O fim parte 3

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É isso aí pessoal, chegamos ao final dessa fic maravilhosa que fico muito feliz de vocês terem gostado tanto a ponto de acompanhar até aqui... 

Muito obrigada por todos os comentários e todo o carinho que recebi de vocês. Isso vale tudo. Obrigada mesmo. 

Bjusssssssss


Capítulo 52 – O fim parte 3

Draco respirou fundo, estava terrivelmente sem fôlego. Piscou os olhos por um instante até que finalmente compreendeu o que acontecera e só conseguira ver o quadro inteiro quando viu Harry mais adiante com a varinha erguida. Pelo que parecia, o moreno lançara um feitiço em direção a Zabine enquanto o seu ia para Crabbe. Na confusão outros feitiços foram lançados fazendo com que os diversos itens da sala caíssem como cascata em cima deles. Harry conseguiu se afastar a tempo, mas o mesmo não se podia dizer de Crabbe, soterrado embaixo dos entulhos, apenas a mão morta a vista.

Com dificuldade Draco retirou algumas coisas estranhas e velhas que caíram em cima de si. Sentiu um fisgão forte na coxa ao tentar se levantar, sua perna formigava e era difícil encostar o pé no chão. Com cuidado deu um passo à frente e grunhiu com a dor, mas logo deu outro passo em direção a Harry e assim que os olhos verdes prenderam-se aos seus não houve mais dor, nem cansaço, nem ao menos sentia a pele suada e cheia de poeira, os cabelos loiros agora cinza de fuligem e as roupas rasgadas. Tudo que via era Harry.

Mas então ele se foi, o moreno deu-lhe as costas sem nem mesmo lhe dirigir a palavra e o deixou na dor da solidão, acabado e desolado.

A raiva subiu por Draco esquentando o corpo trêmulo, dando foco a visão embaçada e força nas pernas fracas. Apertando a varinha nas mãos seguiu pelo corredor até chegar ao corpo desacordado de Zabine. Assim que constatou que seu amigo estava bem, apenas inconsciente, seguiu tropeçando e mancando. Após virar três corredores viu as costas de Harry alguns metros à frente.

- POTTER!!!!

Os chamados gritados eram claramente ouvidos por Harry, mas igualmente ignorados. O grifinório não podia perder-se em lembranças antigas e nem mesmo se dar ao luxo de esperar ou falar com Draco. Seu tempo era curto e suas chances menores. Precisava destruir as Horcruxes. Mas Draco não desistiria tão fácil, faria o que fosse possível para parar aquele menino, aquele ser estranho que estava em Harry, corroendo sua alma, matando o único ser luminoso que conhecera em sua vida.

- Não me ignore seu idiota!

- Não tenho tempo para você, Draco. – Respondeu Harry sem parar de andar. – E você não pode continuar andando, melhor ficar parado ou logo Madame Pomfrey não poderá curar sua perna.

- Que se foda minha perna. Você vai me ouvir, nem que seja a força.

Draco fechou os olhos com força e trouxe a tona todas as lembranças na sala precisa, todas as tardes perdidas, noites roubadas. Dos lençóis jogados no chão junto com as roupas. Então quando abriu os olhos viu-se diante de Harry e sua raiva no meio do quarto branco com uma cama de casal. O quarto deles, o local sagrado onde confissões foram feitas e amores revelados.

- Já disse que não tenho tempo para isso.

- Isso? Agora eu sou "isso", Potter?

- Tenho assuntos sérios a resolver.

- Nós somos o assunto sério, Harry! Nós. Será que é tão cabeça dura assim para entender algo que está na sua cara?

- Então o que quer discutir sobre nós?

- O que houve com você?

- Você não é a mesma coisa que nós.

- Foda-se conceitos e explicações. Me diga o que houve com você.

Traiçoeiros Sentimentos (Severitus)Onde histórias criam vida. Descubra agora