Um passeio ao Beco Diagonal

4.8K 474 397
                                    

Capítulo 15 – Um passeio ao Beco Diagonal

- Suba. – Sussurrou Snape levantando-se sem deixar de olhar para a porta.

- Quem é? - Perguntou Harry baixinho seguindo o olhar de Snape.

- Não sei.

- Será um bruxo?

- Possivelmente não, os alarmes tocariam se um bruxo passasse pelas linhas dos feitiços, mas não tenho como garantir. Agora suba.

- Mas e se for algum comensal?

- Harry... SUBA! – Rosnou entre dentes.

Harry abriu a boca querendo dizer que ficaria ali junto com ele, mas pensou melhor e se dirigiu as escadas subindo sem fazer barulho até parar no último degrau onde se abaixou escondendo-se e tentando ouvir o que acontecia na sala. Snape ouviu a segunda batida. Franzindo a testa e cerrando os lábios retirou a varinha do bolso e avançou para a porta. Quando a terceira batida foi ouvida, a maçaneta foi girada. Snape abriu a porta e olhou para seu visitante, a varinha estava firmemente segura atrás das costas. Em sua mente Snape esperou encontrar qualquer pessoa em seu batente, até mesmo Voldemort, mas jamais imaginou que iria encarar o sorriso aberto da senhora Vany Smean.

- Olá! Acho que nunca fomos apresentados. – Disse a mulher estendendo a mão. – Sou Vany Smean, sua vizinha.

Snape observou a mulher de cima a baixo, podia sentir o poder de veela que ela tinha em seu sangue. Concentrou-se em feitiços mudos para descobrir se era alguém disfarçado e sentiu um alívio ao perceber que era apenas a vizinha. Apesar de apertar a mão da mulher, Snape nada disse, apenas continuou olhando-a com surpresa e desconfiança.

- Desculpe lhe incomodar, mas minha filha está doente e as farmácias estão fechadas hoje. No entanto eu vi que você tem um jardim com algumas ervas que podem ajudá-la. Queria saber se pode me dar um pouquinho.

Harry estivera o tempo todo apenas escutando aquela voz doce que falava com Snape e apesar de lutar para permanecer no mesmo local a vontade de descer e vê-la era forte demais.

- Claro que podemos ajudá-la. – Disse o menino olhando-a com os olhos vidrados

Snape quase soltou um rosnado ao vê-lo parado no meio da escada. Todo o seu cuidado para protegê-lo e escondê-lo fora em vão, pois o adolescente não conseguia ser imune ao charme de uma veela.

- Entre, por favor. – Pediu Snape querendo fechar a porta de sua casa o mais rápido possível. A varinha continuava segura em suas costas. – O que sua filha tem?

- Acho que pegou alguma virose, está com febre e vomitando.

- Provavelmente é algo que ela comeu ou realmente uma virose. Vou lhe dar o que precisa. Aguarde aqui, por favor.

A bela mulher assentiu e se sentou comportadamente no sofá gasto. Harry rapidamente se sentou na poltrona ao lado e sorriu para ela com seus olhos enormes e atentos. Snape bufou. Vany deu risada.

- Olá, sou Harry Potter. – Disse Harry estendendo a mão.

- Prazer, Harry Potter. Sou Vany Smean, moro ali do lado, com minha filha. Nunca te vi aqui antes, se mudou agora?

Antes que Harry pudesse responder Snape o pegou pelo colarinho e o levantou pedindo licença para a mulher e indo com o menino para o jardim.

- Está maluco? – Questionou largando-o bruscamente.

- O que foi? – Harry não fazia a menor ideia do por quê Snape estava agindo daquela forma.

- O que foi? Eu mandei ficar lá em cima. Poderia ser um servo do Lord disfarçado.

Traiçoeiros Sentimentos (Severitus)Onde histórias criam vida. Descubra agora