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Continuação...

Eu não consegui ficar no shopping com as meninas e os meninos. Minha preocupação era tanta que eu estava quase indo no apartamento do Wallyson.

Desço as escadas com cuidado por causa do parto ainda ser recente. Passo pelos meninos que estavam lá conversando. Pego a chave do meu carro e vou pra garagem ouvindo os meninos me chamarem.

— Stella, aonde você está indo? - Goude pergunta parando na janela do carro enquanto o ligo.

— vou ir buscar minha filha, já estou a quatro horas sem ver ela e ele não vai me fazer de palhaça.

Saio de la cantando pneu com meu audi A3 sedan. Acelero mais pouco me importando multas, meus peitos doíam de tanto leite que tinha e cadê minha filha pra mamar.

Chego na portaria do prédio e estaciono. Pego meu celular e passo na portaria, o porteiro já me conhecia por todas as vezes que eu vim aqui quando namorava Wallyson.

Subo pro andar dele e chego praticamente correndo na porta.

Toco a campainha repetidas vezes esperando alguém abrir até Wallyson abrir com a maior calma.

— cadê a minha filha Wallyson? - empurro a porta entrando não vendo ninguém ali e muito menos sinal da minha filha.

Corro até o quarto não vendo ela ali também. Meu coração aperta e volto pra sala já chorando de raiva e desespero.

— fala Wallyson, cadê minha filha? - peço praticamente implorando o agarrando pela camisa.

— deixa de ser surtada, Isabelle levou ela ali na farmácia pra tomar remédio de cólica. - empurra minhas mãos com ignorância e sai da minha frente me fazendo chorar mais.

— eu quero ela aqui, agora! - limpo as lágrimas o olhando com raiva. — oque você fez que demorou tanto pra levar ela pra mim? - pergunto e na hora Isabelle entra com a Anna que dormia quietinha.

— amor, acredita que deu positivo. Stella, oque está fazendo aqui? - pergunta me olhando com cara surpresa.

Ignoro totalmente os dois e pego a Anna que se aconchega em mim sentindo o cheiro do leite que estava quase vazando o absorvente de peito.

— é realmente deu positivo. - o ouço falar enquanto coloco Anna no bebê conforto e pego a bolsa dela e a cubro direitinho enquanto os dois me olham com cara de cú.

— de que merda vocês estão falando? - fico confusa ao ver o nome de um laboratório e puxo o papel da mão do Wallyson e não acredito no que vejo.

Paternidade do Sr.Wallyson Rodrigues pela menor Anna Dias Rodrigues 99% confirmada...

Paro de ler na hora não acreditando. Amasso o papel com raiva jogando no chão olhando para Wallyson com toda mágoa e ódio.

— eu não acredito que você ainda duvidava de que ela é sua filha. Você é um babaca! - falo com o dedo apontado na sua cara e o mesmo me peita.

— é claro que ele duvidava Stella, passou a gravidez inteira dando pro Ian e depois pro xamã, quem garantiria que a Anna era filha dele mesmo. E lave sua boca pra falar do meu namorado, que eu saiba a rodada daqui é você! - Isabelle fala me fazendo ficar com mais raiva do que jamais tive na vida.

— eu jamais mentiria a paternidade da minha filha, eu sei de cada pessoa com que me envolvi sexualmente. Eu tenho a porra da minha dignidade, nunca mentiria sobre isso, mas se você tinha tanta dúvida assim Wallyson, me pedisse o exame quando fiz o morfológico que eu teria o prazer de esfregar na sua cara como eu quero fazer agora. - mordo o lábio nervosa ao escutar Anna chorar e vou até ela e pego o bebê conforto e a bolsa, deixando no meu ombro.

Kit NovoOnde histórias criam vida. Descubra agora