Almofadinhas apronta na hora do chamado

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Capítulo 31 - Almofadinhas apronta na hora do chamado

Snape podia dizer que os dias que se seguiram foram relativamente calmos, os alunos eram como sempre uns cabeças ocas que não conseguiam aprender nada do que ensinava e achavam que as respostas dos testes apareceriam na frente de seus olhos como um milagre vindo do céu. Mas Snape sabia muito bem que milagres não aconteciam, a não ser o de Harry estar se comportando como um filho bem educado. Ele estava aprontando, tinha certeza disso. Claro que adorava o fato dele se concentrar melhor nas aulas e ficar longe de encrencas, principalmente com Malfoy, mas no fundo sabia que isso era passageiro. Ainda assim, agradecia a Merlin por esse momento de sossego que lhe dava o tempo livre para pensar em coisas importantes como o plano de Malfoy e o próximo passo do Lord. Sabia que o tempo passava rápido e começava a se esgotar, a solução precisava ser dada com precisão e sem falhas. Draco estava desesperado, com medo e podia confessar para si mesmo que também estava. Sabia tudo que estava em jogo caso falhasse. Não podia falhar.

- E como está o avanço do senhor Malfoy? – Perguntou Dumbledore olhando para Snape de sua cadeira atrás da escrivaninha.

- Draco está com medo, teme não conseguir finalizar a tarefa.

- Com certeza ele não vai e é aí que você entra.

- Ainda não acredito que concordei com essa ideia absurda que saiu de sua cabeça. – Disse Snape com ódio na voz.

- A questão não é se você acredita ou não e sim que aceitou e não aceito que volte com sua palavra.

- E se der errado Dumbledore? Tudo que planejamos está apenas como suposições. Há mil fatores que podem mudar o rumo desse seu plano maluco.

- E você acha mesmo que eu não pensei nisso, Severus? – Perguntou o homem dando um sorriso mínimo para o professor a sua frente. – Não vamos nos preocupar com isso no momento, temos coisas mais importantes. Precisamos que Draco venha falar comigo.

- Sabe muito bem que ele não virá. Draco não sabe que sou um espião para você e sou a única pessoa em quem ele confia e nem mesmo confia mais. Se eu falar alguma coisa agora temos grandes chances do Lord ficar sabendo.

- E isso não pode acontecer, você precisa firmar lugar ao lado de Voldemort, preciso de um espião junto dele.

- Eu sei.

- Então vamos revisar novamente o plano e depois você tenta acalmar o senhor Malfoy para que não acabe fazendo besteiras.

- Claro, diretor.

Snape não foi almoçar naquela segunda, aproveitou o tempo do almoço para revisar o plano com Dumbledore, tinha que admitir que no fundo era um bom plano e que iria ajudar e muito, mas não podia negar que a falha, por mínima que fosse, causaria mais estragos do que a execução do pedido do Lord. Agora era o momento de ser muito cuidadoso e pensar com atenção a cada mínimo detalhe. Após o término do almoço Snape foi dar suas aulas que por algumas horas retirou de sua cabeça qualquer pensamento envolvendo esse plano, o futuro, Draco, Harry e Vany que insistia em aparecer diante de suas pálpebras nos momentos mais impróprios.

Não tinha notícias da mulher desde a volta as aulas, o que aconteceu há mais de um mês. Sabia que o fato de não receber notícia alguma era porque ela e sua filha estavam bem e seguras, mas isso não tirava o fato de que no fundo queria que houvesse um chamado dela. Perdera as contas de quantas noites passara em claro pensando naquele rosto anguloso, nos lábios vermelhos e os cabelos loiros. Já nem se importava mais de acordar a noite com o volume grande dentro da calça, desistira dos banhos gelados, só o que resolvia, mesmo que momentaneamente, era sua mão se fechando sobre seu órgão e massageando-o enquanto sua mente o enchia de ilusões do corpo da veela.

Traiçoeiros Sentimentos (Severitus)Onde histórias criam vida. Descubra agora