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Krawk point of view

Desde o dia em que vi que Anna é realmente minha filha e que estava me deixando ir por influências, eu vinha buscando a confiança da Stella novamente, quando a beijei novamente foi para tentar me desculpar. Mas quem é idiota ao nível de achar que um beijo desculpa tudo?
Só eu mesmo!.

Os dias que se passaram foram tranquilos, eu notava que minha filha era cada vez mais apegada em mim e quando eu a fazia dormir cantando sereia, ela sempre dava um sorrisinho e eu me derretia todo, como um belo pai babão que eu sou mesmo.

No dia anterior eu estava no meu home Studio gravando uma música nova, nessa eu colocava todos os meus sentimentos quando minha mãe me chamou e disse que tinha um oficial de justiça me procurando. A princípio eu não entendi o propósito, até ler todo o documento e tirar algumas dúvidas com a minha mãe.

É parece que os avós maternos da Anna a querem tirar de mim e da mãe dela, e ver isso me fez ter um sentimento tão ruim, uma angústia enorme só com o pensamento de que queriam me tirar minha filha.

— filho, eu sei que está mal por quererem tirar a Anna de vocês, mas tem alguém aqui que quer te ver. - minha mãe fala e eu assinto saindo do quarto.

Vejo Stella sentada no sofá com a Anna nos braços enquanto meu padrasto admira minha filha que estava acordada o olhando seria, com um bico enorme.

— Stella, querem nos tirar ela. - falo e vou até minha ex a abraçando e beijo a bochecha da minha filha que sorri pra mim, me fazendo babar por ver esse sorrisinho tão lindo pra mim.

— deixa eu ficar com ela pra vocês conversarem melhor. - minha mãe fala e Stella entrega nossa filha para minha mãe que fica babando na neta junto com meu padrasto.

Sento do seu lado e pego o papel, que eu tinha deixado na mesa de centro e a entrego a fazendo ficar concentrada enquanto lê e eu por mania fico mordendo a pontinha da unha.

— eles não vão conseguir. Temos testemunhas o suficiente de que eles são negligentes e que foram comigo durante a minha infância, não faltava comida e nem educação mas faltou carinho, paciência, amor e compreensão. Eu não sei se meus parentes aceitariam depor a meu favor, e também temos os meninos que viram meu pai me bater. - fala rápido, me olhando com os olhos marejados.

— eu estou com medo do que podem tentar fazer com ela se conseguirem. - passo a mão no rosto, em sinal de nervosismo.

— eu também, minha mãe tentou, quase praticamente me obrigou a tentar fazer o aborto Wallyson, se não fosse Leonardo. - nega e abaixa a cabeça.

Eu podia ver as lágrimas rolarem pelo seu rosto a fazendo ficar vermelhinha pelo choro, minha única reação foi a abraçar enquanto a mesma se agarrava a mim chorando baixo.

— vai passar e nossa filha vai continuar com a gente sempre. - falo e deixo um beijo na sua testa a olhando.

Passo os polegares pelo seu rosto, enxugando as lágrimas que molhavam seu rosto.

— desde o dia em que descobri que estava grávida, foi só problema atrás de problema, ofensas gratuitas em dobro. Eu não me arrependo nunca de ter optado pela vida da minha filha, jamais!, Eu a amo mais do que a mim mesma. Mas se eu pudesse Wallyson, eu juro que por tudo nesse mundo eu já teria sumido com ela, por quê isso tá acontecendo comigo? - me olha enquanto funga baixinho.

— me desculpa Stella, metade dessa culpa que colocam em você e por minha causa. Eu fui tão idiota, eu te julguei, te acusei, me neguei a aceitar e ainda quebrei sua confiança. Deus sabe como me arrependo, mas se sou homem pra fazer, eu sou homem para assumir. - colo nossas testa fazendo contato visual direto. — eu te prometo, que você vai conseguir ser feliz e ficar tranquila com a nossa filha e ninguém vai tirar ela de nós dois, de você. Pois você lutou por ela desde que a descobriu, eu te amo e Deus, eu sou tão burro por não ter enxergado isso. Me ceguei por falsos amores e te perdi.

Kit NovoOnde histórias criam vida. Descubra agora