Capítulo 4

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Kalel

Os 3 dias foram uma tortura, passei a maior parte do tempo trabalhando e treinando até a exaustão para não ficar ansioso demais.

Infelizmente passei um terço desse tempo fugindo da Judit, que trocou as ligações, para me azucrinar pessoalmente. Depois de chegar cansado depois do treino a encontrei deitada na minha cama seminua, para a frustração dela, fui tomar banho e dormir no quarto de hóspedes, depois mandei proibirem a entrada dela mansão sem meu consentimento. É claro que ela surtou no dia seguinte, mas para ela não ligar para minha mãe, inventei uma desculpa de que esperaria até o casamento para marcá-la, por respeito a sua "inocência" bem, de inocente, Judit não tem nada, sei que ela anda transando com o motorista da minha mãe, e já a peguei várias vezes com ele pelas câmeras de segurança. Só espero que ela não apareça grávida de mim - por algum milagre divino - porque vou fazer questão de mostrar um filme pornô em que ela e o motorista, são os atores principais.

Ontem à noite foi o dia de pôr em prática a missão dos irmãos alfas. Ainda não tenho notícias se a operação deu certo, Matt está aguardando eles chegarem a certo ponto da floresta em que sinal do celular pegue para nos comunicar o seu retorno.

Enquanto isso me preparo para visitar a bruxa.

***

Finalmente o momento tinha chegou. Respirei fundo, e bati três vezes na porta da casa da bruxa Sulla.

Uma senhora de cabelos brancos abre a porta e sorri para mim, seu sorriso me lembra o do neto, Ramon. As bruxas eram muito respeitadas pelo nosso povo, elas guardavam a história e o conhecimento sobre nossa espécie, suas palavras eram proféticas vinda principalmente dos anciãs. E suas magias, eram dadivas dos deuses.

— Senhor Black, entre. — Ela permite que eu entre e me acomodo em um sofá antigo assim como algumas mobílias, a casa era repleta de coisas exotéricas e livros que provavelmente era sobre feitiços.

— Aposto que lhe deixei muito ansioso Senhor Black. — A senhora Greenwich ri, sentando em uma cadeira de balança antiga ao meu lado.

— Confesso que sim. Meu tempo é limitado no momento.

— Hum... — ela faz um bico enquanto balança calmamente. — E o que você deseja meu garoto? — Pergunta.

— Pensei que já soubesse — digo confuso. Ela para de se balançar e me encara.

— Ramon não perderia tempo tentando me explicar os seus problemas, eu não o ouviria, no máximo desligaria o telefone na sua cara.

— Mas, e toda aquela coisa de destino, você é bruxa, sensitiva, sei lá, deve ter alguma noção dos meus motivos. — instigo.

— Eu só sinto aqui — ela aponta para o peito. — Os deuses me disseram para esperar, mas não sei o porquê senhor Black, eu só obedeço suas vontades.

— Tudo bem — respiro fundo. — A algum tempo, estou sonhando com a minha companheira, só que não a conheço, e provavelmente você, e a província toda sabe que estou de casamento marcado com a minha prima. Senhora Greenwich... — chego mais perto. — Eu preciso achar a minha companheira de alma antes desse casamento, mais especificamente, antes que meus pais voltem para a alcateia, sei que minha parceira está perto e você é a única pessoa que pode me ajudar a encontrá-la quanto antes

— Hum... — ela volta a fazer um bico pensativo.

— Você sabe, garoto, que, quando sonhamos com os nossos companheiros, não significa que eles estão literalmente mais perto de nós, não, na verdade, é uma medida desesperada que os deuses acharam de fazerem um casal se encontrarem quanto antes. Já conheci muito companheiros que se conheceram sem nem sonhar um com o outro. Se você sonhou com ela, é porquê tem um motivo muito importante para os deuses os unir nesse momento. — ela estende as mãos enrugadas para mim.

Alfas em GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora