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Destruída!!
Essa é a palavra que me defini agora. Tudo na minha vida nunca doeu tanto quanto isso, e olha que já sofri bucados. Eu me sinto quebrada, por dentro. Acho que o maior medo de uma mãe e ver seu filho sofre ou se machuca. E por isso sempre estamos protegendo e cuidando para que um dia ele possa cuida e proteger seus próprios filhos. Mas saber que eu deixei minha filha passar por tudo aquilo, e não ter percebido nada me doi profundamente.
Me sinto uma péssima mãe, uma péssima pessoa, eu não vi e tava tudo tão evidente. Agora que sei a verdade, coisas que talvez no passado eu não notei fazem tanto sentindo. Eu fiz minha filha tomar remédios que ela nem precisava, fiz ela passar mal todas as vezes que tomava, fiz ela ser submetida a uma cirurgia que era falsa. E a cicatriz da cirurgia era fina. Não parecia que foi profunda. Achei que era por ela ser pequena, mas não. William tem várias cicatrizes e as dele são profundas, de um jeito que se eu toca eu irei senti. Minha filha uma criança de 6 anos sofreu o que eu deveria ter sofrido. Porque tudo isso era pra mim, e ela acabou pagando pelos meus erros. E o pior e que o infeliz que fez isso com ela tá foragido. Tá em algum lugar rindo da minha cara e eu quero mata-lo. Quero enfia uma faca no coração dele pra ele senti a dor que fez minha pequena passar.
Estou tão perdida em pensamentos que nem percebo que estou sozinha no quarto, William não está. E talvez ele também esteja absorvendo essa notícia. E por isso não resolvo ir atrás dele. Mas da minha pequena eu vou. Saio do quarto e corro até encontra-la sentada jogando algo com o avô.
Antes de me aproxima respiro fundo, e limpo minhas lágrimas, chego mais perto e abraço ela por trás.
- Minha vida, como você está? - pergunto cheirando seus cabelos.
- Bem mamãe.
- Que bom, eu estava pensando, que tal irmos brinca depois no parquinho aqui da casa, juntas em? - pergunto ficando ao seu lado.
- Eu iria amar, mas e que combinei de jogar outro jogo com a tia Lorena. Mas eu posso dizer pra ela que eu brinco depois. Aí nois brincamos juntas. - diz e me orgulho tanto da minha filha, sempre fazendo as coisas pra agradar os outros.
- Não precisa, pode brinca com sua tia. Mas promete uma coisa?
- Claro, o que???
- Que vai dormi agarradinha hoje comigo.
- Sim!!! - diz empolgada, e a deixo termina sua brincadeira com seu avô.
Vou dá uma volta pela casa e percebo que hoje o Peter iria acorda. E eu queria está lá pra ver. Começo a procura o Will e não o encontro em lugar nenhum. Estou perdendo as esperanças de encontrá-lo, quando o vejo na cozinha falando algo com a minha mãe.
- Ela sabe de tudo isso? - Minha mãe pergunta se referindo a alguém.
- Sabe, a deixei no quarto. Eu provavelmente serei a última pessoa que ela irá querer me ver agora. Se eu já me odeio, por ter deixado isso tudo acontece imagina ela.
