete pra mim que vai tomar cuidado? Eu sei que você ir para o palácio vai ser bom pra gente, mas você sabe dos ataques, tem visto as agressões e mortes, por favor... Me diz que vai se cuidar? - ela me olha preocupada.

-Pode deixar, mãe. Eu vou me cuidar, não se esqueça que já sou um adulto. Seu menino cresceu e pode se cuidar sozinho, certo? - digo com um sorriso indo envolver meus braços em seu corpo.

-É tão difícil saber que você sairá de casa... Que já cresceu a esse ponto! - ela tem lágrimas nos olhos e faço questão de secá-las - Até um tempo atrás, você era o menininho de cabelos escuros que gargalhava tão alto pela casa toda e por qualquer besteira que eu e seu pai fizéssemos.

-Olha só, eu ainda gargalho por qualquer besteira e mesmo que eu cresça, serei sempre seu menininho... A única diferença é que agora tenho cabelos loiros e cresci mesmo um pouco. - falo arrancando um sorriso dela - Fique em paz, mãe. Lembre-se que eu só quero o melhor pra vocês e vou atrás disso. - a vejo assentir ainda com os olhos lacrimejantes.

Alguns minutos antes do horário marcado para a van vir nos buscar, Jongho bate a minha porta.

-Hey, entre... Bom dia! - o cumprimento.

-Bom dia, Woo! - ele entra já se sentando no pequeno sofá - Se eu não estivesse tão cansado e dolorido, nem teria conseguido dormir essa noite de tanta ansiedade. - ele confessa.

-Não foi só você, meu amigo. - concordo com um leve sorriso - Falou com a YoonMi?

-Falei e ela concordou em ficar com o meu pai... Na verdade, ela já está em casa cuidando dele.

-Ah, então por isso você fugiu de lá? Ficou com medo da presença dela? - brinco e em troca recebo uma almofada voadora em minha direção - Hey! Não haja como se eu estivesse contando mentiras! - ele revira os olhos me fazendo rir ainda mais - Mas fico feliz que tenha encontrado alguém de confiança, assim você pode focar no trabalho.

-Sim, mas já pedi pra ela me avisar caso haja qualquer imprevisto. Você sabe, meu pai sempre será minha prioridade.

- Eu sei, aqui em casa não é diferente.

Antes que possamos iniciar outro assunto, ouvimos uma buzina soar e vejo pela janela a van com o brasão da família Choi parada a minha porta. Eu e Jongho nos olhamos com um sorriso bobo e saímos de casa com nossas coisas em mãos.

-Tchau, meu filho! Me dê notícias sempre, tome cuidado e boa sorte com tudo. - minha mãe me abraça na porta de casa.

-Mãe, não é como se não fôssemos mais nos ver... Logo eu estarei aqui visitando vocês em minhas folgas. - falo lhe dando um beijo na testa.

-Você disse bem, visitando... Não será o mesmo que morar aqui. - ela reclama me fazendo rir - Jongho querido, tome cuidado também e boa sorte, estarei pedindo a Deus por vocês e estarei ajudando seu pai na medida do possível também. - ela abraça meu amigo.

-Obrigada, Sra. Jung! Qualquer coisa me avise, deixei meu número em pelo menos 5 lugares diferentes na casa. - ele conta nos fazendo rir.

-Vamos, rapazes? - o soldado chama dentro da van e assentimos.

Durante todo o caminho eu, Jongho e todos os outros rapazes dentro da van não parávamos de sorrir e mesmo quando não estávamos conversando, era possível saber o que cada um estava pensando - Como seria daquele momento em diante? O que estaria nos aguardando? Seríamos bons o suficiente pra esse trabalho?

Quando as torres mais altas do palácio surgiram em nosso campo de visão foi impossível compreender os burburinhos que saiam da boca de cada um ali presente e tudo só teve mais intensidade quando os imensos portões se abriram revelando a beleza do lugar que nunca havíamos ao menos pisado os pés.

Ninguém que trabalhasse fora daqueles portões ou que não fosse de uma família extremamente rica, tinha a permissão para adentrar os portões do palácio. Todos os eventos da corte eram fechados e os eventos que eles faziam para o povo vez ou outra, eram em um grande salão no centro do reino. Ou seja, jamais havíamos visto o belo jardim cheio de flores e árvores, com uma linda fonte de águas que brilhavam com a luz do sol e muito menos a faixada muito bem arquitetada do palácio. Nem com todas as descrições do meu pai, eu consegui pensar em algo tão belo.

-Rapazes, bom dia e sejam bem vindos! - somos recebidos pelo capitão Kim e fazemos uma breve reverência o cumprimentando - Quero que todos sigam o soldado Jeong, ele lhes mostrará seus quartos, as dependências do palácio e na hora do almoço vocês me encontrarão para uma breve conversa. - ele diz e saí após nos parabenizar novamente.

-Bom dia, rapazes! - o soldado Jeong surge acompanhado de outro soldado e recebe nosso cumprimento - Esse aqui é o soldado Park, ele quem irá escolher os quartos e quem serão os companheiros de vocês, qualquer problema com os alojamentos, deverão informá-lo que ele resolverá. Comigo vocês poderão tratar sobre problemas com os turnos, problemas que surjam no dia a dia e qualquer outra dúvida relacionada ao treinamento e com o capitão Kim, serão tratados apenas os problemas que eu não puder resolver ou os assuntos relacionados a saídas do palácio. - ele explica tudo com calma, para que todos compreendam - Vamos agora conhecer seus quartos, os principais cômodos do palácio e as dependências até onde os muros vão. Sigam-me, por favor. - ele diz nos dando as costas e seguindo pela lateral do palácio.

Eu e Jongho nos entreolhamos levemente abobados, pois parece que agora sim podemos acreditar que conseguimos alcançar nosso objetivo.

Quando estou prestes a passar pela porta lateral sinto como se estivessem me observando e me viro tentando encontrar quem quer que seja, mas não avisto ninguém. Só quando estava prestes a passar pela porta que vejo alguém mais ao longe, montado em um cavalo branco, parado, parecendo me observar e quando percebe que eu o vi, ele chacoalha as rédeas e instrui o cavalo a correr na direção oposta me deixando um pouco confuso e curioso pra saber quem era e o motivo de estar observando.

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Boa noite!!!
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Me deixa ser seu príncipe? #WoosanOnde histórias criam vida. Descubra agora