Capítulo 28 - Sentimentos estranhos em meio ao canil
Uma coisa que qualquer um aprende ao conviver com Snape é que o homem sempre acorda antes do sol se erguer, porém naquela manhã os raios solares já invadiam seu quarto iluminando-o graciosamente e ele continuava a dormir. Sua mente lhe dizia que devia acordar, mas era Natal, havia um resquício de sol no meio do inverno, seu corpo estava dolorido e, esse era o ponto principal, estava confortável como não ficava há anos. Respirou fundo expirando um aroma reconfortante e suave. Aos poucos a consciência começava a ganhar espaço, mas Snape não queria acordar, queria dormir profundamente e continuar a sonhar com a mulher loira que estava colada ao seu corpo.
Respirou fundo sentindo o calor nas pontas dos dedos. Onde estavam? Na praia, montanha, em um hotel ou deserto? Na verdade, não interessava, o que importava era que ela estava ali em suas mãos. Seus dedos mexeram-se tocando a barriga lisa por baixo da blusa branca sentindo os pelos ralos arrepiarem-se ao mínimo toque. Sua mão subiu pelo abdômen chegando próximo aos montes macios de seus seios. Sua boca abriu em um arfar mudo quando ela se moveu indo de encontro ao seu corpo colando suas costas em seu peito e encaixando o quadril ao seu provocando-o a ponto de deixar suas calças apertadas. Sua mão fechou-se delicadamente sobre o monte macio causando um gemido.
Foi esse som, mais do que qualquer outra coisa que lhe despertou e o trouxe para a realidade. Seus olhos abriram-se e se depararam com cabelos loiros dotados de uma fragrância feminina que o deixava tonto. O que ela estava fazendo ali? Ainda estava sonhando? Não, sabia que não estava, seja lá o que estivera acontecendo era real. Sem se mexer fechou os olhos novamente e tentou entender o que estava ocorrendo, foi então que se lembrou. Viu-se passeando ao lado dela no mercado, depois no hospital onde ela segurava sua mão com força, depois ele estava em casa com ela, mas teve que sair. Voldemort, fora ele o motivo de sua saída. E houve o pedido para não revelar um segredo e depois dor. Muita dor e cansaço. O que houve depois da dor? Houve Vany e seu passado, houve o feitiço que esgotou sua força e depois o sonho.
Tomado de assalto pela realidade Snape abriu os olhos e observou a mulher ao seu lado. Só era possível ver o perfil dela, mas não podia negar que era linda, intensamente linda com cílios grandes e claros resplandecendo a luz do sol. Sua boca estava entreaberta por onde saia uma respiração pesada. Percebeu que sua própria respiração saia em peso e identificou o motivo quando ela se mexeu colocando a mão sobre a sua e a apertando. Imediatamente um gemido quis escapar de seus lábios, mas no último segundo o prendeu atrás dos dentes. Tinha plena consciência de que sentia em seus dedos a maciez do seio dela e que a própria mulher apertava sua mão enquanto seu quadril mexia-se atrevidamente sobre sua masculinidade.
Precisava sair dali antes que desse espaço para o desejo e fizesse com que o sonho que ela estava tendo virasse realidade. Não que ele não quisesse. Ah, ele queria! Queria muito. Mas não podia. Ela não era uma das prostitutas que contratava ou as mulheres que o Lord lhe oferecia. Devagar mexeu a mão sentindo-a apertá-la como se temesse o abandono. Não podia acordá-la, teria que fazê-la acreditar que era apenas um sonho, mas Vany não queria afastar-se, queria mais e mais contato. Ela se mexeu retirando sua mão dos seios e a descendo pelo abdômen. Snape respirou fundo e tentou se libertar, mas Vany levou sua mão mais para baixo, diretamente para sua feminilidade.
- Deus! - Sussurrou Snape sentindo a umidade em seus dedos. Precisava sair dali. Naquele momento.
Sem se importar se ela acordaria ou não puxou sua mão e se afastou levantando-se e a observando se esticar na cama ronronando. A mulher deitou de costas deixando sua mão percorrer o lado onde estivera deitado até aquele momento, ao perceber-se sozinha soltou um lamento, mas continuou a dormir. O raio fraco do sol entrou pelo vidro da janela deixando Snape contempla-la desde a perna torneada até a curva dos seios. Um arrepio no baixo ventre o fez ir rapidamente ao banheiro e se trancar usando um feitiço para abafar o som. Tinha plena consciência da ereção dentro de suas calças e não precisou olhar para baixo quando deixou as peças de roupas jogadas ao lado.
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Traiçoeiros Sentimentos (Severitus)
RomanceFIC SEVERITUS - NÃO SNARRY! Após tantos anos vendo Harry Potter sofrer nas mãos de seus tios, Dumbledore finalmente consegue uma forma de passar o laço de sangue de Lillian para outra pessoa. A partir desse momento Snape se vê obrigado a aturar o me...