My Love Love Love

Cap. 40

[ Por acaso já disse que vocês são os seres mais engraçados que conheço? Eu sempre leio as reações de vocês e as vezes eu juro que vou morrer de rir ou de felicidade. Me deixa de coraçãozinho cheio saber que vcs gostam tanto da fic. ❤️ - Xoxo Bear 🐻]

Pov Yves

Yep, eu estava uma pilha, mal consegui dormir e sem Hyejoo ali eu me sentia perto de colapsar.
Nop, eu não iria estragar um dos dias mais felizes da minha irmã com minhas próprias cagadas.
Yep, eu levantei cedo naquele dia e nop eu não estava preparada, nem um pouco.

Meu corpo tenso caminhou até o banheiro.

O espelho não mente, e eu estava horrível, parecia que um carro havia me atingido com tudo, e as olheiras eram difíceis de esconder.
Somente suspirei pesado e fiz minha higiene matinal. Eu precisava de algo pra me aliviar.

Coloquei uma roupa confortável e saí de casa em passos lentos e perdidos até a cafeteria perto da casa de Haseul. Sim, eu sei, muito mais longe que o normal. Por quê? Nem sei. Aquele lugar me trazia um pouco de paz, mais paz do que frequentar a lanchonete na qual eu e Jiwoo tivemos nosso de certo modo pontapé na história. O que eu menos precisava naquele momento era ficar relembrando tudo pois a culpa me consumia. Eu só queria tirar tudo aquilo do meu peito e me desculpar. Mas não era tão simples. Não era. Ter que contar tudo aquilo pra alguém? Ter que me abrir daquele forma pra alguém e contar o fato que mais magoou nessa vida? Eu nunca havia contado isso pra ninguém. Eu sequer permiti a minha irmã saber o que tinha acontecido...

Antes que pudesse perceber meus pés estavam a frente do estabelecimento, porém não entrei. Me virei para outro caminho e parei na pracinha quase em frente ao local.
Após me sentar em um banco qualquer, suspirei colocando a cabeça em meus joelhos.

— Yves? - uma voz que no momento não reconheci pela minha distração se fez presente. Assim que encarei a dona não podia acreditar no que via.
Era muita cara de pau. Muita cara de pau.

— Que diabos você qu-

— Por favor! - Sana me cortou desesperada - Eu não estava atrás de você. Não estava nos meus planos te encontrar assim. Mas... Deixa eu falar com você. Por favor...

Suspirei pesado apertando minhas têmporas. Por que eu ainda confiava nela? Por que eu simplesmente não ia embora?
Acho que sentimentos antigos não se vão embora completamente. Não, eu não a amava mais. Mas ainda tinha aquela pitada de confiança, de querer cuidar e querer o bem de alguém que um dia foi tão importante. Acho que por essa razão eu sempre a deixava falar.

— Você não tá cansada de aparecer toda vez e bagunçar tudo? O que você ganha com isso? - a encarei e seu semblante era vazio e triste, em muito tempo, seu rosto não jogava em mim aquele sorriso irônico, cínico. Era só... Triste.
Ela suspirou e não se aproximou mais. Ela mantinha uma distância segura, e eu não sabia dizer se era por mim ou por ela. Eu poderia simplesmente lhe dar um soco por tudo o que fez. Mas essa definitivamente não era a razão pra ela se manter longe. Tinha algo diferente ali. E eu a encarei novamente a vendo se sentar na grama aproximadamente um ou dois metros longe.

— Sim, eu estou cansada... - ela respondeu olhando o chão e eu demorei alguns segundos para me lembrar da pergunta que havia feito - Eu estou muito cansada. - a encarei firmemente e ela apenas encarou o chão por alguns minutos em silêncio.

Por dentro eu queria muito ir embora mas ao mesmo tempo eu queria saber sobre o que aquilo se tratava

— Eu não te culpo por me odiar. - disse finalmente - Eu sei que é culpa minha, e justificar isso não tira o fato de ainda ser culpa minha. De novo eu não planejava te encontrar aqui, mas você provavelmente não vai me dar nenhuma outra oportunidade então eu tinha que fazer isso agora.