Capítulo 6

811 70 10
                                    

 Skyler

A cidade era o centro comercial da alcateia, e a noite dava Boas-vindas aos bares, baladas e bordéis luxuosos, mas esses não eram meu destino.

Paro o carro em frente a uma loja que sempre visito quando entramos em temporada de caça.

A placa alertava que o estabelecimento estava fechado, mas isso não me impede de entrar. O sininho toca denunciando minha entrada e vejo o Cedric sentado atrás do balcão lendo alguma coisa muito interessante para não olhar para quem acabou de entrar.

— A loja está fechada, retorne amanhã, às 8 da manhã — ele murmura. Cedric é um elfo da natureza, diferente do estereótipo, ele não tinha orelhas pontuda, o que os diferem é a leve ondulação pontiaguda no final da sobrancelha ou o cheiro do seu poder, um elfo do fogo cheira a cinzas, e um elfo da natureza, como o Cedric, cheirava a folhas, e frutas frescas. Os elfos, diferente dos vampiros e bruxas, não tomaram partido em que lado apoiar, entre os lobos do sul e norte, por isso, tem passe livre pelas duas províncias. Olaf sempre teve um pé atrás com os elfos, ele sempre dizia para nunca confiar em uma espécie que pode muito bem mudar de lado se o convier, ele também dizia que devemos mantê-los por perto, porque era melhor ter eles como amigos do que inimigos.

— Você nunca deixa a loja antes das 18 horas, você e seu toque por números ímpares, como sempre Cedric, você é previsível — o meu velho amigo, me fita por trás dos óculos de leitura, ele retira tranquilamente os óculos e o põe no balcão junto ao livro.

— Como sempre, nunca segue as regras, senhorita Highnorth. — diz com ênfase no meu sobrenome, ele sabe que não gosto de formalidade, principalmente por quem considero um amigo.

— Cada um com seu charme — dou de ombro. — Percebi que encontrou o seu. — digo apontando para a sua enorme barba de lenhador.

Ele ri, alisando a barba de uma coloração um pouco ruiva, diferente dos seus cabelos que eram de um castanho escuro.

— Foi ideia da Clare, ela acordou um dia e pediu para que eu deixasse crescer. Mulheres e seus fetiches, você acredita que ela me fez passar horas cortar lenha com uma camisa xadrez. — ele ri, lembrando das fantasias da sua companheira.

— Eu não posso julgá-la, faria o mesmo em seu lugar. — brinco.

— Tá bom tarada por lenhador, o que devo a honra da sua presença em minha loja a essa hora, pensando em caçar a noite? — pergunta.

— Não exatamente, vim pegar algumas armas de caça, mas nem todas tem esse fim.

— Interessante, está pensando em variar o cardápio? — ele diz com o sorrisinho travesso, entendendo as minhas intenções. — Você tem sorte por eu ter um ótimo menu. — ele se vira para um grande mostruário de vidro que tomava uma boa parte esquerda da loja. — Tenho alguns revólver e pistolas de todos os gostos, mas o meu carro chefe é as munições da mais pura prata e ah... — ele pega uma caixinha preta com munições de prata e que cintilavam com várias cores diferentes — ... E essa é a minha mais recente novidade para mata bruxos, tenho balas com feitiços especiais, você nunca sabe quando um bruxo está sobre um feitiço de proteção, e essas balas, anulam qual uma. — diz orgulhoso.

— Parecem mortíferas. — digo ainda hipnotizada pelo brilho das munições.

Balanço a cabeça, não quero me distrair com algo que provavelmente não vou usar, nunca fui fã desses tipos de armas, não era meu estilo, apesar de saber manuseá-las.

— Mas provavelmente não pretendo enfrentar bruxos, se eu encontrá algum pretendo enfrentar com outro estilo de arma. Um arco e flecha. — Cedric ri, achando graça de algo.

Alfas em GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora