Capítulo 36. Casca e Recipiente - Parte 01

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"Enquanto seus pés queimavam,Ela gritou 'Lhes lançarei uma maldição!'Surdos e cegos, não escutaramEla continuou 'Pela carne que queimaram,Hoje morrerei, e em mil anos acordarei,Em torrentes de cólera, vos atormentareiEm agonia perecerão,Engolidos ...

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"Enquanto seus pés queimavam,
Ela gritou 'Lhes lançarei uma maldição!'
Surdos e cegos, não escutaram
Ela continuou 'Pela carne que queimaram,
Hoje morrerei, e em mil anos acordarei,
Em torrentes de cólera, vos atormentarei
Em agonia perecerão,
Engolidos pela lava do vulcão.'"

A maldição de Pompéia
Avallonne Vaults


Não demorou muito para que a janela rosácea circular que ocupava toda a parede do salão se rompesse em milhares de cacos de vidro, e em meio aos cacos afiados, uma criatura alada com asas lustrosas cor de bronze protegia o próprio corpo entrando pelo buraco que havia feito.


Em uma rapidez mestral, a mulher ainda planando no ar com a lua derramando luz branca em seu rosto e em seus cabelos curtos e crespos, tirou do meio de suas asas uma besta dourada armada com quatro flechas e as apontou especialmente para Carmilla.


No momento em que as flechas foram lançadas, Carmilla estava de costas impedindo um ataque das facas de Ocípite contra seu rosto.


Com o pensamento rápido de Alex, ele saltou de sua cadeira para a mesa, pisando sobre a borda das panelas como se fosse leve como uma pluma, e com outro salto, ele quase atingiu a altura da Hárpia que havia disparado a besta, levantando o braço e conseguindo pegar as flechas no ar com a mão fechada, levando o braço para atrás do próprio pescoço e depois voltando a mão em direção á Hárpia com a besta na mão, lançando as armas de ponta metálica novamente em direção á mulher que havia atirado.


Uma atingiu seu ombro desnudo, e as outras ricochetearam em suas asas de bronze. Ela perdeu altura, e Alex de pé sobre as bordas de uma panela, olhou divertido para a mulher que batia as asas de modo desajeitado. A boca de Alex se abriu em fendas de cada lado do rosto até as orelhas, e em uma fenda do meio de seu lábio inferior até o começo de seu peito. Ele escancarou a jugular o mais aberto que um ser normal poderia. Milhares de dentes pontiagudos se mostraram em várias fileiras, e no final de sua garganta, algo luminoso se mostrava, como chamas amarelas que iluminavam a pele de seu peito.


Ele correu sobre a mesa, derrubando tudo que havia encima, tomando impulso ao chegar na ponta e pulando sobre a Hárpia distraída quebrando a flecha de seu ombro. Alex segurou-a pelos ombros e mordeu o rosto da mulher que cabia inteiro em sua boca.


Do outro lado, Carmilla segurava a asa de Ocípite com a mão esquerda sangrando, a Hárpia com a faca enterrada no abdômen da vampira e a apertando contra a parede.


Sentindo um pânico mortal por imaginar Carmilla morta, um pânico que se formava em meu estômago sem eu saber de onde vinha, levantei as mãos e procurando as cordas de ventríloquo em meus dedos que me permitiam mover objetos á distância, fechei as palmas ao encontrar a cabeça da Hárpia e fazer força para virá-la, mas por mais que minhas habilidades tivessem efeito sobre a rainha, ela lutava contra.

O Vampiro e o Romani - Livro O1  {CONCLUÍDO}Onde histórias criam vida. Descubra agora