Capítulo 14

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Skyler

— O que está escrito aí? — Kalel pergunta, fitando o papel amassado em minhas mãos
— O mesmo que os vampiros receberam. — picotei o papel e os joguei fora, tentondo não transparecer a minha raiva. Meu próprio pai quer a minha cabeça e eu não sei como agir.

Kalel para pensativo e seu olhar se torna pesaroso quando as peças se encaixam.

— Agora tudo faz sentido. — murmura. — Nem um lobo leal a você lhe mataria, então, ele mandou vampiros e elfos para fazer o serviço. — é, faz todo o sentido, o meu pai demonstrou ser um grande filho da puta covarde.
— Eu... Posso ir agora? — Murray pergunta assustado.
— Claro que pode! — Kal diz, e pega a sua adaga cortando a garganta do elfo, que cai mole sobre os nossos pés.

Mas o que...

— Não me olhe assim! Você que prometeu a ele, não eu. Nunca deixaria esse filho da mãe por aí para alertar o seu pai que você já sabe dos planos dele.
— Eu não iria cumprir minha palavra, só não esperava que você o matasse agora, estava pensando em fazer algumas perguntas antes!

Argh... Kalel me tira do séria.

— Vamos embora e deixe esse corpo aí, não vão achar tão cedo. — digo e saio do galpão. Encontro Cindy agarrada a bolsa como se fosse seu bote salva vida. Ela sente nossa presença e vira, nos encarando.

— O que ela está fazendo aqui? — Kal pergunta curioso.
— Eu negociei com a feiticeira para solta-la. — digo temerosa com o que virá. Kal me encara por um momento e depois para a humana.
— Oi, meu nome Kalel. — cumprimenta simpático.
— O... oi eu sou a Cindy. — ela aperta sua mão com um sorriso tímido. Ela olha para nós dois e pergunta:
— Você é o namorado dela?
— Sou o futuro marido dela, mas Skyler não está preparada para essa conversa. — diz olhando sacana para mim. Eu reviro os olhos e caminho passando por eles. Eu não vou discutir com ele, até porquê é bem provável que ele mude de ideia quando descobrir sobre o pacto.
Eu realmente não me sinto bem sobre ter essa conversa.
Passo pelo dome com Kal, e Cindy fica para trás, com medo de ultrapassa-lo.
— Não tenha medo, você vai conseguir. — estendo a minha mão para que ela pegue e quando ela aperta a puxo devagar até o seu corpo passar pelo campo de força.
— Ai meu Deus, eu consegui! — Cindy parece não acreditar e me abraça me pegando de surpresa.
— Eu nunca vou me esquecer de você. — sussurra em meu ouvido.


Rubi

Há muito tempo fui perseguida por ser essa coisa que nunca quis ser. Eu nunca fui assim. Era muito poderosa, mas Maximos acabou com a minha vida antes de morrer, me transformando nessa coisa horrenda, mas devo admitir que tem suas vantagens, as pessoas me temem, tem medo de ser o prato principal do meu dia. Estou me reerguendo aos poucos, depois de ser perseguida por lobos por milênios, até pelos Highnorth que sempre os ajudei e apoiei, fui apunhalado e traída.

Mas agora terei minha vingança, não só dos lobos do norte, os Black também, acabarei com todos os lobos do Alasca, sim, antes da morte de Maximos, isso tudo era Alasca, mas com a divisão dos lobos a palavra foi proibida de ser mencionada até que o supremo surgisse. Eu vou acabar com isso, depois que eu assumir o norte, vou atacar o sul, e a minha vingança será linda. Mas tem um problema, aliás, dois. Quando as minhas mãos tocaram as de Skyler, sentir a energia de um Black, o que é impossível para a filha do Norte, a não sei...

A porta bate e um dos meus homens entram.
Koter senta à minha frente com uma expressão indecifrável me deixando mais impaciente com ele.
— Desembucha. O que você viu? — assim que a filha de Olaf saiu da minha cabana, mandei Koter a seguir, sabia que tinha alguma coisa estranha com a energia dela que eu não sabia o que era. Meus poderes sumiram e agora só me restou faíscas que me geram dúvidas.
— Encontrei elas no galpão abandonado, a mulher ruiva entrou e a humana ficou esperando na parte externa. Depois de um tempo ela sai com o lobo do sul.

— Lobo do sul. — mastigo essa sentença. Uma loba do norte ao lado de um lobo sulista. Se eu não estou enganada, a energia que senti pode ser de companheirismo. Agora só preciso saber quem é ele.

Alfas em GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora