Capítulo 74

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Skyler

— Como assim, voltou a atacar? — Kalel inquiriu. — O que eles destruíram dessa vez? — David olha de soslaio para mim e depois para Kal antes de responder:

— Eles não destruíram nada. — murmurou. Reviro os olhos.

— Então, Isso não parece uma abordagem nortenha. — ralho.

— Só conseguimos supor que sejam eles. — me encara. — Houve um roubo de uma relíquia sagrada em um dos santuários dos bruxos.

— Isso não é possível, o santuário é extremamente protegido, só um bruxo legítimo consegue desfazer todas as magias de proteção que o cerca. — Kalel contestou.

— Houve relatos de que viram lobos de pelagens claras saindo do território, e um bruxo foi encontrado morto em frente ao santuário.

— Você pode me dizer qual foi a causa da morte do bruxo? — pergunto, apreensiva.

— Veneno. — responde, sucinto. Fecho os olhos e massageio minha têmpora.

Isso só me diz que tem o dedo da Rubi em tudo. — Kalel diz em minha mente.

Definitivamente. — rosno. Minha loba se agita. Tenho certeza que o bruxo era um traidor que se matou depois do que fez.

— O que eles levaram? — perguntou Kalel.

— Isso. — David joga uma pasta na mesa, vou até o lado do Kal e o vejo pegar uma foto de uma adaga antiga com um cabo feito de jade, a lâmina continha desenhos geométricos entalhados em puro ouro.

— O que tem de especial nessa adaga? — pergunto.

— Nenhum ancião conseguiu responder o que de tão especial ela tinha além da idade. A adaga só estava no santuário porque foi encontrada entre as ruínas da casa de uma bruxa muito poderosa.

— Merda! — bato na mesa fazendo todos os objetos quicarem com o impacto.

Primeiro, Rubi roubou o seu grimório de feitiços na biblioteca dos bruxos, agora ela conseguiu levar uma adaga. É claro que ela não se daria ao trabalho de roubar uma adaga pelo simples fato de querer se defender ou sobre algum valor sentimental que passa tê-lo, não, a feiticeira possuía uma adaga da alma, capaz de prender alguém a ela até na morte. Olho mais uma vez para a foto pousada tranquilamente sobre a mesa e me pergunto o que ele poderia fazer?

— Preciso ligar para a Sulla.

***

Sulla não soube responder nenhuma das minhas perguntas.

Argh!

Assim como David afirmou, nenhum dos anciões souberam responder o que aquela adaga era capaz. A senhora Greenwich relatou que os deuses não tinham participação na forja da arma. Isso foi tudo o que eles responderam a ela.

Yafanna correu em minha direção quando me viu sair do carro.

— SKYLER! — o seu corpinho choca com o meu em um abraço caloroso que nunca senti antes.

— Eu senti saudades. — seu olhar era puro e sincero.

— Também senti sua falta — aliso os seus cachos enquanto vejo Matt se aproximar tranquilamente com as mãos no bolso.

— Eu pensei que você não viria, o tio Matt disse que você estava muito ocupada.

— E realmente está! — Matthew diz bagunçando o cabelo da menina.

— Eu sempre que puder, vou fazer uma visita a vocês. — digo olhando para o pequeno Haldir que arremessava uma bola de basebol para um colega. Fanny segue meu olhar e depois me fita com um sorriso.

Alfas em GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora