Capítulo 19 – Quadribol – Sonserina x Grifinória
Definitivamente aquela conversa fora decisiva para o relacionamento de Harry e Snape. Depois que saiu do escritório do mestre de poções Harry estava muito mais leve e até mesmo deu um singelo sorriso para a professora McGonagall quando chegou atrasado na aula e recebeu uma pequena bronca pelo atraso, a professora franziu a testa para seu sorriso, mas Harry não se importou, estava contente naquele momento e muito pouca coisa poderia retirar sua felicidade.
De fato o restante dos dias foram muito melhores em seu ponto de vista, até mesmo na aula de poções aguentar as humilhações do professor foi muito mais fácil do que pensara, agora que sabia que era apenas uma encenação da qual ele compartilhava gentilmente não deixando dúvidas a ninguém de que aos olhos dos outros Harry Potter e Severus Snape se odiavam como se fossem água e óleo, algo tão constantemente diferente em seus elementos básicos que jamais se misturariam. Porém por dentro de cada um crescia cada vez mais o carinho que os acalentava em momentos como aqueles em que as palavras ferinas saiam da boca de Snape, e mais ainda quando algo importante acontecia e eram obrigados a guardar para si enquanto não podiam se ver devido o grande volume de deveres que Harry tinha para fazer, que o obrigava a ficar trancado na torre da Grifinória sem a menor possibilidade de ir para as masmorras, como começara a fazer após a permissão de Snape.
Finalmente os deveres deram uma trégua para o menino e ele pôde distanciar sua mente dos livros e pergaminhos e se dirigir embaixo da capa de invisibilidade para as masmorras após o jantar. Como ainda não era o horário de se recolher teve muito trabalho para andar naqueles corredores frios, pois havia muitos alunos que iam e vinham da sala comunal da Sonserina para o salão principal. Após o que lhe pareceu muitos minutos conseguiu chegar até a porta da sala de Snape e esperou o momento certo para bater, conseguiu dar três batidas baixas quando um estudante passou perto de si e espirrou. Alguns segundos depois Snape abriu a porta e olhou desconfiado para os alunos que estavam ali fora franzindo a testa sem entender quem o incomodara.
- Sou eu, Harry. – Disse Harry baixinho.
Snape não fez nenhum sinal de que tivesse entendido, mas deu espaço para que o menino entrasse enquanto ainda olhava a movimentação nos corredores. Depois do que lhe pareceu ser tempo o suficiente para que Harry entrasse, fechou a porta e se virou olhando para sua sala exatamente como estava antes de abrir a porta.
- Agradeceria se tirasse a capa.
- Desculpe. – Pediu Harry despindo a capa e a dobrando. – Às vezes esqueço que estou com ela.
- Imagino que se sinta assim mesmo, considerando a grande quantidade de noites em que perambulou pelo castelo vestido com ela.
- Não foram tantas noites assim. – Disse Harry sorrindo. – Só umas quatro vezes por semana.
- Eu deveria lhe dar uma detenção.
- São só algumas fugidas da sala comunal. Algumas vezes preciso pensar e lá é muito cheio. Nunca se sentiu assim?
- Acho que posso imaginar como se sente.
Harry colocou a capa em cima de uma cadeira próxima e se sentou na mesa do homem que levantou uma das sobrancelhas e cruzou os braços.
- Saia de cima da minha mesa, imediatamente. – Vociferou entre dentes.
Harry bufou e saiu de cima da mesa ficando parado ao lado da mesma e olhando para o professor enquanto ele corrigia trabalhos e provas. Snape acenou a varinha e uma cadeira se materializou ao lado dele que indicou que Harry poderia se sentar ali.
- Já fez seus deveres de casa? – Questionou sem tirar os olhos de um pergaminho que lia com atenção.
- Ainda não, farei esse final de semana.
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Traiçoeiros Sentimentos (Severitus)
RomanceFIC SEVERITUS - NÃO SNARRY! Após tantos anos vendo Harry Potter sofrer nas mãos de seus tios, Dumbledore finalmente consegue uma forma de passar o laço de sangue de Lillian para outra pessoa. A partir desse momento Snape se vê obrigado a aturar o me...