Assim que adentramos o palácio San é levado para ser examinado pelo médico e eu sou encaminhado para a sala do capitão Kim. Explico a ele tudo o que houve e tenho sua versão do que houve com eles também.
O rei Choi saiu sem nenhum arranhão, já que o capitão e Jongho conseguiram levá-lo até um local seguro e esperaram que outros guardas viessem dar apoio. Nessa história toda, Yunho saiu ferido pelos rebeldes e também foi atropelado na fuga de um dos carros e agora está em seu quarto descansando.
Saio da sala e vou a procura de Jongho, preciso vê-lo, conversar sobre o que aconteceu e depois vou ver Yunho.
-Jongho? - chamo o rapaz assim que o vejo no refeitório.
-Wooyoung! Graças a Deus você está bem! - ele se aproxima e nos abraçamos - Eu fiquei tão preocupado, Woo!
-Eu estou bem, agora.
-Quando a ajuda chegou e não encontramos você e o príncipe, eu quase saí pra procurá-los eu mesmo. O capitão Kim pediu pra alguns guardas procurá-los e disse que deveríamos voltar pro palácio com o rei, então, não pude ir atrás de vocês, mas eu fiquei tão preocupado. Se passaram horas e vocês não apareciam e nem os guardas tinham notícias. Você não estava com seu rádio? Poderia ter falado com a gente.
-Eu estava até a hora em que encontrei com um daqueles caras, acabei perdendo ele durante o confronto e pra ajudar aquele lugar não dava sinal no celular. - explico - Nós também ficamos preocupados com vocês, estava rezando pra que nada de ruim acontecesse.
-Como o príncipe está? Eu ouvi que ele está machucado.
-Sim, ele está com o ombro machucado, graças ao imbecil que nos atacou, mas tirando isso ele está bem. O San é mais forte do que você pensa. - sorrio.
-Por que eu tenho a impressão de que esse tempo sozinhos mudou algo em você? Digo, mudou algo no modo que você fala dele. - o Choi que me conhece tão bem pergunta curioso.
-Digamos que eu tenha descoberto um lado meu que nunca pensei que existisse. - simplifico.
-Explica isso melhor, Wooyoung. - ele pede.
-Eu descobri que gosto de garo...
-Wooyoung! - sou interrompido por um ser de cabeleira ruiva que me abraça forte - Que bom ver você!
-É muito bom ver você também, Mingi! - sorrio - Agora se puder me soltar, eu agradeço. - digo e ele me solta de seu abraço apertado, mas se senta entre eu e Jongho.
-Eu estava com medo de acontecer algo com você, mas que bom que está aqui e está bem. - o Song sorri antes de começar a perguntar sobre tudo o que houve comigo.
Começo a narrar os acontecimentos para os dois, desde quando Yunho saiu do carro, até quando chegamos em minha casa e eles estão atentos a tudo o que digo.
-Então, Woo... - Jongho começa a dizer - Você estava dizendo algo antes do Mingi chegar. O que ia mesmo dizer? - ele faz a pergunta que faz meu coração se acelerar.
Olho para os lados e vejo que o refeitório está praticamente vazio, respiro fundo e faço um gesto com o dedo pra que os dois se aproximem. Posso sentir minhas bochechas corarem e digo a mim mesmo que eles são meus amigos e não irão me julgar por causa disso. - Eu espero!
-Então... Aconteceu algo. - respiro fundo novamente tentando controlar a voz que está querendo falhar - Por favor não me julguem, mas...
-Fala logo, Wooyoung! - Mingi reclama do suspense não intencional que causei.
-Eu e o príncipe nos beijamos! - digo rápido e fecho os olhos pra não ver a reação dos dois.
-VOCÊS O QUÊ? - a pergunta sai das duas bocas de uma vez só - Wooyoung, desde quando você gosta de garotos? Por que não me contou sobre sua sexualidade? - é Mingi quem pergunta e abro os olhos vendo sua expressão confusa.
-Eu não contei porque eu não sabia! Eu nunca pensei que iria beijar um garoto, nunca senti atração antes, mas acabou acontecendo... A gente estava lá e ele estava com aquele cheiro gostoso, depois ele estava me fazendo carinho e sorrindo pra mim, aí então eu não resisti, acabei fazendo isso e não sei o que pensar, como agir. Não sei quem eu sou e por favor, não me julguem e nem se afastem de mim. - falo tudo de uma vez, mal parando pra respirar.
-Hey, Woo? - Jongho se aproxima e toca minha mão - Não precisa pedir isso! Eu nunca me afastaria de você por isso. Eu te conheço a tanto tempo, somos praticamente irmãos e não é a sua sexualidade que vai mudar isso, nunca! Eu confesso que estou surpreso, nunca cogitei a ideia de você gostar de garotos, mas jamais te julgaria por isso, o que vale é a pessoa que você é, o seu caráter e não quem você deixa ou não de beijar. - Jongho me abraça e seguro as lágrimas que ameaçam sair - Eu sempre te apoiarei, assim como você sempre me apoiará, não se esqueça disso.
-Eu não sei falar coisas bonitas como o Jongho, mas saiba que eu nunca vou te julgar também. - Mingi se junta ao abraço - É a sua vida, não tenho nada que opinar e tenho orgulho de você por estar tendo coragem de nos contar isso... Eu só quero que você seja feliz. - continuamos abraçados por um tempo, receber esse carinho é bom e me fortalece.
-Obrigado! Vocês são as melhores pessoas que eu poderia ter na minha vida. - digo ainda emocionado - Tenho que procurar o Yunho, ainda não o vi. - digo em uma tentativa de fugir das lágrimas, já que se eu ficar com eles me tratando com tanto carinho, vou chorar com certeza.
Me despeço dos dois que tinham coisas a fazer e vou em direção aos quartos, já que Jongho me garantiu que Yunho estava no quarto descansando. Após alguns minutos chego ao quarto e bato na porta, logo ouvindo uma autorização pra entrar.
-Com licença. Oi, Jeong! - digo apenas com parte do corpo pra dentro do quarto.
-Oi, Jung! Entra logo! - ele diz e faço o que pede.
Yunho estava com alguns machucados no rosto, tinha um olho roxo, ele estava sem camisa, mas tinha curativos por quase todo o tórax e havia um gesso no pé.
-O que houve exatamente com você? - pergunto levemente assustado com seu estado.
-Primeiro me bateram e depois eu fui atropelado por uma caminhonete quando os malditos tentaram fugir. - ele explica tentando se sentar na cama e vou até ele pra ajudá-lo.
-Meu Deus, Yunho! Quando me disseram que você estava machucado, não imaginei que fosse tanto. Você tá com dor?
-As vezes sim, meu corpo meio que voou e com a pancada algumas partes estão doloridas, então dependendo do movimento, tudo piora. - ele explica - Mas e você... Como está? Como fugiram de lá e como chegaram de volta ao reino? Pode ir me contando tudo! - ele pede ansioso e começo a narrar mais uma vez o que passamos - Vocês caminharam bem de lá até aqui, fizeram uma longa jornada e deram sorte daquela senhora não ser uma rebelde e reconhecer o San.
-Sim, demos sorte. - antes que eu possa dizer mais alguma coisa, a porta é escancarada e um ser de cabelos negros entra sem cerimônia.
-De que adianta ter tantas aulas pra ser culto se a pessoa não sabe que bater na porta é um sinal mínimo de educação? - Yunho reclama, mas sorri.
-O que foi que te atropelou? Uma carreta? Um trem? Meu Deus, você tá horrível! - é o que ele diz com os olhos arregalados em surpresa.
Eu até tento, mas não consigo segurar a risada após o que ele diz - Choi San sendo Choi San!
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Bom dia, gente!!! 💙
Postei e saí correndo pro trabalho... A tarde, talvez eu volte com algo mais, tô afim de mimar vocês hoje!!! 😘😘
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Me deixa ser seu príncipe? #Woosan
Fiksi PenggemarNo reino Norte, uma rebelião contra a corte começava a se instaurar. De um lado, um rei omisso, que não levava seu reino para frente, não ajudava seu povo e com certeza, não se preocupava com os habitantes daquele reino que não fossem sua esposa e s...