Capítulo 31. Mestre Imposto

137 14 114
                                    

“Foi perguntado a um velho espartano porque motivo Esparta, ao contrário das demais cidades gregas, não tinha muros

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

“Foi perguntado a um velho espartano porque motivo Esparta, ao contrário das demais cidades gregas, não tinha muros. Ele respondeu que os muros de Esparta eram os seus homens.”

Teneu 
 

 
400 a.c
Grécia, cidade de Athenas.
 
 Era uma noite estrelada, mais fria do que de costume naquela parte do mundo.
 
Plistarco estava inseguro, tinha as mãos amarradas por tiras de couro enquanto estava deitado sobre uma cama gelada de mármore e reprimiu um grito quando Fidas cortou seus pulsos com uma longa faca de açougue. Não sabia o motivo pelo qual Patrícia batia na porta gritando para que ele saísse de lá, o motivo pelo qual ela chorava enquanto gritava palavras sujas contra seu pai, Fidas.

Uma mulher muito bonita na opinião do garoto amarrado, havia passado alguns minutos na escuridão da sala, calada e com o rosto duro como uma estátua. Achou que tivesse visto Afrodite ou talvez Athena de relance, pois ela havia sumido de sua visão segundos depois de observá-la bem, trajando vestes douradas e brancas, com um broche de leão segurando as alças do tecido.

– Você está assustado, garoto? – Perguntou Fidas olhando para Plistarco. Tinha um grande odre de uma substância preta e pegajosa nas mãos, levando -o em direção aos lábios do garoto, e com os pés finos, empurrava potes para conter o sangue no chão que o garoto loiro perdia caindo dos pulsos. Trocava-os quando transbordava.

– Não. – Respondeu firme, mentindo bem. Fidas o havia prometido força, poder para quando voltasse para Esparta, para que pudesse cuidar de seu povo, para que pudesse fazer de seus homens, guerreiros nunca vistos na história do mundo. O alquimista disse que a mulher chamada Carmilla era uma titãnide, e ela tinha planos nos quais Plistarco havia sido escolhido. – Por que Patrícia está gritando?

Fidas ficou com raiva por ouvir o nome da filha por um momento. Sim, Plistarco sabia que não deveria chamá-la pelo nome feminino que ela mesma havia escolhido para si. Ela estava disfarçada, vestida de homem desde seu nascimento e nomeada de Pietro, pois Fidas desejava que ela também seguisse o caminho da alquimia, que ela assumisse o liceu quando este morresse, e como mulher, isso seria impossível.

– Por favor, tirem Pietro de minha porta! – O velho gritou, e em alguns minutos, a voz dela sumia gradativamente, como se tivesse se afastando, mas o loiro não tinha certeza se ela estava indo embora, ou se ele perdia a consciência.

A verdade, é que Patrícia não queria que Plistarco fosse para aquela sala, sabia bem o que havia acontecido com os outros que seu pai havia levado para lá, pois ela mesma havia enterrado os restos de músculo, pele e ossos deles. Não queria que o loiro se desfizesse como uma fruta amassada entre os dedos. Era o que sempre acontecia quando alguém bebia o sangue daquela mulher que se dizia deusa.

O Vampiro e o Romani - Livro O1  {CONCLUÍDO}Onde histórias criam vida. Descubra agora