𝔼𝕞 𝕞𝕖𝕦 𝕞𝕦𝕟𝕕𝕠...

1° capítulo.

 Não irei dizer que essa história é realidade ou ficção, quem irá decidir é você...
 Sou uma menina, uma pré adolescente de dezesseis anos. Eu adoro ler livros, jogar videogame, escutar música, estudar, assistir filmes e, isso tudo fica melhor nas férias. Sim, eu estou de férias, as tão conhecidas férias de julho. 
 Em uma tarde, eu estava sentada, largada, no sofá da sala lendo um livro quando minha mãe chegou e se sentou ao meu lado: 
 -Safira, seu pai e eu iremos ter que resolver umas coisas no trabalho.
 -O que aconteceu? -Perguntei deixando o livro de lado.
 -Parece que o fotógrafo, encarregado das fotos da Marina, furou em cima da hora e a gente vai ter que se virar lá. Talvez eu mesma tire as fotos. -Falou minha mãe revirando os olhos entediada, ela olhava, a todo momento, o celular.
 -Nossa mãe... mas que horas vocês voltam?
 -Acho que tarde, umas duas, talvez três horas... vai ser um evento longo e cheio de celebridades. -Mamãe se levantou dando uma arrumada no cabelo.- Eu vou indo me trocar e ir na emissora. Você vai ficar bem querida?
 -Claro mãe, fica tranquila, qualquer coisa eu ligo, já tenho o telefone de todos os vizinhos, da polícia, bombeiro, caça-fantasmas... -Rimos juntas e mamãe foi se trocar. 
 Minha mãe é colunista no jornal em que meu pai é o Editor chefe. Eu quero ser jornalista quando me formar, ir para a rua, ver onde tudo acontece... bem, mais isso ainda vai demorar mais um aninho né (risos). 
 Minha mãe saiu toda elegante e me deixou em casa trancada, assim me sinto mais segura. Para não ficar com medo -pois sou muito medrosa- eu sempre me fecho no meu quarto e coloco um filme. Resolvi assistir a meu filme preferido, Tróia, que faz tempo que não assistia, sim eu sei... é um filme de guerra e história, mas fazer o quê? Eu sempre gostei de história, minha matéria preferida, e outra, Tróia tem o melhor elenco: Brad Pitt, Eric Bana, Diane Kruger, Rose Byrne, Orlando Bloom, Saffron Burrows, Sean Bean e, o meu preferido, Garrett Hedlund, entre outros atores maravilhosos. 
 Preparei uma pipoca correndo, subi e fechei a porta do meu quarto. Coloquei o Dvd, apaguei a luz e me deitei no divã com a pipoca e controle em mãos. Antes de o filme iniciar, reparei aquele brilho azul ao lado da TV (era a pequena pedra que achei há alguns anos atrás, ao lado de uma antiga biblioteca abandonada em minha rua) e finalmente o filme começou.
 De início tudo estava normal, de repente, a imagem se iluminou mais ainda, um clarão surgiu e eu apaguei.