Capítulo 43. O Corpo Vivo e a Alma Podre de Bóris

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"A Preocupação dobrou as sobrancelhas de Lilith

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"A Preocupação dobrou as sobrancelhas de Lilith.

'Eu não sei o que fazer para você Despertar,
porque você verdadeiramente é Amaldiçoado por seu Pai.
Se eu fizer isso, você poderia morrer. Você poderia mudar para sempre.'"

O Livro de Nod

A atmosfera naquela mansão enorme era fria e sombria. O cheiro de madeira velha estava enraizado profundamente em todos os cantos daquele lugar e seus pés doíam por conta do chão frio.

Bóris conseguia ver que o local era extremamente limpo, os móveis brilhavam e curiosamente, apesar da neve pintando o ambiente de branco fora da janela, haviam flores frescas, recém colhidas e cheirosas dentro dos vasos sobre as cômodas.

Ele ainda segurava a capa de Carmilla sobre seu corpo, apertando o tecido pesado em seu peito.

A vampira estava de costas para ele, ela estava mexendo na lenha em brasa dentro da lareira, atiçando o fogo que aos poucos começava a lamber a madeira cortada.

- Eu não tenho criados nesta casa. Não costumo usá-la e não pude me preparar para recebê-lo pois sua presença foi precipitada. - Ela falou, se virando depois de largar o atiçador acima da lareira e se sentando na cadeira estofada de verde jade na ponta da longa mesa de jantar, enquanto rastejava para seu colo, uma cobra albina enorme e longa enrolada no chão ao lado da vampira. - Caso você queira, eu posso contratar alguns para cuidar de você-

- Eu não quero mais nada de você. - Ele respondeu rápido sustentando seu orgulho, olhando para os olhos frios e incrivelmente bonitos de Carmilla. - Por que você veio me ajudar?

- Ela não me mandou, se é o que está pensando. Eu o trouxe por conta própria.

- Por que? - Bóris rangeu os dentes.

Ele não sabia o que aquela vampira estava pensando e não gostava da ideia de permanecer tão perto dela, apenas deixou que ela o tocasse antes porque estava entorpecido pelo rosto vermelho e molhado de Diego.

Podia sentir o cheiro dela, aquele cheiro gelado e de certa forma acolhedor, como se fosse jasmim emanando de sua capa preta. Bóris queria jogá-la no chão, mas ele estava nu, com frio e além de tudo, não havia mais nenhum lugar para ir.

Miserável, como sempre.

Ele mordeu os lábios enquanto a vampira o olhava curiosa. Sua boca vermelha subiu em um sorriso discreto e zombeteiro.

- O motivo? Bem, acho que eu senti pena de você. - Disse Carmilla inclinando a cabeça para o lado, deixando a expressão de Bóris sombria.

- Mas eu não quero sua pena. - Respondeu rangendo os dentes.

- Então o que você quer? - Ela perguntou levantando uma sobrancelha, impaciente. - Você pareceu tão firme com a ideia de me acompanhar mais cedo. O que mudou?

O Vampiro e o Romani - Livro O1  {CONCLUÍDO}Onde histórias criam vida. Descubra agora