Meu Amor É Um Vampiro.

*62*

- Vocês demoraram, aconteceu alguma coisa?_ Mãe pergunta enquanto enxuga suas mãos em seu avental florido.

-Não, está tudo bem._ falo fechando a porta após Tiffany e Vitória entrarem.

-sei..._ Falou desconfiada.- seu pai ja está  esperando por vocês._ concluiu com um sorriso doce no rosto.

Formos em direção ao lugar preferido do pai, A churrascaria. Ele estava de costas enquanto assava as carnes que exalavam um cheiro de dar agua na boca.

Meu irmão já estava comendo a mesa. Enquanto obsevava o pai. Diogo amava o pai, sempre esteve atrás do mesmo por onde ele ia.

- oh, vocês chegaram! _ Pai fala após perceber a nossa presença com um sorriso alegre no rosto.- sentem, vou pegar os pratos para vocês._ Falou indo em direção a porta da casa.

Minutos Depois, todos estavam juntos. Comendo a mesa. Todos riam das histórias do pai, enquanto a mãe servia sua maravilhosa comida.

Um momento que todos que eu amava estavam juntos a mesa, um momento em que problemas e nem grandes responsabilidades existiam e muito menos conflitos internos.

Me enche de luz ver o sorriso de todos.

Luz....

Mas agora, e como se um novo ciclo tivesse começado. 

Uma completa escuridão me envolvia nesse momento.

Nunca mas irei ver a luz?

Porque estou começando a me desesperar por saber disso?

Não foi eu mesma que pedir por isso?

Havia pessoas ainda lá fora, que por mais estranho que pareça eu queria estar por perto. Difícil e doloroso de se dizer. Mas, eles se tornaram a minha nova família.

Morrer e o fim de tudo? Não, eu não quero morrer.

Tiffany ainda estava lá, não posso deixá-la sozinha.

Eu quero sair daqui!

Comecei a me mecher, e a empurrar desperadamente a tampa do caixão.

- Eu não quero morrer._ repetia constantemente essa frase enquanto empurrava com todas as minhas forças.

Até uma grande brecha de ar entrar juntamente com a imagem nítida do céu amanhecendo com a sua maior maestria Divina. 

comecei a tentar a subir, estava muito escorregadio. Eu não conseguia subir.

O Desespero começou a tomar conta de mim novamente.

Será meu fim?

Até eu sentir uma mão segurá firmemente meu braço me puxando para fora da cova e me colocando em terra firme.

-Estou.... Viva?_ pergunto olhando  para o céu que amanhece pouco a pouco, sem acreditar na possibilidade de estar de volta a "vida".

Da cabeça aos pés, eu estava toda suja de lama. Eu não estava nem um pouco me importando  com as minhas condições. Oque mais me importava naqueles instantes, era está podendo ver a luz do dia outra vez.

-Sim, você está viva._ A voz  do Dylan soou ganhando a minha Atenção.

-Porque você está aqui?_ pergunto supresa com a sua presença. - Ja faz três dias que você esteve ai dentro._ respodeu tirando um lenço branco de seu bolso.- Você ficou aqui esse tempo todo?_ pergunto ao percebe sua roupa enxarcada pela agua da chuva.

- Como eu poderia voltar para casa sabendo que você está em um caixão?_ questionou vindo em minha direção e estendendo o sua mão com o lenço limpando delicadamente a lama que havia em meu rosto.- estive aguardando você sair._ concluiu

- Mas... e se eu não saísse? _ perguntei fazendo o mesmo parar de limpar o meu rosto.- Eu não pensei sobre isso. Apenas  te esperaria sair._ respondeu.- Não tinha um plano B._ concluiu

- Quando um humano percebe que está prestes a morrer, o Desespero da perda toma conta do mesmo, fazendo o arrepender amargamente por tal feito._ Falou enquanto dobrava seu lenço.- Ele daria tudo para ver a luz do Dia novamente. _ concluiu fazendo lágrima começarem a invadir a minha visão.

Em um ato sem pensar, apenas fui na direção do mesmo o abraçando. Eu estava chorando, mas não por tristeza. E sim por alívio ao ver a luz do dia novamente.

-Obrigada, Dylan._ Falei entre pequenos soluços Enquanto Dylan retribuía o abraço.