Reencontros IX

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***Rafael

Assim como Félix, Plínio também conseguiu conservar uma juventude invejável aos olhos de simples mortais... Qualquer um que o visse, jamais imaginaria que o homem acumulava seus trinta e poucos anos.

O tempo parecia tê-lo feito bem...

Gabriel não estava muito diferente do que eu me lembrava. Seus cabelos loiros e encaracolados permaneciam do mesmo jeito.

— Cara, nem acredito que tu tá de volta! — O parceiro de Plínio me abraçou. — Não faz idéia do quanto sentimos a tua falta!

Assim que me soltou, ele deu um passo para trás e me segurou pelos ombros, me olhando bem nos olhos enquanto esboçava um largo sorriso.

— Calma, Gabriel... Foram só alguns anos longe. — Falei.

— Só alguns anos? Tá de brincadeira!!! Pareceram uma eternidade, seu malandro! — Protestou ele.

Gabriel me soltou, então, foi a  vez de Plínio me cumprimentar:

— E aí... Como tem passado?! — Ele estendeu-me a mão direita.

— Estou indo bem. — Respondi retribuindo o apertado de mãos. — Então... Vejo que vocês, realmente, seguiram adiante com o relacionamento.

— Acho que não tinha como ser diferente, né? — Questionou o homem soltando minha mão.

— Verdade! — Concordei. — Não sabem o quanto eu fico feliz por ver que todos vocês ficaram juntos. — Olhei para todos os casais presentes próximos.

— E quanto a você, meu amigo? — Quis saber Gabriel.

— Bem...

Quando eu ia responder a pergunta do loiro, Beatriz interrompeu minha fala:

— Esse boboca fisgou esta moça linda aqui! — Ela tinha uma de suas mãos pousada sobre as costas de Luna.

— Não brinca???!!! — Gabriel arregalou os olhos, encarando as duas.

— Sério!... — Continuou Beatriz. — Esta é, Luna Gabrielle, esposa do Platinado... Não me pergunte qual o problema dela, porque eu ainda não descobri. Mas se suporta esse idiota, ela é no mínimo um anjo sem asas.

— Que isso, Beatriz... Não pegue tão pesado com ele. — Luna me defendeu, com certa timidez. — Rafa é uma boa pessoa... Foi muita sorte eu tê-lo conhecido.

Seiii... — Beatriz revirou os olhos.

— Prazer em conhecê-la, Luna. — O loiro de cabelos encaracolados, pôs-se a falar. — Meu nome é Gabriel... E este é meu maridão, Plínio.

— Encantada. — A moça inclinou a cabeça abrindo um sorriso.

— Mas então... Há quanto tempo estão juntos? — Quis saber Gabriel.

— Bem... — Ela fez uma pausa. — Ao todo, fazem quinze anos que nos conhecemos.

— Caramba!!! — Exclamou o loiro.

— E ainda não desistiu desse embuste, minha filha?! — Beatriz perguntou com ar cômico. — Realmente você deve amá-lo. É praticamente impossível ficar por perto do Rafael por muito tempo, sem sentir vontade de matá-lo.

— Que crueldade, amor... — Félix riu.

— E eu estou mentindo? — Perguntou a mulher.

O Belo e O Fera: Herdeiro do Mal; Batalha dos Imortais [Livro 4]Onde histórias criam vida. Descubra agora