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uma semana depois...

Hoje seria o dia que ia no meu advogado, que representaria eu e Wallyson, no processo contra a adoção dos meus pais sobre Anna. Por isso, durante essas duas horas de reunião Anna ficaria com Camila, já que a tia Mizia tinha a padaria para administrar.

— amiga, estou indo. Se Anna chorar tem leite que tirei pra ela no frigobar e você sabe trocar fralda, mas se for cólica, pinga três gotinhas na boca dela e faz massagem devagar, que ajuda a passar. Volto assim que puder, pois hoje mais a noite é a estreia do meu canal e temos que estar preparados pra tudo, vão chegar uns pacotes pra mim, pode receber? - pergunto enquanto terminava de abotoar minha sandália de salto.

— claro né. E não se preocupa que eu sei cuidar da Aninha, qualquer coisa eu te ligo e boa sorte lá com o advogado amiga, vai dar tudo certo. - a abraço e deixo um beijo na bochecha gordinha  da Anna que chupava o dedo enquanto me olhava, me fazendo sorrir e pego meu celular vendo a mensagem do Wallyson me avisando que já estava indo para o escritório do advogado.

— estou indo amiga, boa sorte pra mim. - falo e entro no elevador que era dentro do apartamento e peço para parar na garagem.

entro no meu audi A3 sedan e e acelero para o escritório, seguindo o comando do gps, e não demoro muito a chegar e estaciono ao lado da bmw do Wallyson. Ativo o alarme e calço meu salto novamente e entro na grande empresa  e aviso que tenho horário marcado e subo após ser autorizada. Entro na sala após ser anunciada pela secretaria e encontro Wallyson e o advogado já conversando algumas coisas enquanto o advogado lia o documento de pedido da guarda da Anna, o comprimento e sento ao lado do Wally e o mesmo deixa a mão na minha coxa enquanto presta a atenção no que o advogado conversava conosco.

— mas doutor, eu posso arranjar testemunhas do descontrole emocional dos dois, meu pai já chegou a me agredir fisicamente na frente dos meus amigos, isso pode ajudar no processo? - pergunto e o mesmo respira fundo e assente.

— a justiça sempre vai estar do lado do bem estar da criança, e sua filha é um bebê, não separam filhos dos pais por capricho dos avós. Mas se eles tiverem alguma prova que poderia usar contra vocês seria mais difícil. Mas agora sejamos sinceros. - cossa a sobrancelha e bebe um pouco da água e eu aperto a mão do wally me sentindo com o coração acelerado. — A justiça iria avaliar as condições dos pais em situações para verificar se estes possuem condição, ainda que mínima de criar os filhos. Não há regra fixa de que lado ficaria. Como já deve imaginar. Depende de casos a parte em que se verificaria a precariedade dos pais e as intenções dos avós se seriam de boa-fé ou não. Não obstante ainda há divergências entre a aceitação de adoção familiar, então poderia ter casos que não ia para um nem para outro e sim para uma instituição pública.

fala e sinto meu coração palpitar com qualquer minima possibilidade da Anna ser tirada da gente e ir para deus nos livre, um lar de adoção. Respiro fundo e olho Wally que estava serio até demais.

— Isso que dizer que? - pergunto enquanto minha mão treme enquanto aperto a do pai da minha filha ao me lado.

— isso quer dizer que, Enquanto que não há regra em lei determinando, toda a decisão é jurisprudencial. Ou seja, vai depender do caso e do que for verificado e julgado, e aí sim decidido, podem haver casos em que os pais ficariam com a guarda. Ainda em situação precária.E há casos em que familiares ganhariam direito a retenção desta guarda.E claro. Há casos em que a guarda fora transferida para uma instituição de adoção, a depender de vários fatores.Além do mais. Até o desejo da criança implica sabia?Sem falar a idade que também pode mudar isso. - volta a falar e me sinto mais desesperada 

— mas Anna é um bebê, e eu tenho sim como provar a agressão física do pai da Stella. Oque acontece? ela fica com quem? - ouço Wally perguntar 

— Provavelmente com os avós, mas não posso te dar uma certeza que só o juiz com o caso em mãos faria. Isso depende de uma centena de fatores. - assinto devagar e bebo um pouco da minha água. — Verificada a requisição de ma-fé dos avós e a falta de financeiro da parte dos pais. Entraria em pauta a questão de envio para instituição pública. Mas também, obviamente, há exceções.Digo isso, pois pediram a guarda com a pauta de que vocês não tem renda fixa - finaliza e eu fecho os olhos, me sentindo trêmula por tantas informações assim.

 — bom doutor, inicie o processo a nosso favor e depositaremos o pagamento agora mesmo. Por favor, nos ajude a manter a guarda da nossa filha conosco. - falo e termino minha água.

Aperto sua mão o agradecendo e Wally faz o mesmo e saímos da sala juntos. Sinto seu braço passar pelo meu ombro me confortando. Deito a cabeça no seu ombro, me segurando para não chorar igual uma desesperada no meio do prédio.

 — eu tenho fé de que nossa filha vai ficar com a gente, e só com a gente que ela vai ficar a vida toda. - fala e deixa um beijo na minha testa e saímos juntos do prédio e vou para o meu carro e o mesmo me abraça antes de eu entrar no carro.

 — eu tenho fé, nós temos fé e vai dar tudo certo. - falo e  sinto seus lábios colados ao meu, me beijando calmamente e eu retribuo, deixando as mãos no seu abdômen, parando aos poucos com a falta de ar.  — vai ir lá em casa gravar hoje comigo para o canal? - mudo de assunto para não pensar no pior e o mesmo assente e sela meus lábios novamente.

 — vou agora, pode ser? quero ver minha pequena e ficar um pouco com ela. - fala e eu entendo na hora, ele esta com tanto medo quanto eu de perder nossa filha.

 — nos vemos lá então, também estou querendo ficar com a minha pequena. - falo e selo novamente nossos lábios e entro no meu carro e ligo o mesmo, buzinando ao passar ao seu lado e acelero pra casa, vendo sua bmw atrás de mim.

Chego meia hora depois e vejo a bm parar ao meu lado, após entrar pela garagem, eu tenho duas vagas de garagem e ele geralmente usa, quando vem visitar Anna. saio do carro e tranco após pegar minha bolsa e damos as mãos entrando no elevador. O mesmo me abraça  e tira uma foto me fazendo rir. Assim que paramos no meu andar e a porta abre, já me fazendo ouvir o choro alto da Anna. Corro para o quarto da mesma e vejo Camy tentando dar a mamadeira, passo o álcool em gel nas mãos e já pego a mesma a dando de mamar, após tirar a blusa e vejo Wally respirar aliviado vendo que ela só estava querendo mamar.

 — amiga, oque aconteceu? - pergunto e cami senta na minha frente.

 — ela tava dormindo e do nada acordou chorando, desculpa. - pede e eu sorrio a olhando.

 — tudo bem, Anna as vezes acorda assim do nada. - rio e a mesma respira aliviada e sai do quarto após deixar um beijinho na testa da afilhada e passa pelo Wally deixando um tapa na sua testa o fazendo rir e vir até a gente. O mesmo se abaixa e deixa um beijo na testa da nossa filha que o olha e da um sorrisinho enquanto mama.

Eu amo esses dois demais... FIM



É BRINCADEIRA GENTE KKKKKKKKK. OQUE ACHARAM DESSE CAPITULO TENSO HEM?

Kit NovoOnde histórias criam vida. Descubra agora