Capítulo 103

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Megan

Não consegui falar com Ronmand.

Estava sendo desesperador e a cada minutos que passava a minha esperança de que ele não partiu essa manhã vai se esvaindo. O celular dava fora de área ou desligado, eu não poderia ir a sua casa por que a maldito do Liam botou o seu homem de confiança na minha cola.

— O seu nervosismo está me incomodando. — resmunga Rubi. Estávamos caminhando pelos corredores da prisão de pequenos delitos. Ele era a mais desprovida de tecnologia e tão antiga quanto meus avós. As celas vivem cheias e a grande maioria dos crimes são sonegações, o meu pai leva a sério quando o assunto é não pagar impostos. Para ter a liberdade, a fiança é o equivalente ao que sonegou para alcateia.

Muitos vão morrer atrás das grades.

— Sinto muito não ser uma morta viva como você. — bem, talvez eu esteja flertando com o perigo. A feiticeira ghoul para e eu continuo a frente até parar e encará-la, com os braços cruzados.

— Algum problema? — arqueio um cenho. Rubi semicerrou os olhos visivelmente irritada. Será que ela jogaria um feitiço mortal em mim? Hum... eu posso sonhar.

— Você é uma garota de sorte. — ela resmunga. Dou um meio sorriso negando. Ser uma Highnorth não é ter sorte.

— Eu e sorte somos antônimos nessa vida. — dou de ombro.

— É o que você pensa. — murmura e volta a andar. Reviro os olhos e sigo-a entrando no corredor cheio de detentos.

O lugar tinha empresários falidos, cidadãos comuns e ladrões compartilhando as mesmas celas. Quando eles nos veem, avançam pelas grades pedindo para que os ajudem, outros se oferecem em casamento. Rubi os fitam como se fossem animais prontos para o abate, talvez esse seja o seu objetivo. Encontrar uma refeição. Sinto um arrepio, talvez eu deva temer suas ameaças, não seria legal ser comida viva por uma ghoul.

— Então esse é o motivo para visitar a prisão? Encontrar uma refeição? — os homens que ouviram o que disse pararam de gritar e recuaram com medo. A feiticeira suspira como se eu fosse uma criança irritante.

— Em partes, sim, cortesia da sua família. Ainda quero visitar a prisão de segurança máxima.

— Eu posso saber o motivo para tal visita, tem curiosidade de saber onde ficaria caso seja presa? — ok, estou pedindo para ser morta e pelo olhar que ela dirige a mim, posso afirmar que pensa a mesma coisa.

— Você... — ela para quando somos interrompidas por dois guardas que se aproximaram.

Um deles eu conhecia de longe, já o vi com Ronmand algumas vezes, mas nunca tivemos contato. O outro avança e se apresenta:

— Senhoritas, eu me chamo Toff, como posso ajudá-las? — Rubi parece aliviada com a presença do homem e se prontifica a detalhar um prisioneiro ao seu gosto. Deixando-os para trás, vou em direção ao segurança mais afastado. Ele arregala os olhos com a minha aproximação.

— Você viu Ronmand essa manhã? — ele hesita por um segundo

— A senhorita não sabe? — pergunta baixinho.

— Não o perguntaria se soubesse. — por favor, que Ron não tenha ido para o sul.

Que Ron não tenha ido para o sul.

Que Ron não tenha ido para o sul.

Que Ron não tenha ido para o sul.

— Ele se juntou com alguns soldados, se não me engano, em direção a floresta negra... — dou um passo para trás.

Alfas em GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora